────⊰☫ Lilac and Gooseberries
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────⊰☫ Lilac and Gooseberries
Ꮤiedźmin Geralt
【Gwynbleidd】
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LILAC AND GOOSEBERRIES
ALCUNHAS: ➳ White Wolf ➳ Gwynbleidd ➳ White One ➳ King-Slayer ➳ Butcher of Blaviken ➳ Ravix of Fourhorn ➳ Geralt Roger Eric du Haute-Bellegarde ➳ Sir Geralt of Rivia (nomeado cavaleiro por Meve após a Batalha da Ponte de Yaruga) | Tópico reservado para postagens do jogo com a personagem: YENNEFER OF VENGERBERG Turno combinado via Vk, ambientado no cenário de The Witcher 3, no momento em que Geralt e Yennefer se reencontram em Skellige, após seus caminhos terem mais uma vez se separado em Vizima. Durante dois anos, o witcher se envolveu com a feiticeira Triss Merigold, enquanto havia perdido a memória e ela o ajudava em sua recuperação, pelo estado como foi achado por Eskel e Lambert perto de Kaer Morhen. Quando finalmente recuperou sua memória, Geralt começou a procurar por Yennefer, que desejava reencontrar, pois suas lembranças vieram à tona e com elas o mesmo sentimento que nutriu durante 20 anos pela feiticeira. Um sentimento, que nunca foi capaz de sentir por ninguém, nem mesmo por Triss, que sempre se dedicou tanto em ajudá-lo. Há quem diga que foi seu último desejo a um djim o responsável por esse vínculo, pois seus destinos foram selados, assim como há quem diga que ambos se amam à sua própria maneira, bem distinta dos casais convencionais dos contos de fadas. Isso, nem o tempo foi capaz de explicar, muito menos destruir, então se por magia ou não, ambos permanecem ligados. |
Última edição por Geralt of Rivia em Sex 04 Ago 2017, 02:53, editado 4 vez(es)
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
O gosto de água salgada e areia, o cheiro da maresia e o intenso calor litorâneo incomodavam os sentidos de Geralt, que recuperava a consciência após ser atingido na cabeça pelo mastro do navio Atropos, do Capitão Wolverstone, para o qual Geralt havia pago 1.000 coroas novigradas pela viagem à Ard Skellige. Após a audiência com o Imperador Emhyr var Emreis, em Vizima, quando finalmente reencontrou Yennefer, após 2 anos sem qualquer notícia ou qualquer lembrança sobre a feiticeira, fora logo informado sobre o retorno de Ciri e o risco que ela corria, então seus caminhos se separaram mais uma vez, com planos para se reencontrarem em Ard Skellige, onde ela investigaria uma pista sobre o paradeiro da garota.
Geralt, por sua vez, percorreu Velen, Novigrad e boa parte de Oxenfurt, esbarrando em problemas por todos os lados, até finalmente conseguir as informações que precisava para ir até Yennefer. Seguir os passos de Ciri se mostrou uma tarefa mais árdua do que ele poderia imaginar, pois com a guerra, Novigrad estava um verdadeiro caos, governada pelo rei louco Radovid V, que perseguia os magos e não-humanos, o que levou o witcher a se envolver em questões de Estado que normalmente ele evitaria ao máximo. Dessa vez, a vida de seus amigos estava em risco com os planos do rei, então foi impossível manter a neutralidade típica dos witchers.
Foi nesse meio tempo que Geralt reencontrou a feiticeira Triss Merigold, à qual acabou abandonando ao recobrar sua memória sobre Yennefer e seguir à procura dela. A ruiva tinha uma personalidade muito doce e dedicada, que logo os levou a se reaproximar e se envolver, talvez um reflexo do que viveram nos últimos dois anos. Sempre muito carinhosa, Triss conquistava cada vez mais o afeto de Geralt, mas sua situação com Yennefer ainda não estava resolvida, então dificilmente os dois poderiam ficar juntos de verdade. Especialmente porque Triss parecia desejar uma vida que Geralt não poderia lhe oferecer, com estabilidade e segurança, o que para um witcher seria impossível. Yennefer, por sua vez, era mais realista e sabia das limitações dele, não parecendo se incomodar, afinal ela também seguia seu caminho com uma certa liberdade.
Apesar disso, Geralt tinha muitas dúvidas sobre o tempo que estiveram separados, afinal ele havia perdido a memória, mas e ela? Por que razão teria se mantido afastada por tanto tempo? Depois de tudo que passaram juntos ela sequer pensou em procurar por ele diante dos boatos de sua morte? Estranhamente, Geralt sentia que tinha uma obrigação com a feiticeira, ela não teria sentido o mesmo? No mínimo, deveria enviar notícias um ao outro, mas a morena sempre parecia tão envolva em suas manobras políticas que talvez sequer tivesse se lembrado dele até descobrir sobre Ciri e precisar de sua ajuda, como mencionou em Vizima que precisou.
Aquele primeiro contato bastou para reacender uma chama que agora mais do nunca ardia em seu peito, aumentando sua vontade de chegar até a feiticeira e ter uma longa conversa sobre tudo que aconteceu durante esse período. Esperava que dessa vez ela tivesse um pouco de menos de pressa e mais disponibilidade para conversarem e resolverem suas pendências, afinal apesar de nunca terem assumido uma relação estável, após tanto tempo, era o mínimo que poderiam fazer. Foi com esses pensamentos martelando em sua cabeça que Geralt adormeceu em sua cabine e encontrou em seus sonhos aqueles mesmos lábios, que tanto desejava sentir naquele momento.
Como era de se imaginar, a viagem não correu muito bem, pois o navio foi atacado por piratas e logo depois empurrado pela tempestade contra uma formação rochosa que provocou o naufrágio do Atropos. Geralt ainda tentava recobrar os sentidos quando o som do mar e das gaivotas foi interrompido pelo som de um par de botas e quatro patas leves, provavelmente de um cão ou lobo. Logo sentiu as mãos de um homem virarem seu corpo e só então acordou de verdade, segurando o pulso do homem que tentava roubar seu medalhão e ergueu o corpo, um pouco nervoso por acordar daquela maneira.
──── Fique longe. Ou eu te mato. ──── resmungou o witcher enquanto o homem caía com o susto e se recompunha, alegando não ter medo dos mortos, o que Geralt preferiu ignorar para evitar um conflito logo no início do dia, preferindo não prolongar aquele assunto e tratar do que realmente interessava ──── Hm. Vejo que desembarquei em Ard Skellige... suas roupas, são as cores do Clã an Craite... então estou no lugar certo. Procuro por Yennefer, uma feiticeira, sabe onde ela pode estar? ──── Geralt tentou conduzir o diálogo com neutralidade, como de costume, mas o skelliger, Steingrim ofendeu Yennefer e apesar de algumas vezes o próprio Geralt concordar com o que ele disse, não poderia deixar que essa ofensa passasse barato, então ele e o atrevido morador da ilha começaram uma briga. Geralt não utilizou sua espada ou os sinais mágicos, para uma luta justa pela honra da feiticeira e não teve muita dificuldade para derrotar Steingrim, que por fim, indicou o caminho para a fortaleza, onde poderia encontrá-la.
Antes de partir, o witcher seguiu até os destroços do navio, eliminou algumas sereias e foi até o corpo do capitão, procurando pela bolsa de moedas que entregou e disse em um tom de voz sarcástico ──── Peguei de volta o meu dinheiro, capitão. Espero que não se importe. ──── em seguida, pegou um mapa da ilha também e deixou o restante da pilhagem para o ladrão de corpos, que continuou a procurar objetos de valor nos náufragos. Ainda molhado, Geralt seguiu o caminho indicado por Steingrim, inocentemente acreditando que ele disse a verdade apesar do confronto.
No entanto, enraivecido pela derrota, o skelliger indicou o caminho mais longo e Geralt só percebeu ao consultar o mapa enquanto estava no caminho e pretendia calcular quanto tempo levaria para chegar até Kaer Trolde e encontrar Yennefer. Após todo aquele tempo, recuperar suas lembranças sobre ela reviveram um sentimento que ele não imaginou que teria. Estava ansioso para rever a feiticeira e ter algum tempo livre com ela, mas seus caminhos pareciam sempre insistir em se separar. Saudades... talvez uma sensação que um witcher não deveria ter, mas era como ele descrevia essa ansiedade. Se tivesse outra palavra para isso, ele não sabia dizer... ou talvez não desejasse.
Carregava o peso na consciência durante a caminhada ao relembrar tudo o que viveu com Triss, pois o que viveu com ela foi verdadeiro e muito intenso, mas ainda assim, ela era amiga de Yennefer e certamente, ela já deveria ter ouvido boatos sobre a relação que foi iniciada em sua ausência. Geralt se questionava se essa sensação de culpa seria em virtude de seu último desejo... mas evitava se perder por tempo demais em seus pensamentos, pois seus sentidos a todo instante percebiam ameaças pelo caminho. Lobos e bandidos na maioria das vezes, mas nada que ele já não estivesse acostumado a lidar, permanecendo em sua rota até a entrada da cidade, onde avistou alguns guardas.
A formação rochosa das montanhas da ilha constituíam um terreno muito diferente do que via no continente e engatilhavam mais algumas lembranças antigas, de quando Cirilla ainda era uma criança... a última vez em que Geralt esteve na região. Após todos esses anos, tudo parecia igual, inclusive a fortaleza, que ele observava de longe no final do caminho. Bem como os costumes da região, o dialeto típico dos skelligers e ao que tudo indicava até os hábitos alimentares. Já podia sentir assim que passava pela ponte o cheiro da caça que era assada naquele momento.
Antes de ofender Yennefer, Steingrim mencionou que ela estava como convidada de Crach an Craite em Kaer Trode, mas que naquela noite, certamente estaria no velório do Rei Bran, que pertencia ao Clã Tuirseach, o que aconteceria no porto, então Geralt seguiu direto para o velório, passando apenas pelo mural de avisos, onde parou para uma leitura rápida em busca de algum contrato que pudesse pegar para cumprir, afinal ainda era um witcher e por mais que desejasse apenas encontrar Yen e Ciri no momento, sabia o quão necessárias eram as moedas recebidas a cada contrato cumprido com sucesso. Afinal, antes de mais nada precisava sobreviver.
Fez uma leitura rápida, pois ouvia diversos comentários dos aldeões sobre o velório e tinha pressa para chegar até lá. Retirou os que pareciam mais interessantes, guardou-os em seu bolso, seguindo até o porto, onde viu o corpo do Rei Bran ser conduzido até o barco fúnebre. A cerimônia já havia começado, então ele ficou em silêncio, cumprimentando o druida Ermion, um antigo conhecido, discretamente, apenas movendo a cabeça. Logo após, uma jovem de cabelos vermelhos, cujos olhos estavam marejados em lágrimas, foi até o barco onde estava o corpo do rei e seguiu com ele, para que ambos fossem queimados juntos. Sua esposa, Birna, parecia desprezar a garota, o que o levou a crer que se tratava de uma amante do rei.
Apesar da cena comover muitos cidadãos, quando a flecha em chamas foi disparada em direção ao barco, Geralt sentiu o aroma de lilás e groselha e avistou Yennefer, ainda de costas para ele, assistindo a cerimônia e naquele momento, sua atenção se desligou do contexto à sua volta e ele caminhou em sua direção.
──── Você está bonita... ──── disse baixo para que só ela ouvisse. Geralt estava longe de possuir a eloquência de Dandelion para se dirigir a qualquer pessoa e com Yennefer não era diferente. Sua inabilidade social era muitas vezes criticada pelo amigo bardo e poeta, mas era uma característica que o witcher não conseguia mudar. Não saberia como.
Nunca foi tão bom com as palavras, apenas com ações, que nem sempre eram compreendidas da forma correta, rendendo muitos conflitos e discussões com a feiticeira, o que resultava em uma relação de 20 anos repletos de interrupções e infinitos percalços. Para Geralt, o maior deles era a grande diferença que existia entre seus objetivos, pois ele era muito simplório, não tinha ambições grandiosas como Yennefer, então os conflitos de interesses eram inevitáveis. Yennefer não parecia aceitar muito bem a simplicidade e a inocência do witcher, que inúmeras vezes abria mão do conforto e do ouro, para defender seus ideais, se sacrificando estupidamente por eles, sem qualquer recompensa.
Geralt, por sua vez, percorreu Velen, Novigrad e boa parte de Oxenfurt, esbarrando em problemas por todos os lados, até finalmente conseguir as informações que precisava para ir até Yennefer. Seguir os passos de Ciri se mostrou uma tarefa mais árdua do que ele poderia imaginar, pois com a guerra, Novigrad estava um verdadeiro caos, governada pelo rei louco Radovid V, que perseguia os magos e não-humanos, o que levou o witcher a se envolver em questões de Estado que normalmente ele evitaria ao máximo. Dessa vez, a vida de seus amigos estava em risco com os planos do rei, então foi impossível manter a neutralidade típica dos witchers.
Foi nesse meio tempo que Geralt reencontrou a feiticeira Triss Merigold, à qual acabou abandonando ao recobrar sua memória sobre Yennefer e seguir à procura dela. A ruiva tinha uma personalidade muito doce e dedicada, que logo os levou a se reaproximar e se envolver, talvez um reflexo do que viveram nos últimos dois anos. Sempre muito carinhosa, Triss conquistava cada vez mais o afeto de Geralt, mas sua situação com Yennefer ainda não estava resolvida, então dificilmente os dois poderiam ficar juntos de verdade. Especialmente porque Triss parecia desejar uma vida que Geralt não poderia lhe oferecer, com estabilidade e segurança, o que para um witcher seria impossível. Yennefer, por sua vez, era mais realista e sabia das limitações dele, não parecendo se incomodar, afinal ela também seguia seu caminho com uma certa liberdade.
Apesar disso, Geralt tinha muitas dúvidas sobre o tempo que estiveram separados, afinal ele havia perdido a memória, mas e ela? Por que razão teria se mantido afastada por tanto tempo? Depois de tudo que passaram juntos ela sequer pensou em procurar por ele diante dos boatos de sua morte? Estranhamente, Geralt sentia que tinha uma obrigação com a feiticeira, ela não teria sentido o mesmo? No mínimo, deveria enviar notícias um ao outro, mas a morena sempre parecia tão envolva em suas manobras políticas que talvez sequer tivesse se lembrado dele até descobrir sobre Ciri e precisar de sua ajuda, como mencionou em Vizima que precisou.
Aquele primeiro contato bastou para reacender uma chama que agora mais do nunca ardia em seu peito, aumentando sua vontade de chegar até a feiticeira e ter uma longa conversa sobre tudo que aconteceu durante esse período. Esperava que dessa vez ela tivesse um pouco de menos de pressa e mais disponibilidade para conversarem e resolverem suas pendências, afinal apesar de nunca terem assumido uma relação estável, após tanto tempo, era o mínimo que poderiam fazer. Foi com esses pensamentos martelando em sua cabeça que Geralt adormeceu em sua cabine e encontrou em seus sonhos aqueles mesmos lábios, que tanto desejava sentir naquele momento.
Como era de se imaginar, a viagem não correu muito bem, pois o navio foi atacado por piratas e logo depois empurrado pela tempestade contra uma formação rochosa que provocou o naufrágio do Atropos. Geralt ainda tentava recobrar os sentidos quando o som do mar e das gaivotas foi interrompido pelo som de um par de botas e quatro patas leves, provavelmente de um cão ou lobo. Logo sentiu as mãos de um homem virarem seu corpo e só então acordou de verdade, segurando o pulso do homem que tentava roubar seu medalhão e ergueu o corpo, um pouco nervoso por acordar daquela maneira.
──── Fique longe. Ou eu te mato. ──── resmungou o witcher enquanto o homem caía com o susto e se recompunha, alegando não ter medo dos mortos, o que Geralt preferiu ignorar para evitar um conflito logo no início do dia, preferindo não prolongar aquele assunto e tratar do que realmente interessava ──── Hm. Vejo que desembarquei em Ard Skellige... suas roupas, são as cores do Clã an Craite... então estou no lugar certo. Procuro por Yennefer, uma feiticeira, sabe onde ela pode estar? ──── Geralt tentou conduzir o diálogo com neutralidade, como de costume, mas o skelliger, Steingrim ofendeu Yennefer e apesar de algumas vezes o próprio Geralt concordar com o que ele disse, não poderia deixar que essa ofensa passasse barato, então ele e o atrevido morador da ilha começaram uma briga. Geralt não utilizou sua espada ou os sinais mágicos, para uma luta justa pela honra da feiticeira e não teve muita dificuldade para derrotar Steingrim, que por fim, indicou o caminho para a fortaleza, onde poderia encontrá-la.
