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Mensagem por Geralt Gwynbleidd Sáb 24 Mar 2018, 07:26

Ꮤiedźmin Geralt
【Gwynbleidd】

FAMILY MATTERS.
ALCUNHAS:
➳ White Wolf
➳ Gwynbleidd
➳ White One
➳ King-Slayer
➳ Butcher of Blaviken
➳ Ravix of Fourhorn
➳ Geralt Roger Eric du Haute-Bellegarde
➳ Sir Geralt of Rivia (nomeado cavaleiro por Meve após a Batalha da Ponte de Yaruga)
Tópico reservado para postagens do jogo com a personagem:
CIRILLA FIONA ELEN RIANNON
e
YENNEFER OF VENGERBERG
Esse turno se passa após a conclusão de todo o game The Witcher, incluindo suas expansões, Hearts of Stone e Blood and Wine. Ela se passa no ducado de Toussaint, onde Geralt agora possui um vinhedo chamado Corvo Bianco (ou Gwyn Cerbin, em dialeto antigo), gerenciado pelo mordomo Barnabas-Basil Foulty, que administra muito bem os trabalhadores e recursos locais, se mostrando sempre dedicado e respeitoso. Proveniente de uma famosa linhagem de mordomos, foi treinado para servir as mais altas classes da nobreza, o que leva Geralt a estranhar bastante sua forma de tratamento. O vinhedo foi cedido como parte do pagamento pelo extermínio da Besta de Toussaint e após algumas reformas, a propriedade voltou a seu esplendor. Nela, Geralt finalmente possui um lugar para chamar de lar e retorna entre uma caçada e outra, já que nunca se desligou de seu caminho como witcher, porém seu pensamento sempre volta para filha Ciri, que ele não tem a menor ideia de onde possa estar. Nesse contexto, uma reunião de família inesperada está prestes a acontecer.
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Mensagem por Geralt Gwynbleidd Sáb 24 Mar 2018, 07:29

── The Witcher ──
❝At the end of the path I rest my weary feet
At the end of the path In quiet comfort we’ll meet ❞
Na noite fria o Lobo Branco caminhava, deixando sobre a neve suas pegadas. O sangue vertia de feridas recentes, manchando o gibão, boa parte da calça e da capa negra que reveste seu corpo e protege do frio intensificado pelo vento forte que soprava no sentido contrário de sua caminhada. Os incandescentes olhos amarelos de íris fendida mal enxergavam o caminho, se é que havia algum naquela imensidão congelada. O que ainda lhe restava de consciência era consumida pela dor de seu corpo, que aos poucos cedia à perda de sangue. A espada de prata ainda estava em punho, mas de súbito, aquele lobo solitário caía sobre os próprios joelhos, apoiando a espada no chão para impedir o tronco de também ceder. O frio que envolvia seu corpo parecia que congelaria seus ossos, ele então fechou os olhos e respirou fundo buscando forças para se levantar. Assim o fez e deu mais alguns passos sobre a neve, até que sentiu o corpo começar a se aquecer por inteiro como se uma chama preenchesse seu peito e se espalhasse até as extremidades. Olhou para as próprias mãos, sem compreender o que acontecia e de repente sentiu um peso sobre as costas e um par de braços envolvendo seu pescoço exclamando com uma voz feminina muito familiar:
── Geralt! Cheguei! ── o rosto do witcher logo se voltou para a garota que se encontrava pendurada em suas costas, incrédulo de que poderia ser ela... mas para sua surpresa, era sim. Em carne e osso. A mesma garota de belos olhos grandes verde-esmeralda, o mesmo rostinho marcado por cicatrizes de combates e aventuras épicas entre os mais diversos mundos.
── Ciri... ── murmurou baixinho aconchegando-se naquele abraço. Então, de imediato toda a neve começou a dissipar com um sopro intenso de uma energia mágica que emanava da garota, modificando totalmente aquele cenário, levando o witcher a fechar os olhos.
Sentiu o cheiro da relva verde e o calor da luz do sol que emergia de trás das montanhas. Virou-se para ficar de frente para a filha, que não via já há bastante tempo e puxou-a para um outro abraço, envolvendo-a com uma força que parecia revigorada, pois em seu corpo não havia mais qualquer ferida. Apoiou o rosto sobre o ombro dela, mergulhando em seus cabelos, que eram brancos, como os dele, fechando os olhos, sem a menor vontade de soltá-la.
Quando finalmente o fez, estava cheio de perguntas para fazer, queria saber onde ela esteve todo esse tempo, o que tinha feito, se estava bem e feliz, pois se preocupava com ela a cada dia que passava sem notícia alguma. Ciri ria de sua preocupação, mas antes que conseguisse responder, seus lábios verteram sangue, manchando o rosto de Geralt e quando ele olhou para baixo, viu que o corpo dela fora atravessado por uma lâmina das costas até o peito e atrás dela, estava Eredin, o líder da Caçada Selvagem, ou como são conhecidos em Skellige, dos Espectros de Mörhogg. Não podia ser... ele mesmo tratou de arrancar-lhe a cabeça! Eredin estava morto! Como poderia ter voltado? Surpreso, Geralt ficou sem reação, atordoado pela cena de Ciri agonizando em seus braços. Abraçou a garota contra o corpo. Afinal não havia mais pelo que lutar, preferia morrer com ela, então ergueu o olhar para seu algoz deixando o pescoço bem à mostra e a espada no chão, aguardando o golpe que acabaria com sua dor. Eredin não hesitou e quando a lâmina atingiu-lhe o pescoço, Geralt despertou.