Antes de partir, o witcher seguiu até os destroços do navio, eliminou algumas sereias e foi até o corpo do capitão, procurando pela bolsa de moedas que entregou e disse em um tom de voz sarcástico ──── Peguei de volta o meu dinheiro, capitão. Espero que não se importe. ──── em seguida, pegou um mapa da ilha também e deixou o restante da pilhagem para o ladrão de corpos, que continuou a procurar objetos de valor nos náufragos. Ainda molhado, Geralt seguiu o caminho indicado por Steingrim, inocentemente acreditando que ele disse a verdade apesar do confronto.
No entanto, enraivecido pela derrota, o skelliger indicou o caminho mais longo e Geralt só percebeu ao consultar o mapa enquanto estava no caminho e pretendia calcular quanto tempo levaria para chegar até Kaer Trolde e encontrar Yennefer. Após todo aquele tempo, recuperar suas lembranças sobre ela reviveram um sentimento que ele não imaginou que teria. Estava ansioso para rever a feiticeira e ter algum tempo livre com ela, mas seus caminhos pareciam sempre insistir em se separar. Saudades... talvez uma sensação que um witcher não deveria ter, mas era como ele descrevia essa ansiedade. Se tivesse outra palavra para isso, ele não sabia dizer... ou talvez não desejasse.
Carregava o peso na consciência durante a caminhada ao relembrar tudo o que viveu com Triss, pois o que viveu com ela foi verdadeiro e muito intenso, mas ainda assim, ela era amiga de Yennefer e certamente, ela já deveria ter ouvido boatos sobre a relação que foi iniciada em sua ausência. Geralt se questionava se essa sensação de culpa seria em virtude de seu último desejo... mas evitava se perder por tempo demais em seus pensamentos, pois seus sentidos a todo instante percebiam ameaças pelo caminho. Lobos e bandidos na maioria das vezes, mas nada que ele já não estivesse acostumado a lidar, permanecendo em sua rota até a entrada da cidade, onde avistou alguns guardas.
A formação rochosa das montanhas da ilha constituíam um terreno muito diferente do que via no continente e engatilhavam mais algumas lembranças antigas, de quando Cirilla ainda era uma criança... a última vez em que Geralt esteve na região. Após todos esses anos, tudo parecia igual, inclusive a fortaleza, que ele observava de longe no final do caminho. Bem como os costumes da região, o dialeto típico dos skelligers e ao que tudo indicava até os hábitos alimentares. Já podia sentir assim que passava pela ponte o cheiro da caça que era assada naquele momento.
Antes de ofender Yennefer, Steingrim mencionou que ela estava como convidada de Crach an Craite em Kaer Trode, mas que naquela noite, certamente estaria no velório do Rei Bran, que pertencia ao Clã Tuirseach, o que aconteceria no porto, então Geralt seguiu direto para o velório, passando apenas pelo mural de avisos, onde parou para uma leitura rápida em busca de algum contrato que pudesse pegar para cumprir, afinal ainda era um witcher e por mais que desejasse apenas encontrar Yen e Ciri no momento, sabia o quão necessárias eram as moedas recebidas a cada contrato cumprido com sucesso. Afinal, antes de mais nada precisava sobreviver.
Fez uma leitura rápida, pois ouvia diversos comentários dos aldeões sobre o velório e tinha pressa para chegar até lá. Retirou os que pareciam mais interessantes, guardou-os em seu bolso, seguindo até o porto, onde viu o corpo do Rei Bran ser conduzido até o barco fúnebre. A cerimônia já havia começado, então ele ficou em silêncio, cumprimentando o druida Ermion, um antigo conhecido, discretamente, apenas movendo a cabeça. Logo após, uma jovem de cabelos vermelhos, cujos olhos estavam marejados em lágrimas, foi até o barco onde estava o corpo do rei e seguiu com ele, para que ambos fossem queimados juntos. Sua esposa, Birna, parecia desprezar a garota, o que o levou a crer que se tratava de uma amante do rei.
Apesar da cena comover muitos cidadãos, quando a flecha em chamas foi disparada em direção ao barco, Geralt sentiu o aroma de lilás e groselha e avistou Yennefer, ainda de costas para ele, assistindo a cerimônia e naquele momento, sua atenção se desligou do contexto à sua volta e ele caminhou em sua direção.
──── Você está bonita... ──── disse baixo para que só ela ouvisse. Geralt estava longe de possuir a eloquência de Dandelion para se dirigir a qualquer pessoa e com Yennefer não era diferente. Sua inabilidade social era muitas vezes criticada pelo amigo bardo e poeta, mas era uma característica que o witcher não conseguia mudar. Não saberia como.
Nunca foi tão bom com as palavras, apenas com ações, que nem sempre eram compreendidas da forma correta, rendendo muitos conflitos e discussões com a feiticeira, o que resultava em uma relação de 20 anos repletos de interrupções e infinitos percalços. Para Geralt, o maior deles era a grande diferença que existia entre seus objetivos, pois ele era muito simplório, não tinha ambições grandiosas como Yennefer, então os conflitos de interesses eram inevitáveis. Yennefer não parecia aceitar muito bem a simplicidade e a inocência do witcher, que inúmeras vezes abria mão do conforto e do ouro, para defender seus ideais, se sacrificando estupidamente por eles, sem qualquer recompensa.
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
A feiticeira encontrava-se parada no meio de uma multidão, que procurava despedir-se uma última vez de seu antigo rei. Seus cabelos negros e volumosos juntamente com suas vestes negras, característica peculiar da feiticeira, combinavam perfeitamente com a cerimônia de luto. Ela trajava um longo vestido negro de seda, que contrastava perfeitamente com sua pele branca como a neve. No seu pescoço brilhava o seu colar de estrela obsidiana e ela usava o seu perfume habitual: lilás e groselha.
Yennefer havia sido convidada de última hora, contudo, julgou que deveria comparecer ao evento, visto que no momento era uma convidada e hóspede do sobrinho do rei. Crach an Craite encontrava-se a alguns metros dela, assistindo à cerimônia em silêncio, junto de suas duas esposas. Os lábios de Yen crisparam-se levemente ao lembrar da sugestão nem um pouco sutil do Duque que Yennefer deveria ser sua terceira esposa. Ele parecia ainda nutrir sentimentos pela feiticeira, decorrentes do relacionamento dos dois no passado, muito antes dela conhecer Geralt. Yennefer, por outro lado, não nutria sequer o menor interesse, tendo apenas aceitado o convite do Duque porque queria descobrir pistas sobre o paradeiro de Ciri, e ela achou que estar envolvida nas questões políticas de Skellige seria o disfarce perfeito para isso. Afinal, ela sempre fora envolvida em políticas, então aquilo não seria um comportamento anormal para ela. Nunca se sabe quem poderia estar observando-a ou ouvindo-a e o que ela mais temia era prejudicar ainda mais a situação de Ciri.
Quando soube que a garota provavelmente havia ido à Skellige, Yen recorreu à única pessoa que sabia que poderia ajudá-la: o seu grande amor e pai de Ciri, Geralt. Yennefer estremecia levemente ao lembrar do bruxo, porém sabia muito bem esconder suas emoções. A feiticeira sabia que ao encontrar Geralt, ele iria querer saber o que aconteceu nesses últimos dois anos. O que ela iria dizê-lo?
Yen nunca havia parado de amar Geralt, isso era fato. Geralt fora de longe o maior e mais conturbado relacionamento que tivera em quase seus cem anos de existência. Todas as suas idas e vindas, além de todos os conflitos de interesse, pareciam não ser empecilho para o sentimento que ela nutria pelo bruxo, sentimento este que ela ainda não sabia se era real ou apenas fruto da magia do Gênio. Esse último fato parecia sempre atormentar Yennefer, que usava como desculpa para si mesma todas as vezes que se afastava de Geralt.
Yennefer sabia onde Geralt esteve nesses últimos dois anos. Por mais que os dois não estivessem num relacionamento, não era do feitio da feiticeira deixa-lo à mercê da própria sorte, pois afinal, ela o amava e se preocupava com ele. Ela descobriu, quando teve sua memória restaurada, que Geralt estivera vivendo com Triss, outro pensamento que passou a atormentá-la nesses últimos dois anos em todas as vezes que ela pensou no bruxo ou na outra feiticeira. Yennefer, porém, não foi procurá-lo e não interviu na situação, atitude que ela chegou a se arrepender mais tarde, quando já era tarde demais. Como poderia intervir, ao saber que Geralt estava com outra pessoa? Como poderia aceitar de bom grado o fato de seu grande amor estar tão feliz ao lado de sua melhor amiga? Como ela poderia oferecer à Geralt o que Triss oferecia, com sua vida tão conturbada e à mercê de Nilfgaard?
Yennefer, na época, havia pensado na possibilidade de Geralt ter perdido a memória e não lembrar-se dela, contudo aquilo não explicava porque Triss, a quem sempre considerou uma grande amiga, não havia ajudá-lo a recuperar a memória. A feiticeira carregava em sua boca o amargo sabor da traição: da sua amiga, do seu amor, ou de ambos. Ela definitivamente não estava ansiosa pela conversa que sabia que ia ter a seguir.
A multidão se comovia ao ver o corpo do rei sendo queimado no barco, e algumas pessoas soltaram exclamações de surpresa ao verem a amante do rei correndo para ser queimada com ele. Yennefer assistia à tudo em silêncio, com uma expressão séria, quase monótona. Não percebeu uma pessoa aproximando-se por trás dela, e a voz grave que dizia o seu nome, seguido de um elogio. O coração de Yennefer congelou em peito, seu rosto porém continuava impassível, enquanto ela virava-se lentamente para encarar o homem por quem ela estava esperando há tanto tempo.
Geralt... ela fitou seus olhos cor de violeta nos olhos amarelados do bruxo, e nos seus lábios brotaram um sorriso mínimo. Ela virou-se para assistir ao resto da cerimônia em silêncio, com o bruxo parado ao seu lado. Ao final da cerimônia a multidão ia aos poucos se dispersando, enquanto Cranch an Craite se dirigia em direção aos dois, sendo acompanhado de suas duas esposas e um garoto, que provavelmente era seu filho.
Cranch cumprimentava Geralt com um aperto de mão, lançando um olhar que ia do bruxo à feiticeira; o Duque provavelmente estaria se perguntando se ela e Geralt estavam juntos novamente. Era melhor assim, Yen pensou, enquanto aceitava o convite do Duque para o banquete em sua casa, em honra ao rei. Após aquilo, ela e Geralt poderiam finalmente conversar a sós.
Yennefer havia sido convidada de última hora, contudo, julgou que deveria comparecer ao evento, visto que no momento era uma convidada e hóspede do sobrinho do rei. Crach an Craite encontrava-se a alguns metros dela, assistindo à cerimônia em silêncio, junto de suas duas esposas. Os lábios de Yen crisparam-se levemente ao lembrar da sugestão nem um pouco sutil do Duque que Yennefer deveria ser sua terceira esposa. Ele parecia ainda nutrir sentimentos pela feiticeira, decorrentes do relacionamento dos dois no passado, muito antes dela conhecer Geralt. Yennefer, por outro lado, não nutria sequer o menor interesse, tendo apenas aceitado o convite do Duque porque queria descobrir pistas sobre o paradeiro de Ciri, e ela achou que estar envolvida nas questões políticas de Skellige seria o disfarce perfeito para isso. Afinal, ela sempre fora envolvida em políticas, então aquilo não seria um comportamento anormal para ela. Nunca se sabe quem poderia estar observando-a ou ouvindo-a e o que ela mais temia era prejudicar ainda mais a situação de Ciri.
Quando soube que a garota provavelmente havia ido à Skellige, Yen recorreu à única pessoa que sabia que poderia ajudá-la: o seu grande amor e pai de Ciri, Geralt. Yennefer estremecia levemente ao lembrar do bruxo, porém sabia muito bem esconder suas emoções. A feiticeira sabia que ao encontrar Geralt, ele iria querer saber o que aconteceu nesses últimos dois anos. O que ela iria dizê-lo?
Yen nunca havia parado de amar Geralt, isso era fato. Geralt fora de longe o maior e mais conturbado relacionamento que tivera em quase seus cem anos de existência. Todas as suas idas e vindas, além de todos os conflitos de interesse, pareciam não ser empecilho para o sentimento que ela nutria pelo bruxo, sentimento este que ela ainda não sabia se era real ou apenas fruto da magia do Gênio. Esse último fato parecia sempre atormentar Yennefer, que usava como desculpa para si mesma todas as vezes que se afastava de Geralt.
Yennefer sabia onde Geralt esteve nesses últimos dois anos. Por mais que os dois não estivessem num relacionamento, não era do feitio da feiticeira deixa-lo à mercê da própria sorte, pois afinal, ela o amava e se preocupava com ele. Ela descobriu, quando teve sua memória restaurada, que Geralt estivera vivendo com Triss, outro pensamento que passou a atormentá-la nesses últimos dois anos em todas as vezes que ela pensou no bruxo ou na outra feiticeira. Yennefer, porém, não foi procurá-lo e não interviu na situação, atitude que ela chegou a se arrepender mais tarde, quando já era tarde demais. Como poderia intervir, ao saber que Geralt estava com outra pessoa? Como poderia aceitar de bom grado o fato de seu grande amor estar tão feliz ao lado de sua melhor amiga? Como ela poderia oferecer à Geralt o que Triss oferecia, com sua vida tão conturbada e à mercê de Nilfgaard?
Yennefer, na época, havia pensado na possibilidade de Geralt ter perdido a memória e não lembrar-se dela, contudo aquilo não explicava porque Triss, a quem sempre considerou uma grande amiga, não havia ajudá-lo a recuperar a memória. A feiticeira carregava em sua boca o amargo sabor da traição: da sua amiga, do seu amor, ou de ambos. Ela definitivamente não estava ansiosa pela conversa que sabia que ia ter a seguir.
A multidão se comovia ao ver o corpo do rei sendo queimado no barco, e algumas pessoas soltaram exclamações de surpresa ao verem a amante do rei correndo para ser queimada com ele. Yennefer assistia à tudo em silêncio, com uma expressão séria, quase monótona. Não percebeu uma pessoa aproximando-se por trás dela, e a voz grave que dizia o seu nome, seguido de um elogio. O coração de Yennefer congelou em peito, seu rosto porém continuava impassível, enquanto ela virava-se lentamente para encarar o homem por quem ela estava esperando há tanto tempo.
Geralt... ela fitou seus olhos cor de violeta nos olhos amarelados do bruxo, e nos seus lábios brotaram um sorriso mínimo. Ela virou-se para assistir ao resto da cerimônia em silêncio, com o bruxo parado ao seu lado. Ao final da cerimônia a multidão ia aos poucos se dispersando, enquanto Cranch an Craite se dirigia em direção aos dois, sendo acompanhado de suas duas esposas e um garoto, que provavelmente era seu filho.
Cranch cumprimentava Geralt com um aperto de mão, lançando um olhar que ia do bruxo à feiticeira; o Duque provavelmente estaria se perguntando se ela e Geralt estavam juntos novamente. Era melhor assim, Yen pensou, enquanto aceitava o convite do Duque para o banquete em sua casa, em honra ao rei. Após aquilo, ela e Geralt poderiam finalmente conversar a sós.
Última edição por Yennefer em Sex 04 Ago 2017, 19:28, editado 1 vez(es)
Yennefer of Vengerberg- Veteranos
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
As noites em Skellige costumavam ser sempre bem frias. O vento chegava de todas as direções, causando uma sensação térmica ainda menor, no entanto, parte do treinamento recebido por Geralt para se tornar um witcher, incluía um aumento na resistência aos extremos climáticos de frio e calor, então apesar do forro de feltro em sua armadura ainda estar molhado, ele não se incomodava. Nada era capaz de incomodar mais do que a frieza de Yennefer, cujo coração mais parecia um cristal de gelo. Percebeu que mesmo aqueles meses longe mais uma vez, não foram suficientes para aquecê-lo e minimizar aquela tensão que se instalou entre eles depois dos dois anos vividos ao lado de Triss.
Mesmo sem nunca terem assumido um compromisso, como era com Yennefer, as pessoas comentavam bastante sobre o casal, o que certamente deveria ter chegado até ela, afinal essa feiticeira sempre procurava se manter informada sobre tudo. Porém, isso não inibiu Geralt, que esperava conseguir “quebrar o gelo” com o tempo. Pobre witcher... mal sabe ele que tem muito a aprender com Jaskier... o poeta sempre bancava o mestre em relacionamentos amorosos e de fato parecia ser, pois acalmava a ira de mulheres mais agressivas que lâmias apenas com suas palavras. Mas Geralt ainda era muito resistente à ideia de ceder a esse aprendizado, permanecendo um pária social em diversas ocasiões, principalmente com relação às mulheres.
Com uma inocência quase adolescente, cada vez que encontrava Yennefer, acabava esbarrando em seus próprios desejos de deixar tudo de lado para envolve-la em seus braços e esquecer do mundo e nas várias dúvidas que ela sempre pareceu ter com relação a ele. ──── … e cheirosa também... ──── completou sussurrando ao perceber que a feiticeira não parecia ter se interessado muito ao primeiro elogio. E não estava mentindo... o cheiro de seus cabelos, sua pele, seu hálito, sua... fora interrompido pela aproximação de Crach an Craite, que o cumprimentou, com um aperto de mão e avisou sobre o banquete que seria servido em honra ao Rei Bran.
── Lobo Branco! Gostaria que ficasse para o banquete e não vou aceitar desculpas. Tenho um assunto a tratar com você. ──── disse em um tom de voz neutro e seguiu seu caminho, sem olhar para Yennefer, parecendo um pouco ressentido com ela por algum motivo. Apesar de desentendimentos passados e da antiga relação do Duque com a feiticeira, Geralt não nutria nenhum tipo de mágoa. Não se sabia ao certo se em função das mutações sofridas na infância, ou se inconscientemente soubesse que era melhor assim, numa tentativa de evitar confrontos desnecessários, afinal Crach seria um aliado em potencial nessa busca por Ciri. Apesar de impulsivo, mesmo o witcher sabia que algumas lutas era melhor evitar por um bem maior.
Geralt permaneceu calado, só concordando com a cabeça e voltou a olhar para Yennefer, pois agora finalmente teriam um tempo disponível para ficar sozinhos. Percebendo que a situação não era das melhores para falar sobre o passado, decidiu adiar o assunto, até porque ele mesmo não se sentia confortável para falar sobre isso no momento e tudo o que mais desejava era se aproximar dela de novo... como nos velhos tempos. Levou a mão ao rosto da feiticeira e disse.
──── Nossa Ciri se meteu em muita confusão... por isso demorei para chegar... seguir seus rastros foi um desafio e tanto. Ela realmente esteve em Velen, foi encontrada pelas Moiras, se hospedou no Poleiro do Corvo, um forte liderado pelo Barão Sangrento e depois seguiu para Novigrad. A cidade está um caos com os Caçadores de Bruxas, então tive bastante dificuldade para conseguir informações, pois maior parte de nossos aliados estava se escondendo de Radovid V e eu precisei ajudar... ──── acariciou o rosto da feiticeira, mergulhando no violeta de seus olhos, que por um breve momento lhe serviram como fonte de inspiração para falar algo um pouco mais agradável ──── … mas o que eu mais desejava, era poder te ver de novo. ──── mesmo sabendo que precisava encontrar Ciri o mais rápido o possível, não conseguia afastar o desejo de ter Yennefer em seus braços.
Mesmo sem nunca terem assumido um compromisso, como era com Yennefer, as pessoas comentavam bastante sobre o casal, o que certamente deveria ter chegado até ela, afinal essa feiticeira sempre procurava se manter informada sobre tudo. Porém, isso não inibiu Geralt, que esperava conseguir “quebrar o gelo” com o tempo. Pobre witcher... mal sabe ele que tem muito a aprender com Jaskier... o poeta sempre bancava o mestre em relacionamentos amorosos e de fato parecia ser, pois acalmava a ira de mulheres mais agressivas que lâmias apenas com suas palavras. Mas Geralt ainda era muito resistente à ideia de ceder a esse aprendizado, permanecendo um pária social em diversas ocasiões, principalmente com relação às mulheres.
Com uma inocência quase adolescente, cada vez que encontrava Yennefer, acabava esbarrando em seus próprios desejos de deixar tudo de lado para envolve-la em seus braços e esquecer do mundo e nas várias dúvidas que ela sempre pareceu ter com relação a ele. ──── … e cheirosa também... ──── completou sussurrando ao perceber que a feiticeira não parecia ter se interessado muito ao primeiro elogio. E não estava mentindo... o cheiro de seus cabelos, sua pele, seu hálito, sua... fora interrompido pela aproximação de Crach an Craite, que o cumprimentou, com um aperto de mão e avisou sobre o banquete que seria servido em honra ao Rei Bran.
── Lobo Branco! Gostaria que ficasse para o banquete e não vou aceitar desculpas. Tenho um assunto a tratar com você. ──── disse em um tom de voz neutro e seguiu seu caminho, sem olhar para Yennefer, parecendo um pouco ressentido com ela por algum motivo. Apesar de desentendimentos passados e da antiga relação do Duque com a feiticeira, Geralt não nutria nenhum tipo de mágoa. Não se sabia ao certo se em função das mutações sofridas na infância, ou se inconscientemente soubesse que era melhor assim, numa tentativa de evitar confrontos desnecessários, afinal Crach seria um aliado em potencial nessa busca por Ciri. Apesar de impulsivo, mesmo o witcher sabia que algumas lutas era melhor evitar por um bem maior.
Geralt permaneceu calado, só concordando com a cabeça e voltou a olhar para Yennefer, pois agora finalmente teriam um tempo disponível para ficar sozinhos. Percebendo que a situação não era das melhores para falar sobre o passado, decidiu adiar o assunto, até porque ele mesmo não se sentia confortável para falar sobre isso no momento e tudo o que mais desejava era se aproximar dela de novo... como nos velhos tempos. Levou a mão ao rosto da feiticeira e disse.
──── Nossa Ciri se meteu em muita confusão... por isso demorei para chegar... seguir seus rastros foi um desafio e tanto. Ela realmente esteve em Velen, foi encontrada pelas Moiras, se hospedou no Poleiro do Corvo, um forte liderado pelo Barão Sangrento e depois seguiu para Novigrad. A cidade está um caos com os Caçadores de Bruxas, então tive bastante dificuldade para conseguir informações, pois maior parte de nossos aliados estava se escondendo de Radovid V e eu precisei ajudar... ──── acariciou o rosto da feiticeira, mergulhando no violeta de seus olhos, que por um breve momento lhe serviram como fonte de inspiração para falar algo um pouco mais agradável ──── … mas o que eu mais desejava, era poder te ver de novo. ──── mesmo sabendo que precisava encontrar Ciri o mais rápido o possível, não conseguia afastar o desejo de ter Yennefer em seus braços.
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
Yennefer segurou a mão de Geralt em seu rosto, como num reflexo inconsciente. Encarou os olhos amarelos do bruxo, abrindo a boca para respondê-lo, porém logo em seguida fechando novamente. Geralt era provavelmente o único que conseguia deixá-la sem palavras. A feiticeira passara tanto tempo ensaiando o que iria dizê-lo, e agora que ele se encontrava em sua frente, não sabia o que responder. Decidiu focar o assunto em Ciri, visto que era um problema mais emergente e provavelmente um assunto que não a deixaria tão nervosa. Hoje não ia ser o dia que ela iria demonstrar fraqueza. Pelo menos não agora.
Yen fez um aceno com a cabeça na direção onde o duque havia ido, para que Geralt a acompanhasse. Os dois começaram a caminhar lado a lado, Yennefer consciente de que provavelmente alguém da corte de Crach havia presenciado aquela cena quase romântica entre ela e Geralt; ela começou a temer que isso estragasse o seu disfarce.
Não é sensato ficarmos tão próximos um do outro em público. Se Crach desconfiar que estamos juntos, isso poderá estragar o que estou fazendo aqui. Tenho um motivo para acreditar que ele apenas me convidou à ficar em seu castelo pois ainda nutre sentimentos por mim.
Yennefer não sabia se aquela informação iria causar alguma reação em Geralt, tal qual como ciúme; na verdade ela nem tinha certeza como o bruxo ainda se sentia por ela ou por Triss.
Estar hospedada no seu palácio tem suas vantagens. Ele tem bons contatos. As pessoas falam. Lá estou segura. De caçadores, de curiosos, de espiões.... o que menos quero no momento é estragar o pouco progresso que estamos fazendo em relação à Ciri.
Eles acompanharam a multidão, até chegarem onde os cavalos estavam. Yennefer seguiu para o seu, virando-se para Geralt e percebendo que ele provavelmente não tinha um na ilha. A feiticeira foi até um dos serviçais do Duque, um rapaz jovem e magricela, e antes que o mesmo pudesse montar no seu animal, Yennefer segurou as rédeas do cavalo.
Desculpe-me, mas precisarei desse cavalo.
O garoto olhou para a feiticeira assustado, e sem dizer uma palavra, consentiu com a cabeça. Talvez ele achasse que ela iria enfeitiçá-lo se ele se opusesse, ou talvez ele só não estaria acostumado a ver uma mulher tão bonita. Yennefer puxou o animal em direção à Geralt, que assistia à cena com um ar de riso.
O que? Ele pode arrumar outra carona.
Ela entregou as rédeas na mão do bruxo.
Não vai ser uma Roach, mas vai dar para o gasto.
A feiticeira montou no seu cavalo, e quanto estavam prontos, os dois cavalgaram em direção ao palácio do Duque, que ficava a poucos minutos de distância. Yennefer se sentia levemente desconfortável ao cavalgar, não era muito acostumada com aquilo. Preferia portais.
Ao chegarem no palácio, Yennefer conduziu o bruxo através dos longos corredores, em direção ao quarto em que estava hospedada. Era um dos quartos mais bonitos do palácio, localizado no segundo andar. Ela convidou Geralt a entrar, fechando a porta atrás de si. Percebeu pela primeira vez como o bruxo estava sujo e definitivamente não iria causar uma boa impressão ao Duque.
Devo pedir ao garoto assustado para lhe arrumar algumas roupas também?
Yen fez um aceno com a cabeça na direção onde o duque havia ido, para que Geralt a acompanhasse. Os dois começaram a caminhar lado a lado, Yennefer consciente de que provavelmente alguém da corte de Crach havia presenciado aquela cena quase romântica entre ela e Geralt; ela começou a temer que isso estragasse o seu disfarce.
Não é sensato ficarmos tão próximos um do outro em público. Se Crach desconfiar que estamos juntos, isso poderá estragar o que estou fazendo aqui. Tenho um motivo para acreditar que ele apenas me convidou à ficar em seu castelo pois ainda nutre sentimentos por mim.
Yennefer não sabia se aquela informação iria causar alguma reação em Geralt, tal qual como ciúme; na verdade ela nem tinha certeza como o bruxo ainda se sentia por ela ou por Triss.
Estar hospedada no seu palácio tem suas vantagens. Ele tem bons contatos. As pessoas falam. Lá estou segura. De caçadores, de curiosos, de espiões.... o que menos quero no momento é estragar o pouco progresso que estamos fazendo em relação à Ciri.
Eles acompanharam a multidão, até chegarem onde os cavalos estavam. Yennefer seguiu para o seu, virando-se para Geralt e percebendo que ele provavelmente não tinha um na ilha. A feiticeira foi até um dos serviçais do Duque, um rapaz jovem e magricela, e antes que o mesmo pudesse montar no seu animal, Yennefer segurou as rédeas do cavalo.
Desculpe-me, mas precisarei desse cavalo.
O garoto olhou para a feiticeira assustado, e sem dizer uma palavra, consentiu com a cabeça. Talvez ele achasse que ela iria enfeitiçá-lo se ele se opusesse, ou talvez ele só não estaria acostumado a ver uma mulher tão bonita. Yennefer puxou o animal em direção à Geralt, que assistia à cena com um ar de riso.
O que? Ele pode arrumar outra carona.
Ela entregou as rédeas na mão do bruxo.
Não vai ser uma Roach, mas vai dar para o gasto.
A feiticeira montou no seu cavalo, e quanto estavam prontos, os dois cavalgaram em direção ao palácio do Duque, que ficava a poucos minutos de distância. Yennefer se sentia levemente desconfortável ao cavalgar, não era muito acostumada com aquilo. Preferia portais.
Ao chegarem no palácio, Yennefer conduziu o bruxo através dos longos corredores, em direção ao quarto em que estava hospedada. Era um dos quartos mais bonitos do palácio, localizado no segundo andar. Ela convidou Geralt a entrar, fechando a porta atrás de si. Percebeu pela primeira vez como o bruxo estava sujo e definitivamente não iria causar uma boa impressão ao Duque.
Devo pedir ao garoto assustado para lhe arrumar algumas roupas também?
Yennefer of Vengerberg- Veteranos
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
Aquele toque sutil sobre sua mão bastava para que Geralt ficasse um pouco mais tranquilo com relação a todas as coisas que ainda o perturbavam com relação à feiticeira. Mas ela logo se afastou, trazendo à tona todas as dúvidas novamente e olhar para Crach an Craite, o que o levou a acompanhar seu olhar. Yennefer não mudou em nada... ao que tudo indicava, estaria aproveitando a vantagem que tinha sobre o Duque para atingir seus objetivos como influência, segurança e, é claro, o conforto que nenhuma estalagem era capaz de oferecer. Nada diferente do que costumava fazer. O que realmente incomodava era não saber se para manter essas vantagens ela estaria dormindo com o Crach, como acontecia com Istredd. Fechou os olhos por um instante, tentando afastar qualquer pensamento à respeito e manteve sua neutralidade. Como sempre fazia.
──── Hm. Certo, Yen... ──── murmurou em resposta, seguindo com ela e a multidão que começava a se dispersar, dessa vez permanecendo em silêncio.
Observou um pequeno grupo de 5 camponeses, que sacrificava uma égua, cobertos de sangue, ouvindo o que o dono do animal falava sobre ter sacrificado sua melhor montaria para servir ao Rei Bran do outro lado. Geralt não compreendia muito bem a relação das pessoas com os deuses, mas as respeitava, desde que não o prejudicassem, ou a algum ser humano inocente. Para todos os lados que olhava, percebia o quanto o rei era amado por camponeses e soldados, que tentavam de vários formas homenageá-lo. Ao contrário de Birna, a esposa dele. Muitos a criticavam e comentavam que ela que deveria ter seguido com ele para o fogo, por terem dividido a cama por mais tempo e não se incomodavam nem um pouco em deixar seu desprezo claro para a própria. Desprezo este que Geralt já conhecia muito bem, afinal era como costumavam tratá-lo. Era um mutante, talvez não tivesse mesmo as coisas serem diferentes. Sabia também do risco que esse desprezo poderia representar, afinal já viu ruínas e trilhas de sangue deixadas por pessoas assim tratadas.
Por fim viu Yennefer se apossar do cavalo de um rapaz para que este o servisse, já que estava sem uma montaria e sorriu, achando a situação no mínimo bem cômica. Nada disse diante do argumento dela, afinal realmente precisaria de um cavalo para percorrer a ilha em busca de pistas sobre o paradeiro de Ciri, então mesmo não sendo sua própria montaria, que possuía seu alforge com todos os seus equipamentos, já ajudaria bastante. O garoto, parecendo um pouco intimidado com a presença da feiticeira, seja por sua aparência ou o risco que representa, disse baixinho enquanto os dois ainda montavam.
── O nome dele é Cáerme...
Geralt sorriu para o rapaz, gostando do nome do animal, que significava Destino, na língua antiga, o que de fato representava bem o temperamento do corcel, que parecia muito centrado, lembrava até a própria Roach, mas bem mais robusto, como de costume nas Ilhas Skellige. Uma excelente escolha.
Seguiu com Yennefer até o castelo, um pouco mais atrás dela, observando os longos cabelos negros agitados pelo vento e quando finalmente chegaram, despediu-se do animal, deixando-o aos cuidados de um tratador, para que fosse bem alimentado e estivesse pronto quando precisasse sair. Acompanhou a feiticeira pelos amplos corredores, que pareciam não ter fim. Viu alguns rostos conhecidos, mas não parou em nenhum momento, cumprimentando apenas com um movimento sutil da cabeça.
Entrou logo atrás dela em seu aposento, que era sem dúvidas bem típico do tipo de instalação que Yennefer costumava escolher. Crach parecia realmente querer lhe oferecer o melhor que podia, o que deixava claro seu apreço por ela... ou muito mais do que isso. Geralt sabia que antes de mais nada precisava de outras roupas, mas não estava preocupado com isso no momento, afinal o que realmente desejava era ficar sem roupa alguma com a feiticeira.
──── É... certamente vou precisar de outras roupas, mas... ──── levou as mãos à cintura de Yennefer, puxando-a contra o próprio corpo para terminar de falar com o rosto bem próximo ao dela, com os lábios próximos aos dela, quase para beijá-la ──── ... antes disso, talvez fosse melhor tomarmos um bom banho, você não acha?
──── Hm. Certo, Yen... ──── murmurou em resposta, seguindo com ela e a multidão que começava a se dispersar, dessa vez permanecendo em silêncio.
Observou um pequeno grupo de 5 camponeses, que sacrificava uma égua, cobertos de sangue, ouvindo o que o dono do animal falava sobre ter sacrificado sua melhor montaria para servir ao Rei Bran do outro lado. Geralt não compreendia muito bem a relação das pessoas com os deuses, mas as respeitava, desde que não o prejudicassem, ou a algum ser humano inocente. Para todos os lados que olhava, percebia o quanto o rei era amado por camponeses e soldados, que tentavam de vários formas homenageá-lo. Ao contrário de Birna, a esposa dele. Muitos a criticavam e comentavam que ela que deveria ter seguido com ele para o fogo, por terem dividido a cama por mais tempo e não se incomodavam nem um pouco em deixar seu desprezo claro para a própria. Desprezo este que Geralt já conhecia muito bem, afinal era como costumavam tratá-lo. Era um mutante, talvez não tivesse mesmo as coisas serem diferentes. Sabia também do risco que esse desprezo poderia representar, afinal já viu ruínas e trilhas de sangue deixadas por pessoas assim tratadas.