Suava frio e a respiração estava ofegante. Tateou o ambiente à sua volta ainda atordoado e percebeu que ainda estava em casa ao sentir a cama macia. Levantou-se da cama levando as mãos à cabeça, aliviado por ter sido apenas um pesadelo. A preocupação estava estampada em seu rosto, pois sempre que sonhava com Ciri, este era um sinal de que sua filha estava em perigo. Mas Geralt não tinha a menor ideia de onde ela poderia estar e que ameaça poderia estar enfrentando. Buscou acreditar que ela estava bem, afinal fora também responsável por seu treinamento em Kaer Morhen, ela sabia muito bem como se defender e não se deixaria vencer tão facilmente. Caminhou até a mesa onde tinha deixado seus equipamentos e neles procurou uma poção composta, basicamente, de veratro, estramônio, pilriteiro e eufórbio; os demais ingredientes não tinham nome em nenhuma língua humana. Ingeriu a poção para reaver o controle dos órgãos de seu corpo e respirou lentamente. Dessa forma, todo seu organismo passou a demonstrar sinais de tranquilidade e frieza, enquanto as feridas que obteve em sua última caçada, tinham a sua cicatrização acelerada. A pele era pálida e as veias pareciam saltadas, tentando metabilizar as toxinas presentes na poção.
Geralt se vestiu, como de costume com um traje reforçado, reuniu novamente os equipamentos, organizou-os dentro do alforje, pegou as duas espadas, a balestra e prendeu-as às costas. Em seguida alinhou os cabelos, amarrando duas porções laterais deste para trás, evitando assim que o cabelo caísse sobre os olhos durante um combate. Com a barba não se preocupou, apenas lavou bem o rosto e saiu do quarto. Ao ser recebido pelo mordomo, seguiu seu caminho em silêncio. Barnabas Basil já havia se acostumado com seu comportamento mais reservado, então apenas lhe desejava um bom dia e continuava com seus afazeres. Passou por uma carroça na frente da casa que continha um carregamento de vinho, retirou uma garrafa, abriu com o dente, cuspindo a rolha no chão e continuou caminhando em direção ao estábulo, onde a égua zerricana repousava. Sua companheira de estrada, Plotka.
Os empregados ainda estranhavam trabalhar para o witcher, que era bem diferente de outros produtores de vinho, comerciantes ou nobres, mas não se queixavam, pois eram bem pagos e nunca mal tratados. Plotka já estava selada, pois o funcionário responsável por sua montaria sabia que todos os dias, ambos saíam cedo. Geralt cumprimentava a todos apenas com um movimento da cabeça, ainda em silêncio e apesar de sua expressão deixar claro que havia algo de errado, ninguém ousava perguntar. Ele acoplou o alforje no dorso da égua e montou, cavalgando para longe dali, ingerindo o vinho no caminho.
Galopou durante pelo menos duas horas, imerso em seus próprios pensamentos. Odiava aquela sensação de preocupação sem que pudesse fazer nada à respeito. Ficava ansioso e antes do que imaginava a garrafa de vinho já estava vazia. Não recebeu nenhuma carta, então tinha receio de que algo poderia mesmo ter acontecido com Ciri. Ao chegar em uma área mais afastada e deserta, desceu de sua montaria e a deixou livre para se alimentar ou beber a água cristalina do lago próximo a eles. Deitou-se embaixo de uma árvore com as mãos apoiadas atrás da cabeça e ficou parado olhando para a folhagem espessa que o protegia do sol.
── Ciri... onde você está? ── disse suspirando, imaginando que demoraria muito ainda para ter alguma notícia dela, mas esperançoso de que quando isso acontecesse, ele finalmente pudesse fazer algo à respeito para evitar que qualquer mal fosse feito a ela. Temia pelo pior, mas tentava evitar os próprios pensamentos, olhando para a água tranquila do lago onde Plotka matava a sede, se aproximando para lavar o rosto. Ao terminar, ingeria um pouco da água e se perdia nas lembranças de seus últimos momentos com Ciri, ali mesmo em Toussaint, quando ela o visitou após a conclusão do contrato pela Besta de Beuclair.


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