Por fim viu Yennefer se apossar do cavalo de um rapaz para que este o servisse, já que estava sem uma montaria e sorriu, achando a situação no mínimo bem cômica. Nada disse diante do argumento dela, afinal realmente precisaria de um cavalo para percorrer a ilha em busca de pistas sobre o paradeiro de Ciri, então mesmo não sendo sua própria montaria, que possuía seu alforge com todos os seus equipamentos, já ajudaria bastante. O garoto, parecendo um pouco intimidado com a presença da feiticeira, seja por sua aparência ou o risco que representa, disse baixinho enquanto os dois ainda montavam.
── O nome dele é Cáerme...
Geralt sorriu para o rapaz, gostando do nome do animal, que significava Destino, na língua antiga, o que de fato representava bem o temperamento do corcel, que parecia muito centrado, lembrava até a própria Roach, mas bem mais robusto, como de costume nas Ilhas Skellige. Uma excelente escolha.
Seguiu com Yennefer até o castelo, um pouco mais atrás dela, observando os longos cabelos negros agitados pelo vento e quando finalmente chegaram, despediu-se do animal, deixando-o aos cuidados de um tratador, para que fosse bem alimentado e estivesse pronto quando precisasse sair. Acompanhou a feiticeira pelos amplos corredores, que pareciam não ter fim. Viu alguns rostos conhecidos, mas não parou em nenhum momento, cumprimentando apenas com um movimento sutil da cabeça.
Entrou logo atrás dela em seu aposento, que era sem dúvidas bem típico do tipo de instalação que Yennefer costumava escolher. Crach parecia realmente querer lhe oferecer o melhor que podia, o que deixava claro seu apreço por ela... ou muito mais do que isso. Geralt sabia que antes de mais nada precisava de outras roupas, mas não estava preocupado com isso no momento, afinal o que realmente desejava era ficar sem roupa alguma com a feiticeira.
──── É... certamente vou precisar de outras roupas, mas... ──── levou as mãos à cintura de Yennefer, puxando-a contra o próprio corpo para terminar de falar com o rosto bem próximo ao dela, com os lábios próximos aos dela, quase para beijá-la ──── ... antes disso, talvez fosse melhor tomarmos um bom banho, você não acha?
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
Yennefer foi pega de surpresa pelo ato de Geralt, que logo envolveu a cintura da feiticeira em suas mãos firmes, deixando os seus lábios a apenas centímetros de distancia dos dela. Yennefer encarou os olhos de Geralt, mas antes que pudesse o responder, ouviram algumas batidas na porta do quarto. Yennefer logo recobrou sua compostura, afastando-se de Geralt e andando em direção a porta, abrindo-a. Cranch encontrava-se parado ali, ainda vestindo a mesma roupa que usara na cerimônia e acompanhando de um de seus serviçais, um garoto de 20 e poucos anos com cabelos cor de palha, que parecia tão assustado quanto o anterior.
Gostaria de conversar com você no meu escritório, Yen.
O duque lancou um olhar para dentro do quarto onde Geralt estava, e virou-se novamente para a feiticeira.
À sós, se possivel.
O duque abriu espaço para que Yennefer saísse do quarto e assim ela o fez, sem nem ao menos virar-se para olhar Geralt. Cranch acenou para Geralt com a cabeça, empurrando o seu serviçal em direção ao Witcher.
Geralt, insisto que você fique aqui no palácio essa noite. Pode pedir ao rapaz o que precisar, e ele atenderá o seu comando.
O duque se retirou, com Yennefer ao seu encalço, seguindo-o através dos longos corredores de seu palácio, até entrarem no escritório, um aposento grande e confortável, com duas poltronas à frente de uma lareira. O duque sentou-se em uma, fazendo menção para que Yen sentasse a sua frente. Ela continuou em pé.
O que o lobo branco está fazendo em Skellige?
Yennefer manteve o seu rosto impassível, fazendo um leve gesto com seus ombros. Mentir não era problema para ela.
Não estou à par dos planos de Geralt. Foi um mero acaso tê-lo encontrado no funeral. Achei que tivesse o convidado.
Já que ele está aqui, tenho um trabalho para ele. Há um Ghoul atormentando os camponeses nesses íltimos dias, e agora com a morte de meu tio, precisamos do povo mais unido do que nunca. Sua viúva não é muito aceita por eles. E se ela sair, você sabe quem eles vão querer que seja rei....
Cranch deu uma risada pomposa, inclinando-se sobre a mesa e pegando uma taça de vinho.
Você acha que ele estaria apto ao trabalho?
Você conhece Geralt. Ele é um excelente caçador. Não tenho dúvidas de que fará o serviço.
Yennefer fez menção de sair dos aposentos, o que fez Cranch levantar-se da poltrona, um pouco mais devagar devido a sua enorme barriga. Ele aproximou-se da sua escrivaninha, pegando um pacote retangular e entregando-a a feiticeira.
Pedi para que uma das artesãs da cidade fizesse esse vestido para você. O banquete seria uma boa oportunidade para usá-lo.
Yennefer segurou o pacote, tentando ao máximo não demonstrar nenhum tipo de reação negativa. Quando Yennefer virou-se para sair do quarto, Cranch falou novamente:
O lobo branco ainda está envolvido com aquela feiticeira de Temeria?
Yennefer congelou, sua mão ainda segurando a maçaneta da porta. Sem encarar o duque, ela respondeu, numa voz mais afetada do que de costume:
A vida particular de Geralt não me interessa.
O duque sorriu satisfeito, enquanto Yennefer saía do aposento, seu coração batendo um pouco mais descompassado que o normal. Ela voltou ao seus aposentos, que estava vazio. Provavelmente o garoto havia levado Geralt a outro quarto, seguindo as ordens de Cranch. Yennefer abriu o pacote que recebera, revelando um belo vestido vermelho, que caía até os pés e possuía um decote bem generoso, por assim dizer. Ela olhou para o vestido com uma expressão de repulsa e jogando-o no chão, abriu o próprio guarda roupa, decidindo que hoje não seria o dia em que ela vestiria outra cor.
Gostaria de conversar com você no meu escritório, Yen.
O duque lancou um olhar para dentro do quarto onde Geralt estava, e virou-se novamente para a feiticeira.
À sós, se possivel.
O duque abriu espaço para que Yennefer saísse do quarto e assim ela o fez, sem nem ao menos virar-se para olhar Geralt. Cranch acenou para Geralt com a cabeça, empurrando o seu serviçal em direção ao Witcher.
Geralt, insisto que você fique aqui no palácio essa noite. Pode pedir ao rapaz o que precisar, e ele atenderá o seu comando.
O duque se retirou, com Yennefer ao seu encalço, seguindo-o através dos longos corredores de seu palácio, até entrarem no escritório, um aposento grande e confortável, com duas poltronas à frente de uma lareira. O duque sentou-se em uma, fazendo menção para que Yen sentasse a sua frente. Ela continuou em pé.
O que o lobo branco está fazendo em Skellige?
Yennefer manteve o seu rosto impassível, fazendo um leve gesto com seus ombros. Mentir não era problema para ela.
Não estou à par dos planos de Geralt. Foi um mero acaso tê-lo encontrado no funeral. Achei que tivesse o convidado.
Já que ele está aqui, tenho um trabalho para ele. Há um Ghoul atormentando os camponeses nesses íltimos dias, e agora com a morte de meu tio, precisamos do povo mais unido do que nunca. Sua viúva não é muito aceita por eles. E se ela sair, você sabe quem eles vão querer que seja rei....
Cranch deu uma risada pomposa, inclinando-se sobre a mesa e pegando uma taça de vinho.
Você acha que ele estaria apto ao trabalho?
Você conhece Geralt. Ele é um excelente caçador. Não tenho dúvidas de que fará o serviço.
Yennefer fez menção de sair dos aposentos, o que fez Cranch levantar-se da poltrona, um pouco mais devagar devido a sua enorme barriga. Ele aproximou-se da sua escrivaninha, pegando um pacote retangular e entregando-a a feiticeira.
Pedi para que uma das artesãs da cidade fizesse esse vestido para você. O banquete seria uma boa oportunidade para usá-lo.
Yennefer segurou o pacote, tentando ao máximo não demonstrar nenhum tipo de reação negativa. Quando Yennefer virou-se para sair do quarto, Cranch falou novamente:
O lobo branco ainda está envolvido com aquela feiticeira de Temeria?
Yennefer congelou, sua mão ainda segurando a maçaneta da porta. Sem encarar o duque, ela respondeu, numa voz mais afetada do que de costume:
A vida particular de Geralt não me interessa.
O duque sorriu satisfeito, enquanto Yennefer saía do aposento, seu coração batendo um pouco mais descompassado que o normal. Ela voltou ao seus aposentos, que estava vazio. Provavelmente o garoto havia levado Geralt a outro quarto, seguindo as ordens de Cranch. Yennefer abriu o pacote que recebera, revelando um belo vestido vermelho, que caía até os pés e possuía um decote bem generoso, por assim dizer. Ela olhou para o vestido com uma expressão de repulsa e jogando-o no chão, abriu o próprio guarda roupa, decidindo que hoje não seria o dia em que ela vestiria outra cor.
Yennefer of Vengerberg- Veteranos
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
Quando seus lábios quase encontraram os da feiticeira, Geralt pensou que finalmente teriam um momento à sós, mas novamente foram interrompidos. Quando Yennefer se afastou, deu alguns passos para trás e olhou em direção à porta. Era Crach an Craite. Preferiu não dizer nada, jamais agiria contra o anfitrião daquela fortaleza, então apenas o cumprimentou da mesma forma. Como a feiticeira vivia se envolvendo com questões políticas de todos os lugares, Geralt imaginou que teriam assuntos a tratar relacionados à isso, ou pelo menos esperava que fosse o caso. Incomodava-se com a intromissão, mas seu semblante permanecia neutro, como de costume e quando ela saiu, olhou para o rapaz deixado com ele e disse.
──── Não precisa ter medo, garoto... eu só preciso de um banho. ──── disse cruzando os braços e já imaginando que a ideia de Crach em mantê-lo no palácio poderia ser para vigiar seus passos e poder afastá-lo da feiticeira. Dito e feito. O rapaz, que parecia um pouco nervoso, respondeu com receio de uma reação hostil do witcher.
── Senhor, eu devo conduzi-lo a seus aposentos. Preciso que me acompanhe. Seu banho foi preparado lá. ──── abaixou a cabeça em uma breve reverência e indicou o caminho com a cabeça. Geralt o acompanhou.
Caminharam pelos corredores até um aposento muito mais afastado do quarto de Yennefer, no piso inferior e aparentemente um pouco mais vazio e reservado, o que causava estranhamento e levou o caçador a deixar a mão sobre a empunhadura da espada. Não estava gostando nada daquilo, no entanto, assim que o garoto abria a porta do que seria seu aposento, duas belas servas, uma de cabelos castanhos e outras vermelhos como as chamas da lareira, o aguardavam próximas à latrina. Ele então sorriu, imaginando que a estratégia escolhida pelo duque foi apelar para sua luxúria, deixando as belas jovens para servir a seus caprichos, enquanto ganhava tempo para cortejar a feiticeira.
As duas logo se dirigiram a ele e o rapaz fechou a porta. Elas começaram a retirar-lhe as armas e armadura, conduzindo-o até a latrina. No entanto, Geralt tentava manter a compostura, não daria ao duque o que ele queria. Então apenas entrou na latrina, onde a água quente já estava preparada e permitiu que seu corpo fosse limpo, apenas fechando os olhos para relaxar. Sorria a cada tentativa das garotas de desviar seu foco e por fim disse.
──── Vocês não precisam fazer isso. ──── disse segurando os pulsos de ambas para afastá-las de onde não deveriam. ──── Hoje tenho outro objetivo.
── Mas senhor... recebemos ordens para servi-lo e...
──── E serviram muito bem, mas eu tenho muitos assuntos a tratar e gostaria de um pouco de privacidade. ──── se levantou, pegando a toalha do ombro da ruiva e começou a secar o corpo ──── Podem ir agora. Obrigado pela companhia.
Ambas compreenderam o pedido e com uma breve reverência se retiraram, levando as roupas sujas do guerreiro e deixando para trás o quarto, fechando a porta logo depois. Geralt suspirou aliviado por não ter se rendido à tentação, afinal isso poderia atrapalhar os assuntos que pretendia resolver com a feiticeira. Queria saber se realmente ficariam juntos outra vez, ou se deixariam tudo para trás. Uma vez definida sua situação com ela, aí sim ele poderia pensar em desfrutar da companhia de outras mulheres. Vestiu-se adequadamente com a armadura deixada ao seu dispor sobre um armário, onde havia também um traje mais formal, o que não era de seu costume, então deixou e lado.
Como witcher deveria estar preparado para tudo e não havia qualquer garantia de que as coisas permanecessem tranquilas naquela noite. Saiu de seu aposento e caminhou por todos aqueles corredores de volta para o quarto de Yennefer. Não sabia se a encontraria por lá, ou se ela poderia estar acompanhada, então com receio de que pudesse atrapalhar, assim que chegou à porta dela, hesitou em bater e recuou, voltando a caminhar, dessa vez em direção ao salão principal, onde acontecia o banquete.
O local estava bem animado, havia dança, música e uma fartura de carnes e pães grandiosa. Faminto pela longa viagem que enfrentou no mar, o naufrágio e o caminho percorrido à pé, passando um dia inteiro sem comer nada, Geralt sorriu ao ser convidado pelos irmãos Hjalmar e Cerys, filhos de Crach an Craite para se sentar à mesa e se juntou a eles.
── Geralt! Venha beber conosco! Estávamos falando mesmo de você! O que o traz de volta à Skellige? ──── perguntou a ruiva da qual ele se sentava ao seu lado oferecendo uma caneca bem cheia de hidromel. Quase não poderia acreditar que era ele depois de tantos anos. A pequena Cerys estava bem diferente da última vez que se viram, pois tinha a mesma idade de Cirilla... ambas ainda eram crianças na época.
── Lobo Branco! Vamos comer e falar sobre nossas gloriosas batalhas! ──── exclamou Hjalmar, que cresceu como um grande guerreiro, encontrando o prazer em batalhas que desafiassem seus limites.
──── Cerys… Hjalmar! ──── disse cumprimentando os dois e aceitando a caneca de hidromel, a qual finalizava em um único gole, o que entusiasmava os outros guerreiros sentados à mesa, todos do Clã na Craite, que também pegavam suas canecas e o acompanhavam. ──── Os motivos de minha visita poderemos tratar depois, agora preferia saber como vocês estão.
Com isso, Geralt tentava desviar o foco da atenção para os dois irmãos, evitando assim se expor diante de todas aquelas pessoas. Comeu e bebeu com eles, enquanto ouvia suas histórias sobre as aventuras que viveram nas Ilhas Skellige, desde grandes caçadas de monstros a tesouros e brigas de taverna. Sentia-se em boa companhia cercado por pessoas que também compreendiam seu estilo de vida e pareciam até mais entusiasmados do que ele para falar à respeito, talvez em função do nível de teor alcoólico em seus organismos. Aguardaria ali até a chegada de Yennefer, imaginando que ela demoraria para se preparar, dependendo da conclusão que pudesse ter tido sua conversa com Crach na Craite, o que lhe causava certo desconforto por causa das dúvidas que cercavam aquela relação.
──── Não precisa ter medo, garoto... eu só preciso de um banho. ──── disse cruzando os braços e já imaginando que a ideia de Crach em mantê-lo no palácio poderia ser para vigiar seus passos e poder afastá-lo da feiticeira. Dito e feito. O rapaz, que parecia um pouco nervoso, respondeu com receio de uma reação hostil do witcher.
── Senhor, eu devo conduzi-lo a seus aposentos. Preciso que me acompanhe. Seu banho foi preparado lá. ──── abaixou a cabeça em uma breve reverência e indicou o caminho com a cabeça. Geralt o acompanhou.
Caminharam pelos corredores até um aposento muito mais afastado do quarto de Yennefer, no piso inferior e aparentemente um pouco mais vazio e reservado, o que causava estranhamento e levou o caçador a deixar a mão sobre a empunhadura da espada. Não estava gostando nada daquilo, no entanto, assim que o garoto abria a porta do que seria seu aposento, duas belas servas, uma de cabelos castanhos e outras vermelhos como as chamas da lareira, o aguardavam próximas à latrina. Ele então sorriu, imaginando que a estratégia escolhida pelo duque foi apelar para sua luxúria, deixando as belas jovens para servir a seus caprichos, enquanto ganhava tempo para cortejar a feiticeira.
As duas logo se dirigiram a ele e o rapaz fechou a porta. Elas começaram a retirar-lhe as armas e armadura, conduzindo-o até a latrina. No entanto, Geralt tentava manter a compostura, não daria ao duque o que ele queria. Então apenas entrou na latrina, onde a água quente já estava preparada e permitiu que seu corpo fosse limpo, apenas fechando os olhos para relaxar. Sorria a cada tentativa das garotas de desviar seu foco e por fim disse.
──── Vocês não precisam fazer isso. ──── disse segurando os pulsos de ambas para afastá-las de onde não deveriam. ──── Hoje tenho outro objetivo.
── Mas senhor... recebemos ordens para servi-lo e...
──── E serviram muito bem, mas eu tenho muitos assuntos a tratar e gostaria de um pouco de privacidade. ──── se levantou, pegando a toalha do ombro da ruiva e começou a secar o corpo ──── Podem ir agora. Obrigado pela companhia.
Ambas compreenderam o pedido e com uma breve reverência se retiraram, levando as roupas sujas do guerreiro e deixando para trás o quarto, fechando a porta logo depois. Geralt suspirou aliviado por não ter se rendido à tentação, afinal isso poderia atrapalhar os assuntos que pretendia resolver com a feiticeira. Queria saber se realmente ficariam juntos outra vez, ou se deixariam tudo para trás. Uma vez definida sua situação com ela, aí sim ele poderia pensar em desfrutar da companhia de outras mulheres. Vestiu-se adequadamente com a armadura deixada ao seu dispor sobre um armário, onde havia também um traje mais formal, o que não era de seu costume, então deixou e lado.
Como witcher deveria estar preparado para tudo e não havia qualquer garantia de que as coisas permanecessem tranquilas naquela noite. Saiu de seu aposento e caminhou por todos aqueles corredores de volta para o quarto de Yennefer. Não sabia se a encontraria por lá, ou se ela poderia estar acompanhada, então com receio de que pudesse atrapalhar, assim que chegou à porta dela, hesitou em bater e recuou, voltando a caminhar, dessa vez em direção ao salão principal, onde acontecia o banquete.
O local estava bem animado, havia dança, música e uma fartura de carnes e pães grandiosa. Faminto pela longa viagem que enfrentou no mar, o naufrágio e o caminho percorrido à pé, passando um dia inteiro sem comer nada, Geralt sorriu ao ser convidado pelos irmãos Hjalmar e Cerys, filhos de Crach an Craite para se sentar à mesa e se juntou a eles.
── Geralt! Venha beber conosco! Estávamos falando mesmo de você! O que o traz de volta à Skellige? ──── perguntou a ruiva da qual ele se sentava ao seu lado oferecendo uma caneca bem cheia de hidromel. Quase não poderia acreditar que era ele depois de tantos anos. A pequena Cerys estava bem diferente da última vez que se viram, pois tinha a mesma idade de Cirilla... ambas ainda eram crianças na época.
── Lobo Branco! Vamos comer e falar sobre nossas gloriosas batalhas! ──── exclamou Hjalmar, que cresceu como um grande guerreiro, encontrando o prazer em batalhas que desafiassem seus limites.
──── Cerys… Hjalmar! ──── disse cumprimentando os dois e aceitando a caneca de hidromel, a qual finalizava em um único gole, o que entusiasmava os outros guerreiros sentados à mesa, todos do Clã na Craite, que também pegavam suas canecas e o acompanhavam. ──── Os motivos de minha visita poderemos tratar depois, agora preferia saber como vocês estão.
Com isso, Geralt tentava desviar o foco da atenção para os dois irmãos, evitando assim se expor diante de todas aquelas pessoas. Comeu e bebeu com eles, enquanto ouvia suas histórias sobre as aventuras que viveram nas Ilhas Skellige, desde grandes caçadas de monstros a tesouros e brigas de taverna. Sentia-se em boa companhia cercado por pessoas que também compreendiam seu estilo de vida e pareciam até mais entusiasmados do que ele para falar à respeito, talvez em função do nível de teor alcoólico em seus organismos. Aguardaria ali até a chegada de Yennefer, imaginando que ela demoraria para se preparar, dependendo da conclusão que pudesse ter tido sua conversa com Crach na Craite, o que lhe causava certo desconforto por causa das dúvidas que cercavam aquela relação.
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
Yennefer retirava de seu guarda roupa um de seus vestidos preferidos quando ouviu outra batida na porta. Ela colocou o vestido sobre a cama com cuidado e foi em direção à porta, abrindo-a.
Geralt, onde...
No entanto não era Geralt quem estava parado à porta, e sim o rapaz assustado de antes. Ele cumprimentou a feiticeira com uma longa reverência, e falou, ainda olhando para o chão:
Minha senhora, o duque pediu-me que levasse o Lobo Branco à seus aposentos...
Yennefer ergue uma de suas sobrancelhas, ainda encarando o rapaz.
Em que quarto ele está?
O rapaz corou ao ouvir a pergunta, ainda encarando o chão. Ele engoliu em seco, tentando manter a compostura, enquanto respondia:
Nã-não sei, minha senhora, me desculpe, apenas cumpro ordens.
A feiticeira afastou-se da porta, voltando a sua atenção ao vestido. Olhou para o rapaz uma última vez e disse, com uma voz firme:
Vá. E manda-me uma de suas criadas, preciso de ajuda para colocar o espartilho.
O garoto se despediu com mais uma referência, fechando a porta e deslocando-se com rapidez, como se temesse que Yennefer mudasse de ideia e o transformasse em um sapo. A feiticeira começou a se despir, retirando o longo vestido negro que trajava e logo depois sua lingerie. Ela foi até o banheiro, onde um banho já havia sido preparado para ela, provavelmente enquanto ela conversava com o duque. Ela entrou na banheira, sentindo-se satisfeita pela água estar tão quente; resolveu fechar os olhos para relaxar. Ouviu alguns passos tímidos que vinham em sua direção, era provavelmente uma das criadas. Ela abriu os olhos, fitando uma bela moça de seus 20 e poucos anos, com cabelos ruivos e lábios avermelhados. Ela a cumprimentou com uma reverência, a qual Yennefer deu um aceno com a cabeça, permitindo que a moça se aproximasse. Ela então o fez, ajoelhando-se ao lado da banheira e com uma esponja começava a esfregar os braços de Yen. A sensação era boa, e ela deixou-se levar por aquilo.
A garota finalmente falou, numa voz baixa, porém firme:
Desculpe-me pela demora, senhora. Eu e minha companheira estávamos dando banho em outro hóspede.
Yennefer ficou surpresa com aquela informação, afinal, não sabia que Cranch estava hospedando outras pessoas. Aquilo deveria ser óbvio, no entanto; o rei acabara de morrer e provavelmente haviam vindo pessoas de terras distantes para ver a celebração. Yennefer sorriu de leve para a garota.
Não tem problema, você não demorou.
Ouviram-se outros passos, e uma segunda garota entrou, esta parecendo mais velha do que a primeira, com cabelos castanhos. Após ajudarem com o banho, Yennefer saiu da banheira e deixou as garotas ajudarem-lhe a se enxugar. Depois ela foi até o quarto, onde começou a colocar suas roupas, com ajuda das duas.
Por fim, sentou-se na penteadeira e deixou as moças pentearem seus longos cabelos negros. Yennefer olhava as duas com uma expressão de curiosidade através do espelho. Percebeu que elas trocavam olhares entre si, e até risadinhas.
Do que vocês estão rindo?
A garota ruiva corou, enquanto a morena, ainda sorrindo, respondeu:
É que nós temos outro trabalho para esta noite. Não devemos comentar sobre isso, mas... o duque nos deu ordens para... "entreter" um de seus hóspedes especiais.
Yennefer ergueu as sobrancelhas numa expressão de surpresa, um leve sorriso brotando em seus lábios, enquanto a garota ruiva parecia superar sua vergonha, dizendo:
Pelo menos dessa vez é um hóspede bonito. Apesar de ter tantas cicatrizes...
Yennefer parou de sorrir. Ela levantou-se da cadeira repentinamente, virando-se para olhar para as duas garotas. Apesar de uma delas ser mais alta que a própria feiticeira, a mesma exalava poder, o que fazia as servas se sentirem bem pequenas diante dela.
O que você disse?
Os olhos cor-de-violeta da feiticeira pareciam vermelhos diante de sua raiva, e ao perceber aquilo, as garotas recuaram, com expressões de choque. Yen deu alguns passos em direção às moças, que pareciam assustadas, como se temessem que ela as atacasse. Yen manteve sua expressão firme, enquanto disse:
Se eu souber que vocês ou alguma outra garota desse palácio se aproximou de Geralt, vocês saberão o que é a minha ira. Podem ir.
As moças se entreolharam, e com uma reverência rápida, saíram do quarto. Yennefer terminou de se arrumar sozinha, saiu do quarto e se deslocou em direção ao salão principal, onde estava sendo servido o banquete.
Geralt, onde...
No entanto não era Geralt quem estava parado à porta, e sim o rapaz assustado de antes. Ele cumprimentou a feiticeira com uma longa reverência, e falou, ainda olhando para o chão:
Minha senhora, o duque pediu-me que levasse o Lobo Branco à seus aposentos...
Yennefer ergue uma de suas sobrancelhas, ainda encarando o rapaz.
Em que quarto ele está?
O rapaz corou ao ouvir a pergunta, ainda encarando o chão. Ele engoliu em seco, tentando manter a compostura, enquanto respondia:
Nã-não sei, minha senhora, me desculpe, apenas cumpro ordens.
A feiticeira afastou-se da porta, voltando a sua atenção ao vestido. Olhou para o rapaz uma última vez e disse, com uma voz firme:
Vá. E manda-me uma de suas criadas, preciso de ajuda para colocar o espartilho.
O garoto se despediu com mais uma referência, fechando a porta e deslocando-se com rapidez, como se temesse que Yennefer mudasse de ideia e o transformasse em um sapo. A feiticeira começou a se despir, retirando o longo vestido negro que trajava e logo depois sua lingerie. Ela foi até o banheiro, onde um banho já havia sido preparado para ela, provavelmente enquanto ela conversava com o duque. Ela entrou na banheira, sentindo-se satisfeita pela água estar tão quente; resolveu fechar os olhos para relaxar. Ouviu alguns passos tímidos que vinham em sua direção, era provavelmente uma das criadas. Ela abriu os olhos, fitando uma bela moça de seus 20 e poucos anos, com cabelos ruivos e lábios avermelhados. Ela a cumprimentou com uma reverência, a qual Yennefer deu um aceno com a cabeça, permitindo que a moça se aproximasse. Ela então o fez, ajoelhando-se ao lado da banheira e com uma esponja começava a esfregar os braços de Yen. A sensação era boa, e ela deixou-se levar por aquilo.
A garota finalmente falou, numa voz baixa, porém firme:
Desculpe-me pela demora, senhora. Eu e minha companheira estávamos dando banho em outro hóspede.
Yennefer ficou surpresa com aquela informação, afinal, não sabia que Cranch estava hospedando outras pessoas. Aquilo deveria ser óbvio, no entanto; o rei acabara de morrer e provavelmente haviam vindo pessoas de terras distantes para ver a celebração. Yennefer sorriu de leve para a garota.
Não tem problema, você não demorou.
Ouviram-se outros passos, e uma segunda garota entrou, esta parecendo mais velha do que a primeira, com cabelos castanhos. Após ajudarem com o banho, Yennefer saiu da banheira e deixou as garotas ajudarem-lhe a se enxugar. Depois ela foi até o quarto, onde começou a colocar suas roupas, com ajuda das duas.
Por fim, sentou-se na penteadeira e deixou as moças pentearem seus longos cabelos negros. Yennefer olhava as duas com uma expressão de curiosidade através do espelho. Percebeu que elas trocavam olhares entre si, e até risadinhas.
Do que vocês estão rindo?
A garota ruiva corou, enquanto a morena, ainda sorrindo, respondeu:
É que nós temos outro trabalho para esta noite. Não devemos comentar sobre isso, mas... o duque nos deu ordens para... "entreter" um de seus hóspedes especiais.
Yennefer ergueu as sobrancelhas numa expressão de surpresa, um leve sorriso brotando em seus lábios, enquanto a garota ruiva parecia superar sua vergonha, dizendo:
Pelo menos dessa vez é um hóspede bonito. Apesar de ter tantas cicatrizes...
Yennefer parou de sorrir. Ela levantou-se da cadeira repentinamente, virando-se para olhar para as duas garotas. Apesar de uma delas ser mais alta que a própria feiticeira, a mesma exalava poder, o que fazia as servas se sentirem bem pequenas diante dela.
O que você disse?
Os olhos cor-de-violeta da feiticeira pareciam vermelhos diante de sua raiva, e ao perceber aquilo, as garotas recuaram, com expressões de choque. Yen deu alguns passos em direção às moças, que pareciam assustadas, como se temessem que ela as atacasse. Yen manteve sua expressão firme, enquanto disse:
Se eu souber que vocês ou alguma outra garota desse palácio se aproximou de Geralt, vocês saberão o que é a minha ira. Podem ir.
As moças se entreolharam, e com uma reverência rápida, saíram do quarto. Yennefer terminou de se arrumar sozinha, saiu do quarto e se deslocou em direção ao salão principal, onde estava sendo servido o banquete.
Yennefer of Vengerberg- Veteranos
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
O teor das conversas era bem descontraído e todo o grupo parecia se gabar de grandes feitos, mas logo a curiosidade pareceu falar mais alto e logo atraiu a atenção deles de volta para o witcher, que se alimentava naquele momento com um belo pernil de javali. Eles começaram a perguntar sobre sua profissão, algo que muitos gostam de definir, criticar ou questionar, sem muitas oportunidades para de fato conhecer. Poucos restavam e menos ainda se permitiam falar à respeito. Geralt, por sua vez, era mais receptivo com relação a isso e não se importava em esclarecer alguns equívocos espalhados sobre sua profissão.
── Dizem que os witchers não possuem emoções. É verdade, Geralt? ──── questionou Hjalmar curioso, mas Cerys logo respondeu, de modo que o próprio witcher não esperava. ── Claro que não, Hjalmar! Você não viu no porto? Ele está com aquela feiticeira de novo! Que homem atravessaria o oceano por uma mulher se não a amasse? ──── a ruiva olhou para o witcher como se o questionasse sobre a veracidade dessa informação, então Geralt quase engasgou com a carne, surpreso e sem saber como deveria responder ──── Bom, nós temos emoções sim, só aprendemos a não demonstrar. ──── preferiu não responder Cerys, deixando a dúvida no ar para que cada um concluísse o que desejasse, mantendo a neutralidade da conversa.
── Então você também sente prazer e dor? ──── continuou a indagar Hjalmar e os outros curiosos só o acompanhavam, lançando mais e mais perguntas sobre as peculiaridades de Geralt, como seus cabelos brancos, seus olhos, sua virilidade, esterilidade e por fim suas espadas ── Por que todo witcher carrega duas espadas? ──── perguntou um guerreiro que estava sentado ao lado de Hjalmar.
──── As pessoas desinformadas costumam dizer que a espada de prata é para monstros e a de ferro para seres humanos. Obviamente, trata-se de uma grossa mentira. Alguns monstros somente podem ser feridos com a lâmina de prata, enquanto para outros, mortal é o ferro. Não qualquer ferro, apenas o proveniente de meteoritos. ──── respondeu pacientemente a cada pergunta, entretendo o grupo, mas logo sentiu um aroma invadir o ambiente. O aroma que ele mais havia esperado. Terminou de beber mais uma caneca de hidromel e se levantou, para se dirigir à Yennefer. Não disse uma palavra, mas também não precisava. Os irmãos an Craite e os guerreiros skelligers seguiram seu olhar e ao avistar a feiticeira, encontraram uma confirmação das palavras de Cerys, que murmurava enquanto ele se afastava. ── Viram? O witcher corre como um cão atrás da feiticeira.
Geralt preferiu ignorar o comentário, que apesar de ter sido proferido em tom de voz baixo, apenas para os que permaneciam sentados à mesa, seus sentidos aguçados lhe permitiram ouvir. Não se importava com o que pensassem, só pensava em encontrar Yennefer e tentar algum tempo em sua companhia.
E lá estava ela. Majestosamente vestida em negro e branco, com sua beleza incomparável à de qualquer outra mulher daquele palácio, atraindo os olhares lascivos dos homens, que pareciam enfeitiçados por sua presença. Não mais do que Geralt, que humildemente se aproximava, com um singelo sorriso se formando em seus lábios, feliz por vê-la. Dessa vez não ultrapassaria qualquer limite, sabia que Yennefer não queria ser vista tão próxima a ele, então apenas inclinou a cabeça em cumprimento e disse.
──── É bom te ver de novo. Espero que possamos conversar dessa vez, Yen. Sem interrupções. ──── observou o ambiente à sua volta, procurando um lugar mais reservado para se sentarem, logo encontrando o olhar de desaprovação de alguns skelligers, que pareciam não gostar muito da presença de ambos no banquete. Birna, primeira esposa do falecido Rei Bran Tuirseach, permanecia isolada, bebendo seu vinho com grande pesar em seus olhos, até a chegada de seu filho Svanrige, que ela desejava como novo Rei de Skellige para garantir sua posição na corte.
── Dizem que os witchers não possuem emoções. É verdade, Geralt? ──── questionou Hjalmar curioso, mas Cerys logo respondeu, de modo que o próprio witcher não esperava. ── Claro que não, Hjalmar! Você não viu no porto? Ele está com aquela feiticeira de novo! Que homem atravessaria o oceano por uma mulher se não a amasse? ──── a ruiva olhou para o witcher como se o questionasse sobre a veracidade dessa informação, então Geralt quase engasgou com a carne, surpreso e sem saber como deveria responder ──── Bom, nós temos emoções sim, só aprendemos a não demonstrar. ──── preferiu não responder Cerys, deixando a dúvida no ar para que cada um concluísse o que desejasse, mantendo a neutralidade da conversa.
── Então você também sente prazer e dor? ──── continuou a indagar Hjalmar e os outros curiosos só o acompanhavam, lançando mais e mais perguntas sobre as peculiaridades de Geralt, como seus cabelos brancos, seus olhos, sua virilidade, esterilidade e por fim suas espadas ── Por que todo witcher carrega duas espadas? ──── perguntou um guerreiro que estava sentado ao lado de Hjalmar.
──── As pessoas desinformadas costumam dizer que a espada de prata é para monstros e a de ferro para seres humanos. Obviamente, trata-se de uma grossa mentira. Alguns monstros somente podem ser feridos com a lâmina de prata, enquanto para outros, mortal é o ferro. Não qualquer ferro, apenas o proveniente de meteoritos. ──── respondeu pacientemente a cada pergunta, entretendo o grupo, mas logo sentiu um aroma invadir o ambiente. O aroma que ele mais havia esperado. Terminou de beber mais uma caneca de hidromel e se levantou, para se dirigir à Yennefer. Não disse uma palavra, mas também não precisava. Os irmãos an Craite e os guerreiros skelligers seguiram seu olhar e ao avistar a feiticeira, encontraram uma confirmação das palavras de Cerys, que murmurava enquanto ele se afastava. ── Viram? O witcher corre como um cão atrás da feiticeira.
Geralt preferiu ignorar o comentário, que apesar de ter sido proferido em tom de voz baixo, apenas para os que permaneciam sentados à mesa, seus sentidos aguçados lhe permitiram ouvir. Não se importava com o que pensassem, só pensava em encontrar Yennefer e tentar algum tempo em sua companhia.
E lá estava ela. Majestosamente vestida em negro e branco, com sua beleza incomparável à de qualquer outra mulher daquele palácio, atraindo os olhares lascivos dos homens, que pareciam enfeitiçados por sua presença. Não mais do que Geralt, que humildemente se aproximava, com um singelo sorriso se formando em seus lábios, feliz por vê-la. Dessa vez não ultrapassaria qualquer limite, sabia que Yennefer não queria ser vista tão próxima a ele, então apenas inclinou a cabeça em cumprimento e disse.
──── É bom te ver de novo. Espero que possamos conversar dessa vez, Yen. Sem interrupções. ──── observou o ambiente à sua volta, procurando um lugar mais reservado para se sentarem, logo encontrando o olhar de desaprovação de alguns skelligers, que pareciam não gostar muito da presença de ambos no banquete. Birna, primeira esposa do falecido Rei Bran Tuirseach, permanecia isolada, bebendo seu vinho com grande pesar em seus olhos, até a chegada de seu filho Svanrige, que ela desejava como novo Rei de Skellige para garantir sua posição na corte.
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
Yennefer se deslocava pelo salão com agilidade, parando para cumprimentar alguns rostos conhecidos, enquanto acenava com a cabeça para outros. Estava majestosa em seu vestido preto e branco, já acostumada a atrair olhares masculinos por onde passava. As moças do salão a olhavam com inveja, e as criadas cochichavam ao vê-la, saindo de perto quando a feiticeira se aproximava. Parece que a notícia sobre a sua ira já havia se espalhado.
Os olhos violeta de Yennefer escaneavam o salão, procurando minunciosamente por alguém forte e de cabelos brancos. Sua presença, no entanto, foi notada pelo Duque, que abria um largo sorriso ao ver o rosto de Yen, sorriso esse que foi se esvaindo ao cair sobre o vestido que ela usava.
O duque, um homem bastante encorpado, parecia agora tão pequeno na presença de Yen quanto as criadas. Ele disse, com uma voz desanimada:
Yen. Não gostou do presente que lhe dei?
Yennefer forçou um sorriso, enquanto lhe respondia:
Vermelho não é bem a minha cor. O duque balançou a cabeça, abrindo um sorriso outra vez.
Não há problema. Venha, irei lhe apresentar a alguns amigos do falecido rei... e que história é essa de que você anda atormentando minhas criadas?
O duque riu satisfeito, enquanto entrelaçava um de seus braços ao braço de Yen, puxando-a pelo salão.
Não posso negar de que sempre adorei esse seu jeito.
Yennefer acompanhou o duque, à contragosto. Esperou que chegassem a um lado mais afastado do salão, onde disse:
Por que você mandou suas meretrizes atrás de Geralt?
Cranch parou de repente, virando para olhar Yen com um olhar assustado. Ele respondeu, um pouco sem jeito:
Ora Yen, não fale isso das moças... são duas de minhas melhores criadas. Apenas achei que o Lobo iria se sentir muito solitário essa noite. E achei que você não se interessasse pelos assuntos particulares de Geralt. Ou está apenas se preocupando com sua amiga Triss?
Yennefer torceu a boca numa expressão de nojo ao ouvir aquele nome. Tentou manter o seu rosto impassível, porém não deve ter conseguido, visto que o Duque sorria satisfeito.
Lembre-se da minha proposta. Posso lhe dar uma vida de rainha, Yen. Se você ficar em Skellige, será mais bem tratada que qualquer uma de minhas esposas. Mais bem tratada do que qualquer homem já lhe tratou...
Yennefer se manteve em silêncio, e com um aceno de cabeça, se retirou. Ela deslocou-se para o outro lado do salão, onde acabou por encontrar Geralt, destacando-se por ser o único homem do salão a usar uma armadura, enquanto os outros vestiam seus melhores trajes. Ele entretia uma multidão animada, que buscava saber tudo sobre a vida de Witcher.
Quando Geralt a olhou, sua expressão mudou e ele abriu um sorriso, tendo o cuidado de se manter a alguns passos da feiticeira. Ela concordou com a cabeça quando o ouviu, e disse baixinho:
Precisamos conversar longe dos olhos e ouvidos do Duque. Me siga.
Ela saiu andando pelo salão, se deslocando até o outro lado, onde havia uma porta que dava em direção aos jardins. Com Geralt no seu encalço, ela esperou os olhos dos curiosos se deslocarem ao verem o futuro Rei entrar no salão, e abriu a porta, saindo para os jardins do palácio. Sentou-se em um banco e esperou que Geralt sentasse ao seu lado.
Os olhos violeta de Yennefer escaneavam o salão, procurando minunciosamente por alguém forte e de cabelos brancos. Sua presença, no entanto, foi notada pelo Duque, que abria um largo sorriso ao ver o rosto de Yen, sorriso esse que foi se esvaindo ao cair sobre o vestido que ela usava.
O duque, um homem bastante encorpado, parecia agora tão pequeno na presença de Yen quanto as criadas. Ele disse, com uma voz desanimada:
Yen. Não gostou do presente que lhe dei?
Yennefer forçou um sorriso, enquanto lhe respondia:
Vermelho não é bem a minha cor. O duque balançou a cabeça, abrindo um sorriso outra vez.
Não há problema. Venha, irei lhe apresentar a alguns amigos do falecido rei... e que história é essa de que você anda atormentando minhas criadas?
O duque riu satisfeito, enquanto entrelaçava um de seus braços ao braço de Yen, puxando-a pelo salão.
Não posso negar de que sempre adorei esse seu jeito.
Yennefer acompanhou o duque, à contragosto. Esperou que chegassem a um lado mais afastado do salão, onde disse:
Por que você mandou suas meretrizes atrás de Geralt?
Cranch parou de repente, virando para olhar Yen com um olhar assustado. Ele respondeu, um pouco sem jeito:
Ora Yen, não fale isso das moças... são duas de minhas melhores criadas. Apenas achei que o Lobo iria se sentir muito solitário essa noite. E achei que você não se interessasse pelos assuntos particulares de Geralt. Ou está apenas se preocupando com sua amiga Triss?
Yennefer torceu a boca numa expressão de nojo ao ouvir aquele nome. Tentou manter o seu rosto impassível, porém não deve ter conseguido, visto que o Duque sorria satisfeito.
Lembre-se da minha proposta. Posso lhe dar uma vida de rainha, Yen. Se você ficar em Skellige, será mais bem tratada que qualquer uma de minhas esposas. Mais bem tratada do que qualquer homem já lhe tratou...
Yennefer se manteve em silêncio, e com um aceno de cabeça, se retirou. Ela deslocou-se para o outro lado do salão, onde acabou por encontrar Geralt, destacando-se por ser o único homem do salão a usar uma armadura, enquanto os outros vestiam seus melhores trajes. Ele entretia uma multidão animada, que buscava saber tudo sobre a vida de Witcher.
Quando Geralt a olhou, sua expressão mudou e ele abriu um sorriso, tendo o cuidado de se manter a alguns passos da feiticeira. Ela concordou com a cabeça quando o ouviu, e disse baixinho:
Precisamos conversar longe dos olhos e ouvidos do Duque. Me siga.
Ela saiu andando pelo salão, se deslocando até o outro lado, onde havia uma porta que dava em direção aos jardins. Com Geralt no seu encalço, ela esperou os olhos dos curiosos se deslocarem ao verem o futuro Rei entrar no salão, e abriu a porta, saindo para os jardins do palácio. Sentou-se em um banco e esperou que Geralt sentasse ao seu lado.
Yennefer of Vengerberg- Veteranos
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
Geralt sabia que, como de costume, a próxima semana seria bastante agitada em Skellige pela morte do Rei Bran, afinal o título não era mantido apenas por uma questão de herança, mas por uma escolha firmada entre os grandes líderes dos Clãs mais influentes de Skellige. O conclave decidiria ao findar de um período de sete dias de reuniões e discussões políticas das quais o witcher não se importava em saber. Evitava ao máximo se envolver em qualquer questão política, então preferia diálogos mais leves, como os que tinha com os simplórios guerreiros bêbados. Crach an Craite era apontado como o favorito para assumir o lugar de Bran de Tuirseach, o que não parecia agradar em nada a antiga rainha.
Os olhos do witcher logo chegaram aos do duque, que a todo tempo encaravam a feiticeira, com quem tinha acabado de conversar. E ele parecia bem animado, o que levava Geralt a se questionar sobre o motivo de tamanha alegria. Em seu âmago, esperava que a feiticeira não tivesse aceitado qualquer proposta dele, mas se fosse o caso, respeitaria sua decisão, como sempre e manteria a distância que ela desejasse. Ouviu suas palavras e prontamente seguiu seus passos, em silêncio. Passava pela mesa dos guerreiros que entretia anteriormente com todas as dúvidas que estes possuíam sobre sua profissão e Cerys interrompeu seus passos propondo um desafio.
── Geralt! Eu te desafio a uma corrida contra mim! O que acha? Me disseram que sua resistência e velocidade são sobrehumanos e eu gostaria de verificar isso. E então? Aceita o meu desafio? ──── levou as duas mãos à cintura em uma postura imponente.
── Ahah! Essa eu quero ver! ──── riu Hjalmar com os outros guerreiros, que também não acreditavam na proposta de Cerys em desafiar o witcher a uma prova de resistência só para testar os boatos sobre suas mutações. ──── E como seria esse desafio? ──── perguntou, já sabendo que recusar o desafio seria um afronta aos costumes dos skelligers e um atentado contra sua própria honra, então não tinha opção, se não aceitar o desafio.
── Eu sabia que você não recusaria! Assim que o sol nascer, esteja na entrada da Gruta de Yustianna! ──── olhava de forma desafiadora para Geralt, que já imaginava que a garota ruiva tivesse passado dos limites para fazer uma proposta como aquela assim do nada. Sabia que a gruta era habitada por monstros atualmente e que uma corrida por lá seria perigosa, mas talvez nada que fosse capaz de desafiar suas próprias habilidades.
Assim que conseguiu se livrar do grupo mais uma vez, Geralt apressou os passos para seguir a feiticeira e a alcançou já na saída para os jardins, se sentando ao lado dela em um dos bancos.
──── Pronto... enfim podemos conversar. ──── disse ainda um pouco receoso de que a feiticeira estivesse mais interessada nos privilégios envolvidos em uma relação com Crach an Craite, do que no relacionamento que eles tinham no passado. Buscava focar sua atenção na filha Ciri, para tentar cortar qualquer tensão que pudesse haver logo de início na conversar. ── O que você descobriu até agora sobre Ciri? Se ela passou por Skellige, talvez ela ainda esteja em alguma das ilhas...
Os olhos do witcher logo chegaram aos do duque, que a todo tempo encaravam a feiticeira, com quem tinha acabado de conversar. E ele parecia bem animado, o que levava Geralt a se questionar sobre o motivo de tamanha alegria. Em seu âmago, esperava que a feiticeira não tivesse aceitado qualquer proposta dele, mas se fosse o caso, respeitaria sua decisão, como sempre e manteria a distância que ela desejasse. Ouviu suas palavras e prontamente seguiu seus passos, em silêncio. Passava pela mesa dos guerreiros que entretia anteriormente com todas as dúvidas que estes possuíam sobre sua profissão e Cerys interrompeu seus passos propondo um desafio.
── Geralt! Eu te desafio a uma corrida contra mim! O que acha? Me disseram que sua resistência e velocidade são sobrehumanos e eu gostaria de verificar isso. E então? Aceita o meu desafio? ──── levou as duas mãos à cintura em uma postura imponente.
── Ahah! Essa eu quero ver! ──── riu Hjalmar com os outros guerreiros, que também não acreditavam na proposta de Cerys em desafiar o witcher a uma prova de resistência só para testar os boatos sobre suas mutações. ──── E como seria esse desafio? ──── perguntou, já sabendo que recusar o desafio seria um afronta aos costumes dos skelligers e um atentado contra sua própria honra, então não tinha opção, se não aceitar o desafio.
── Eu sabia que você não recusaria! Assim que o sol nascer, esteja na entrada da Gruta de Yustianna! ──── olhava de forma desafiadora para Geralt, que já imaginava que a garota ruiva tivesse passado dos limites para fazer uma proposta como aquela assim do nada. Sabia que a gruta era habitada por monstros atualmente e que uma corrida por lá seria perigosa, mas talvez nada que fosse capaz de desafiar suas próprias habilidades.
Assim que conseguiu se livrar do grupo mais uma vez, Geralt apressou os passos para seguir a feiticeira e a alcançou já na saída para os jardins, se sentando ao lado dela em um dos bancos.
──── Pronto... enfim podemos conversar. ──── disse ainda um pouco receoso de que a feiticeira estivesse mais interessada nos privilégios envolvidos em uma relação com Crach an Craite, do que no relacionamento que eles tinham no passado. Buscava focar sua atenção na filha Ciri, para tentar cortar qualquer tensão que pudesse haver logo de início na conversar. ── O que você descobriu até agora sobre Ciri? Se ela passou por Skellige, talvez ela ainda esteja em alguma das ilhas...
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
Yennefer sentou-se no banco, virando para olhar Geralt. Sentia-se um pouco nervosa por estar na presença dele depois de tantos anos longe, mas nada deixou transparecer. Pensar em Ciri a preocupava um pouco, mas ela respirou fundo antes de dizer:
Tenho motivos para acreditar que Ciri talvez tenha sido responsável por um cataclismo perto daqui. É por isso que estou hospedada na fortaleza. - ela indicou o palácio com a cabeça - o problema é que Ermion não me deixa entrar na área afetada. Ele está seguindo ordens do duque, é claro; Cranch insiste em dizer que é muito perigoso para mim. Yennefer revirou os olhos, num gesto de impaciência.
Não tive oportunidade de convencê-lo ainda, com todos os preparamentos para o funeral, ele andou bastante ocupado. Agora que já passou, tenho esperanças que eu consiga o que eu quero. Ou podemos apenas partir para a força, você pode ameaçar Ermion ou algo assim. O problema é que não podemos dizer o porquê estamos indo lá, não podemos falar sobre Ciri.
Então temos que ser cuidadosos. Minhas magias estão limitadas, pois a Wild Hunt conseguiu rastreá-las. Por isso eu o chamei aqui.
- ela olhou para Geralt enquanto dizia isso - preciso de alguém que conheça os... métodos tradicionais de rastreamento. Nesse momento os portões de acesso ao jardim se abriram novamente, e Yennefer saltou do banco num pulo. Não era o duque, no entanto, e sim algumas crianças correndo, duas as quais Yen reconheceu como sendo os filhos do próprio duque. Ela sentou-se no banco novamente e passou algum tempo observando aquelas crianças, que sorriam e brincavam felizes, nem parecendo que há pouco tempo estavam num funeral. Yennefer sorriu involuntariamente, lembrando-se da época em que Ciri ainda era uma criança em Kaer Morhen. Seus olhos encheram-se de algumas lágrimas teimosas, que ela logo tratou de enxugar com as costas da mão. Não estava acostumada a sentir-se tão sentimental e frágil, mas toda aquela preocupação em relação à sua filha a atormentavam tanto nos últimos dias. Yen levou a sua mão livre em direção à mão de Geralt, e apertou-a. A feiticeira encarou o bruxo nos olhos, e com um sorriso nos lábios, falou:
Vamos encontrá-la, não é?
Ela se sentiu mais aliava ao ouvir a voz confiante de Geralt. Esse era um dos motivos pelos quais ela precisava do bruxo naquele momento. Eles passaram mais algum tempo sentados no banco, observando as crianças. Depois de alguns minutos os portões se abriram uma outra vez e dessa vez uma criada apareceu, indo em direção ao jardim e chamando as crianças. O duque iria fazer um discurso em homenagem ao rei, e ele comandava que todos estivessem presentes. A criada olhou de relance para o banco onde Geralt e Yen sentavam-se e uma expressão de horror passou em seu rosto.Yen reconheceu-a como sendo uma das criadas que a ajudara no banho mais cedo naquele dia. Yennefer levantou-se do banco, fazendo menção para que Geralt fizesse o mesmo.
Temos que ir, Cranch irá notar a minha ausência.
A feiticeira saiu em direção ao portão, entrando novamente no salão barulhento e tumultuado de gente, onde agora todos procuravam um lugar para sentarem, a fim de verem o discurso do duque. Yennefer procurou um lugar mais afastado do salão, porém o duque, que encontrava-se em pé em frente à todos, logo a avistou, dizendo:
Yen! Venha para cá.
Yennefer, a contragosto, se deslocou em direção à Cranch, ficando ao lado de suas duas esposas, que olhavam para a feiticeira numa expressão mista de medo e raiva.
Tenho motivos para acreditar que Ciri talvez tenha sido responsável por um cataclismo perto daqui. É por isso que estou hospedada na fortaleza. - ela indicou o palácio com a cabeça - o problema é que Ermion não me deixa entrar na área afetada. Ele está seguindo ordens do duque, é claro; Cranch insiste em dizer que é muito perigoso para mim. Yennefer revirou os olhos, num gesto de impaciência.
Não tive oportunidade de convencê-lo ainda, com todos os preparamentos para o funeral, ele andou bastante ocupado. Agora que já passou, tenho esperanças que eu consiga o que eu quero. Ou podemos apenas partir para a força, você pode ameaçar Ermion ou algo assim. O problema é que não podemos dizer o porquê estamos indo lá, não podemos falar sobre Ciri.
Então temos que ser cuidadosos. Minhas magias estão limitadas, pois a Wild Hunt conseguiu rastreá-las. Por isso eu o chamei aqui.
- ela olhou para Geralt enquanto dizia isso - preciso de alguém que conheça os... métodos tradicionais de rastreamento. Nesse momento os portões de acesso ao jardim se abriram novamente, e Yennefer saltou do banco num pulo. Não era o duque, no entanto, e sim algumas crianças correndo, duas as quais Yen reconheceu como sendo os filhos do próprio duque. Ela sentou-se no banco novamente e passou algum tempo observando aquelas crianças, que sorriam e brincavam felizes, nem parecendo que há pouco tempo estavam num funeral. Yennefer sorriu involuntariamente, lembrando-se da época em que Ciri ainda era uma criança em Kaer Morhen. Seus olhos encheram-se de algumas lágrimas teimosas, que ela logo tratou de enxugar com as costas da mão. Não estava acostumada a sentir-se tão sentimental e frágil, mas toda aquela preocupação em relação à sua filha a atormentavam tanto nos últimos dias. Yen levou a sua mão livre em direção à mão de Geralt, e apertou-a. A feiticeira encarou o bruxo nos olhos, e com um sorriso nos lábios, falou:
Vamos encontrá-la, não é?
Ela se sentiu mais aliava ao ouvir a voz confiante de Geralt. Esse era um dos motivos pelos quais ela precisava do bruxo naquele momento. Eles passaram mais algum tempo sentados no banco, observando as crianças. Depois de alguns minutos os portões se abriram uma outra vez e dessa vez uma criada apareceu, indo em direção ao jardim e chamando as crianças. O duque iria fazer um discurso em homenagem ao rei, e ele comandava que todos estivessem presentes. A criada olhou de relance para o banco onde Geralt e Yen sentavam-se e uma expressão de horror passou em seu rosto.Yen reconheceu-a como sendo uma das criadas que a ajudara no banho mais cedo naquele dia. Yennefer levantou-se do banco, fazendo menção para que Geralt fizesse o mesmo.
Temos que ir, Cranch irá notar a minha ausência.
A feiticeira saiu em direção ao portão, entrando novamente no salão barulhento e tumultuado de gente, onde agora todos procuravam um lugar para sentarem, a fim de verem o discurso do duque. Yennefer procurou um lugar mais afastado do salão, porém o duque, que encontrava-se em pé em frente à todos, logo a avistou, dizendo:
Yen! Venha para cá.
Yennefer, a contragosto, se deslocou em direção à Cranch, ficando ao lado de suas duas esposas, que olhavam para a feiticeira numa expressão mista de medo e raiva.
Yennefer of Vengerberg- Veteranos
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
Querendo ou não, Ciri era filha de ambos, então era evidente que tivessem que tratar do assunto e dividir informações, mas aquela neutralidade incomodava Geralt, que começava a se sentir mais como um estranho para a feiticeira sendo que já dividiram tantas experiências e sentimentos juntos. Não era a primeira vez que era tratado dessa forma, então se perguntava o motivo de tal desconforto nessa vez específica. Talvez fosse o ciúme e as dúvidas acerca dos objetivos de Yennefer, que não os compartilhava, deixando-o sempre à parte de seus sentimentos e planos. Estava certo de que o foco seria encontrar Ciri, mas os meios que ela utilizaria para isso ainda permaneciam obscuros. Ouviu suas palavras e não estranhou a intervenção de Crach an Craite e Ermion, afinal a feiticeira já era bem conhecida por mexer onde e com o que não deve. Então com um tom de voz sarcástico, se aproximou de novo e disse:
── Ele pode ter razão, você parece ser sempre atraída pelo perigo. Ahah. ── mergulhou no lilás de seus olhos para buscar qualquer resquício do sentimento que outrora nutriam um pelo outro, mas logo foi interrompido pelas crianças que chegavam correndo pelo jardim. Eram os filhos mais novos do Duque. Hoje na mesma idade de quando Geralt se ligou mais à pequena Cirilla, a Leoazinha de Cintra, sua Criança do Destino e... sua única filha... Ao contrário de Yennefer que sempre sonhou com o papel de mãe, Geralt nunca desejou a paternidade, ela simplesmente aconteceu. Sempre soube seu papel como witcher e nunca questionou a ordem natural das coisas. Mas foi de forma tão natural quanto espontânea a ligação que surgiu entre os dois e apesar de achar que nunca levou jeito para isso, gostava do que tinha mais próximo de ser uma família nos padrões dos cidadãos comuns. E esse vislumbre de uma vida simples, começou a nublado seus pensamentos de tal forma que muitas vezes ele se pegava cogitando essa possibilidade. Cogitando o impossível. Seu anfitrião e o druida sabiam da relação de ambos com a criança, então Geralt não esperava ter que usar a força para convencer ninguém, especialmente por saber que Crach e Ermion também conheciam a própria Ciri e ele chegava a pensar que talvez até ajudassem de bom grado caso soubessem da verdade, mas o faria se necessário. Na dúvida, decidiu perguntar primeiro.
── Bom... Normalmente eu prefiro seguir o caminho da razão, mas não hesitarei em seguir pelo caminho da espada se julgar necessário... Mas por que não podemos falar a verdade? ── sempre adepto do uso da verdade, talvez inocente demais para supor qualquer tipo de empecilho nisso, acreditava que se mentir fosse uma necessidade haveria um motivo para isso e ele gostaria realmente de saber qual. Como forma de estar um pouco mais informado das intenções de Yennefer. No entanto, até perdeu o foco ao sentir a mão de Yennefer sobre a dele, surpreso com essa reação. Então quando seus olhos encontraram os dela novamente, tentou lhe passar segurança.
── Nós a encontraremos, Yen... Ciri voltará para nós.
Em seguida ficou em silêncio, apenas observando aquelas crianças correrem, pensando sobre tudo que ainda precisava fazer, mas naquele momento com o coração mais leve, mais tranquilo, imaginando como sua garotinha estaria agora, após todos esses anos.
Quando a porta se abriu de novo, avistou o Duque lá dentro do salão e mais uma vez percebia uma reação de desconforto em Yennefer. Dessa vez com a criada do Duque saindo para os jardins em busca dos filhos dele. Percebeu então que talvez tivesse mesmo algo acontecendo entre eles, mesmo que só para atingir seus objetivos, mas algo estava acontecendo ou Yennefer não ficaria sempre tão preocupada em ser vista em sua companhia. Quando ela disse que deveriam voltar e seguiram de volta para o salão, Geralt a acompanhou em silêncio, dessa vez um pouco decepcionado. Observou enquanto a feiticeira atendeu ao pedido do duque para que o acompanhasse em seu discurso e procurou um canto no salão, onde pudesse beber. Todos se levantaram para ouvir an Craite, mas Geralt preferiu se sentar, levando à mão uma caneca de hidromel, que esvaziava em um gole. Permaneceu sozinho, apoiando os dois cotovelos sobre a mesa esperando ansioso que aquilo acabasse. Já não gostava desse tipo de convenção social, naquelas circunstâncias então... Ver Yennefer posicionada como uma das esposas de Crach an Craite era uma visão bastante perturbadora, mas o que ele, mero witcher poderia fazer contra isso? Infelizmente nada. Não dessa vez. Ficaria bebendo durante todo o discurso, a menos que algum acontecimento fosse relevante o bastante para tirá-lo de sua inércia.
── Ele pode ter razão, você parece ser sempre atraída pelo perigo. Ahah. ── mergulhou no lilás de seus olhos para buscar qualquer resquício do sentimento que outrora nutriam um pelo outro, mas logo foi interrompido pelas crianças que chegavam correndo pelo jardim. Eram os filhos mais novos do Duque. Hoje na mesma idade de quando Geralt se ligou mais à pequena Cirilla, a Leoazinha de Cintra, sua Criança do Destino e... sua única filha... Ao contrário de Yennefer que sempre sonhou com o papel de mãe, Geralt nunca desejou a paternidade, ela simplesmente aconteceu. Sempre soube seu papel como witcher e nunca questionou a ordem natural das coisas. Mas foi de forma tão natural quanto espontânea a ligação que surgiu entre os dois e apesar de achar que nunca levou jeito para isso, gostava do que tinha mais próximo de ser uma família nos padrões dos cidadãos comuns. E esse vislumbre de uma vida simples, começou a nublado seus pensamentos de tal forma que muitas vezes ele se pegava cogitando essa possibilidade. Cogitando o impossível. Seu anfitrião e o druida sabiam da relação de ambos com a criança, então Geralt não esperava ter que usar a força para convencer ninguém, especialmente por saber que Crach e Ermion também conheciam a própria Ciri e ele chegava a pensar que talvez até ajudassem de bom grado caso soubessem da verdade, mas o faria se necessário. Na dúvida, decidiu perguntar primeiro.
── Bom... Normalmente eu prefiro seguir o caminho da razão, mas não hesitarei em seguir pelo caminho da espada se julgar necessário... Mas por que não podemos falar a verdade? ── sempre adepto do uso da verdade, talvez inocente demais para supor qualquer tipo de empecilho nisso, acreditava que se mentir fosse uma necessidade haveria um motivo para isso e ele gostaria realmente de saber qual. Como forma de estar um pouco mais informado das intenções de Yennefer. No entanto, até perdeu o foco ao sentir a mão de Yennefer sobre a dele, surpreso com essa reação. Então quando seus olhos encontraram os dela novamente, tentou lhe passar segurança.
── Nós a encontraremos, Yen... Ciri voltará para nós.
Em seguida ficou em silêncio, apenas observando aquelas crianças correrem, pensando sobre tudo que ainda precisava fazer, mas naquele momento com o coração mais leve, mais tranquilo, imaginando como sua garotinha estaria agora, após todos esses anos.
Quando a porta se abriu de novo, avistou o Duque lá dentro do salão e mais uma vez percebia uma reação de desconforto em Yennefer. Dessa vez com a criada do Duque saindo para os jardins em busca dos filhos dele. Percebeu então que talvez tivesse mesmo algo acontecendo entre eles, mesmo que só para atingir seus objetivos, mas algo estava acontecendo ou Yennefer não ficaria sempre tão preocupada em ser vista em sua companhia. Quando ela disse que deveriam voltar e seguiram de volta para o salão, Geralt a acompanhou em silêncio, dessa vez um pouco decepcionado. Observou enquanto a feiticeira atendeu ao pedido do duque para que o acompanhasse em seu discurso e procurou um canto no salão, onde pudesse beber. Todos se levantaram para ouvir an Craite, mas Geralt preferiu se sentar, levando à mão uma caneca de hidromel, que esvaziava em um gole. Permaneceu sozinho, apoiando os dois cotovelos sobre a mesa esperando ansioso que aquilo acabasse. Já não gostava desse tipo de convenção social, naquelas circunstâncias então... Ver Yennefer posicionada como uma das esposas de Crach an Craite era uma visão bastante perturbadora, mas o que ele, mero witcher poderia fazer contra isso? Infelizmente nada. Não dessa vez. Ficaria bebendo durante todo o discurso, a menos que algum acontecimento fosse relevante o bastante para tirá-lo de sua inércia.
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
Yennefer se posicionava ao lado das duas esposas de Cranch, enquanto o mesmo sorria satisfeito ao público que lhes observavam. O duque já tinha as bochechas rosadas, provavelmente devido às inúmeras taças de vinho que já havia consumido; no entanto ele ainda segurava sua taça cheia, fazendo menção que as pessoas do salão fizessem o mesmo. Yennefer segurou sua taça à contragosto, sentindo-se extremamente desconfortável em estar ali, ciente que todos os olhos do salão a observavam. Todos, menos Geralt, a quem Yennefer via sentado num extremo do salão, encarando o próprio copo. Cranch pigarreou alto, fazendo os resquícios de conversa sumirem. Após ter instaurado o silêncio, o duque falou, animado:
Gostaria de agradecer a presença de todos, tenho certeza que meu tio ficaria muito emocionado... -
Cranch fez uma expressão triste, que logo menos se transformou em outro sorriso - Um brinde aos meus convidados especiais! Aos meus lordes que vieram de tão longe - Cranch erguia a taça em direção à um grupo de homens animados, sentados à sua esquerda - à minha querida Yennefer, por quem tenho enorme apreço... - Cranch riu animado, virando-se para olhar para a feiticeira, que acenou com a cabeça à contragosto - E até às visitas surpresas! Lobo Branco!Cranch abriu um largo sorriso, erguendo a taça em direção à Geralt. E o principal! Ao nosso rei... que o povo de Skellige o mantenha sempre vivo em seus corações. Que ele reine eternamente nas terras distantes. Um brinde! - Cranch virou a sua taça em apenas um grande gole, demorando alguns segundos a mais no processo. Yennefer tomou o seu gole, pousando a taça na mesa atrás de si. Ela acenou com a cabeça para as esposas de Cranch e logo se retirou, antes que o mesmo pudesse arrumar alguma desculpa para conversar com ela. Cranch voltava a encher a sua taça de vinho, conversando com alguns homens que haviam se aproximado dele, rindo e batendo nas costas dos mesmos. As pessoas continuavam a se deliciar com o banquete, que logo foi sendo substituído por mais bebida e conversa. Alguns músicos entravam no salão, posicionando-se em um canto. Um flautista e uma harpista começaram a tocar, enquanto o vocalista cantava alegremente uma canção sobre um Bardo que havia dormido com a esposa do rei. Ele tocava uma alaúde ao mesmo tempo e parecia um pouco perdido nas notas, mas no fim, não era uma música ruim. Alguns homens levantavam-se das mesas e logo convidavam suas parceiras para dançar. Cranch sentava em sua cadeira, muito bêbado para fazer alguma coisa. Ele fez um aceno displicente às suas esposas, quando as mesmas o questionaram sobre com quem ele dançaria primeiro. Ele chamou um criado que passava por perto, dizendo: Mande algum de meus homens fazerem companhia às minhas esposas. O que eu menos quero é alguém me importunando essa noite. - ele tomava outro gole de vinho, enquanto completava - O lobo branco parece triste, mande alguma de minhas criadas o fazer companhia. Cranch ria para si mesmo, bebendo mais um gole. O garoto abaixou a voz, dizendo assustado: Meu senhor... a feiticeira Yennefer deu ordens para que ninguém chegasse perto do Lobo Branco....
Cranch o olhava enquanto bebia o seu vinho, fazendo o mesmo aceno displicente para dispensá-lo. Começou a pensar que talvez Yen não teria sido completamente honesta com ele. Não seria a primeira vez, no entanto. Yen já era conhecida por isso.
A feiticeira deslocava-se pelo salão, indo de encontro à Geralt. O encontrou na mesma mesa de antes, conversando com os filhos do duque. A sua filha mais nova, uma garota ruiva, olhou animada de Geralt para Yennefer quando ela se aproximou. Yen abaixou a sua voz, dizendo: Vamos dançar. Preciso lhe dizer algo. Ela estendeu a mão para Geralt, e quando o mesmo consentiu, o levou em direção ao salão onde os outros casais também dançavam.
Yennefer levou uma das suas mãos ao ombro de Geralt e com a outra segurava a mão do Bruxo. Geralt colocava sua mão na cintura de Yen, o que a deixou um pouco nervosa. Ela manteve sua expressão séria, e quando questionada pelo Witcher se deveriam estar fazendo aquilo na frente de todos, ela disse:
Não há mal em uma única dança. Todos aqui sabem que somos amigos de longa data.
Yennefer deixava Geralt liderar a dança, enquanto eles moviam-se no ritmo da música, atraindo alguns olhares. Algumas pessoas cochichavam coisas que Yen não conseguia ouvir. Ela tentou ignorar todos à sua volta, e disse, numa voz baixa:
Acho que você está certo. Vamos falar a verdade. Afinal, precisaremos de aliados e Cranch será valioso. Vocês são amigos de longa data, e embora ele tenha outras intenções comigo, creio que irá nos ajudar.
Yennefer sentia-se mais aliviada ao confessar isso à Geralt, que manteve uma expressão diferente em seu rosto ao ouvir a parte de outras intenções. Ela não saberia dizer o que o bruxo estava sentindo, mas sabia que não conseguiria ir além com aquela farsa. Embora mentir fosse um ato bastante confortável para Yen, a presença de Geralt ali, após tantos anos, a fazia querer agir diferente.
Gostaria de agradecer a presença de todos, tenho certeza que meu tio ficaria muito emocionado... -
Cranch fez uma expressão triste, que logo menos se transformou em outro sorriso - Um brinde aos meus convidados especiais! Aos meus lordes que vieram de tão longe - Cranch erguia a taça em direção à um grupo de homens animados, sentados à sua esquerda - à minha querida Yennefer, por quem tenho enorme apreço... - Cranch riu animado, virando-se para olhar para a feiticeira, que acenou com a cabeça à contragosto - E até às visitas surpresas! Lobo Branco!Cranch abriu um largo sorriso, erguendo a taça em direção à Geralt. E o principal! Ao nosso rei... que o povo de Skellige o mantenha sempre vivo em seus corações. Que ele reine eternamente nas terras distantes. Um brinde! - Cranch virou a sua taça em apenas um grande gole, demorando alguns segundos a mais no processo. Yennefer tomou o seu gole, pousando a taça na mesa atrás de si. Ela acenou com a cabeça para as esposas de Cranch e logo se retirou, antes que o mesmo pudesse arrumar alguma desculpa para conversar com ela. Cranch voltava a encher a sua taça de vinho, conversando com alguns homens que haviam se aproximado dele, rindo e batendo nas costas dos mesmos. As pessoas continuavam a se deliciar com o banquete, que logo foi sendo substituído por mais bebida e conversa. Alguns músicos entravam no salão, posicionando-se em um canto. Um flautista e uma harpista começaram a tocar, enquanto o vocalista cantava alegremente uma canção sobre um Bardo que havia dormido com a esposa do rei. Ele tocava uma alaúde ao mesmo tempo e parecia um pouco perdido nas notas, mas no fim, não era uma música ruim. Alguns homens levantavam-se das mesas e logo convidavam suas parceiras para dançar. Cranch sentava em sua cadeira, muito bêbado para fazer alguma coisa. Ele fez um aceno displicente às suas esposas, quando as mesmas o questionaram sobre com quem ele dançaria primeiro. Ele chamou um criado que passava por perto, dizendo: Mande algum de meus homens fazerem companhia às minhas esposas. O que eu menos quero é alguém me importunando essa noite. - ele tomava outro gole de vinho, enquanto completava - O lobo branco parece triste, mande alguma de minhas criadas o fazer companhia. Cranch ria para si mesmo, bebendo mais um gole. O garoto abaixou a voz, dizendo assustado: Meu senhor... a feiticeira Yennefer deu ordens para que ninguém chegasse perto do Lobo Branco....
Cranch o olhava enquanto bebia o seu vinho, fazendo o mesmo aceno displicente para dispensá-lo. Começou a pensar que talvez Yen não teria sido completamente honesta com ele. Não seria a primeira vez, no entanto. Yen já era conhecida por isso.
A feiticeira deslocava-se pelo salão, indo de encontro à Geralt. O encontrou na mesma mesa de antes, conversando com os filhos do duque. A sua filha mais nova, uma garota ruiva, olhou animada de Geralt para Yennefer quando ela se aproximou. Yen abaixou a sua voz, dizendo: Vamos dançar. Preciso lhe dizer algo. Ela estendeu a mão para Geralt, e quando o mesmo consentiu, o levou em direção ao salão onde os outros casais também dançavam.
Yennefer levou uma das suas mãos ao ombro de Geralt e com a outra segurava a mão do Bruxo. Geralt colocava sua mão na cintura de Yen, o que a deixou um pouco nervosa. Ela manteve sua expressão séria, e quando questionada pelo Witcher se deveriam estar fazendo aquilo na frente de todos, ela disse:
Não há mal em uma única dança. Todos aqui sabem que somos amigos de longa data.
Yennefer deixava Geralt liderar a dança, enquanto eles moviam-se no ritmo da música, atraindo alguns olhares. Algumas pessoas cochichavam coisas que Yen não conseguia ouvir. Ela tentou ignorar todos à sua volta, e disse, numa voz baixa:
Acho que você está certo. Vamos falar a verdade. Afinal, precisaremos de aliados e Cranch será valioso. Vocês são amigos de longa data, e embora ele tenha outras intenções comigo, creio que irá nos ajudar.
Yennefer sentia-se mais aliviada ao confessar isso à Geralt, que manteve uma expressão diferente em seu rosto ao ouvir a parte de outras intenções. Ela não saberia dizer o que o bruxo estava sentindo, mas sabia que não conseguiria ir além com aquela farsa. Embora mentir fosse um ato bastante confortável para Yen, a presença de Geralt ali, após tantos anos, a fazia querer agir diferente.
Yennefer of Vengerberg- Veteranos
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
Mais uma caneca de hidromel era servida por uma das serviçais de Crach an Craite, esta quase transbordando, então ele a dividiu em dois goles, agradecendo à garota com um movimento sutil da cabeça. Seus olhos percorriam parte do salão, mas quando chegavam à Yennefer voltaram-se para a caneca, onde se prendiam observando o movimento do líquido dourado. Quando o discurso começou, Geralt foi pego de surpresa quando mencionado pelo Duque e ergueu a caneca em cumprimento. Mas sua expressão não era das mais animadas, afinal ao olhar novamente naquela direção, foi obrigado a encarar Yennefer mais uma vez ao lado de an Craite.
Quando foi proposto o brinde em honra ao Rei Bran, Geralt ingeriu o restante da bebida, esvaziando a caneca, que mais uma vez era preenchida pela garota que se posicionava ao seu lado. Graças às mutações, Geralt tinha uma resistência sobrehumana com relação à todos os tipos de toxinas, o que incluía o álcool, então não costumava ficar bêbado tão fácil, ao contrário dos irmãos an Craite, que tentavam acompanhar seu ritmo e já tinham as bochechas rosadas e uma perda notória em seu equilíbrio e na pronúncia das palavras, especialmente Hjalmar, que parecia querer competir com um witcher, para saber até onde ele aguentava.
Sentiu novamente aquele aroma de lilás e groselha, dessa vez mais intenso e levantou o olhar. Era mesmo Yennefer. Como de costume, ele se levantou e seguiu seus passos, levando a mais comentário malicioso de Cerys, que sorria abobalhada com a situação. Ele, por sua vez, estava bem desconfortável com aquela situação, então murmurou:
── Yen... eu sou um witcher, eu não danço. ── ainda assim não deixava de acompanhar a feiticeira, afinal se ela tinha algo importante a falar, que fosse longe de ouvidos curiosos, só estranhava a proximidade, a situação, então com seu típico sarcasmo e um sorriso maldoso perguntou ── Isso não vai estragar seu disfarce? ── o sorriso logo se desfez com a resposta e seu semblante voltou à seriedade habitual. Seus movimentos não eram tão fluidos, mas os da maioria ali também não eram, afinal o álcool parecia nortear mais os passos do que a música em si, então começou a se sentir mais à vontade, afinal não estava indo tão mal. Especialmente quando o ritmo animado da canção anterior deu lugar a uma melodia um pouco mais lenta.
Ouviu as palavras da feiticeira e hesitou um pouco, levando o olhar para Crach an Craite, que não pareciam muito felizes com a cena que atraía seus olhos no salão.
── Não sei se "amigos" seria a palavra correta, mas veremos, ele disse que tinha algo a falar comigo, lembra? Talvez tenha algum contrato pra mim, se for esse o caso, posso tentar me aproximar para conseguir alguma informação que possa ser relevante pra nós e... ── naquele momento, percebeu que sua visão estava bem embaçada. Estranhou o efeito, afinal não costumava ficar bêbado tão rápido. E logo a música foi interrompida pelo som perturbador de três ursos gigantes, que urravam, atacando a todos que avistavam em seu caminho, num frenesi incontrolável.
── Yen! Saia daqui! ── exclamou empurrando a feiticeira, para que ela procurasse um lugar seguro e se posicionou na frente dela para receber um dos ursos, que desferia um golpe certeiro com as garras em seu ombro, pois seus reflexos estavam muito lentos. Sua sorte, era que ao contrário dos demais, trajava uma armadura, invés do traje social dos demais. Utilizou o sinal Quen para criar uma camada de proteção mágica sobre sua armadura, garantindo-lhe um pouco mais de segurança e avançou contra o urso. Já sabendo que não podia contar com sua destreza habitual, buscou concentrar sua força em poucos movimentos. O segundo golpe com a garra do urso foi esquivado com um movimento curto para o lado oposto dela e a espada foi cravada em seu pescoço.
Uma vez eliminado o primeiro alvo, foi até o segundo, que mutilava o corpo de um dos convidados, aproveitando o momento que o urso se ergueu para atacá-lo com as duas patas dianteiras para avançar contra ele, chocando seu corpo com a espada empunhada para ganhar mais força em uma estocada no peito do urso, que num último ato de desespero, mordeu o ombro do witcher, quebrando sua barreira de proteção e só então caiu sobre ele. Enquanto Geralt ainda retirava a criatura de cima dele, o terceiro urso, que já havia realizado um verdadeiro massacre, virava-se para Hjalmar e Cerys, que empunhavam suas espadas contra ele. Este, que era o maior deles, já tinha o corpo bastante ferido pelos dois irmãos, mas continuava a lutar, como se estivesse em um verdadeiro transe.
Geralt tentou correr em sua direção, mas nitidamente sem um bom equilíbrio, escorregando no sangue e vísceras dos skelligers mortos e desferia um golpe no flanco lateral do urso, que se voltou contra ele arremessando-o para longe com uma cabeçada, logo aproveitando-se de sua queda para saltar sobre ele com todas as garras e dentes direcionados ao witcher, que ainda no chão e com os reflexos lentos, não conseguiu esquivar a tempo e recebeu a mordida feroz rente ao pescoço e as garras em seu peito, mas levantou a espada, como último recurso, cravando-a no peito do urso, que também caía sobre ele. Utilizou o pouco que lhe restava de força para empurrar a criatura e se levantar, procurando pela feiticeira, para saber se ela estava bem.
Quando foi proposto o brinde em honra ao Rei Bran, Geralt ingeriu o restante da bebida, esvaziando a caneca, que mais uma vez era preenchida pela garota que se posicionava ao seu lado. Graças às mutações, Geralt tinha uma resistência sobrehumana com relação à todos os tipos de toxinas, o que incluía o álcool, então não costumava ficar bêbado tão fácil, ao contrário dos irmãos an Craite, que tentavam acompanhar seu ritmo e já tinham as bochechas rosadas e uma perda notória em seu equilíbrio e na pronúncia das palavras, especialmente Hjalmar, que parecia querer competir com um witcher, para saber até onde ele aguentava.
Sentiu novamente aquele aroma de lilás e groselha, dessa vez mais intenso e levantou o olhar. Era mesmo Yennefer. Como de costume, ele se levantou e seguiu seus passos, levando a mais comentário malicioso de Cerys, que sorria abobalhada com a situação. Ele, por sua vez, estava bem desconfortável com aquela situação, então murmurou:
── Yen... eu sou um witcher, eu não danço. ── ainda assim não deixava de acompanhar a feiticeira, afinal se ela tinha algo importante a falar, que fosse longe de ouvidos curiosos, só estranhava a proximidade, a situação, então com seu típico sarcasmo e um sorriso maldoso perguntou ── Isso não vai estragar seu disfarce? ── o sorriso logo se desfez com a resposta e seu semblante voltou à seriedade habitual. Seus movimentos não eram tão fluidos, mas os da maioria ali também não eram, afinal o álcool parecia nortear mais os passos do que a música em si, então começou a se sentir mais à vontade, afinal não estava indo tão mal. Especialmente quando o ritmo animado da canção anterior deu lugar a uma melodia um pouco mais lenta.
Ouviu as palavras da feiticeira e hesitou um pouco, levando o olhar para Crach an Craite, que não pareciam muito felizes com a cena que atraía seus olhos no salão.
── Não sei se "amigos" seria a palavra correta, mas veremos, ele disse que tinha algo a falar comigo, lembra? Talvez tenha algum contrato pra mim, se for esse o caso, posso tentar me aproximar para conseguir alguma informação que possa ser relevante pra nós e... ── naquele momento, percebeu que sua visão estava bem embaçada. Estranhou o efeito, afinal não costumava ficar bêbado tão rápido. E logo a música foi interrompida pelo som perturbador de três ursos gigantes, que urravam, atacando a todos que avistavam em seu caminho, num frenesi incontrolável.
── Yen! Saia daqui! ── exclamou empurrando a feiticeira, para que ela procurasse um lugar seguro e se posicionou na frente dela para receber um dos ursos, que desferia um golpe certeiro com as garras em seu ombro, pois seus reflexos estavam muito lentos. Sua sorte, era que ao contrário dos demais, trajava uma armadura, invés do traje social dos demais. Utilizou o sinal Quen para criar uma camada de proteção mágica sobre sua armadura, garantindo-lhe um pouco mais de segurança e avançou contra o urso. Já sabendo que não podia contar com sua destreza habitual, buscou concentrar sua força em poucos movimentos. O segundo golpe com a garra do urso foi esquivado com um movimento curto para o lado oposto dela e a espada foi cravada em seu pescoço.
Uma vez eliminado o primeiro alvo, foi até o segundo, que mutilava o corpo de um dos convidados, aproveitando o momento que o urso se ergueu para atacá-lo com as duas patas dianteiras para avançar contra ele, chocando seu corpo com a espada empunhada para ganhar mais força em uma estocada no peito do urso, que num último ato de desespero, mordeu o ombro do witcher, quebrando sua barreira de proteção e só então caiu sobre ele. Enquanto Geralt ainda retirava a criatura de cima dele, o terceiro urso, que já havia realizado um verdadeiro massacre, virava-se para Hjalmar e Cerys, que empunhavam suas espadas contra ele. Este, que era o maior deles, já tinha o corpo bastante ferido pelos dois irmãos, mas continuava a lutar, como se estivesse em um verdadeiro transe.
Geralt tentou correr em sua direção, mas nitidamente sem um bom equilíbrio, escorregando no sangue e vísceras dos skelligers mortos e desferia um golpe no flanco lateral do urso, que se voltou contra ele arremessando-o para longe com uma cabeçada, logo aproveitando-se de sua queda para saltar sobre ele com todas as garras e dentes direcionados ao witcher, que ainda no chão e com os reflexos lentos, não conseguiu esquivar a tempo e recebeu a mordida feroz rente ao pescoço e as garras em seu peito, mas levantou a espada, como último recurso, cravando-a no peito do urso, que também caía sobre ele. Utilizou o pouco que lhe restava de força para empurrar a criatura e se levantar, procurando pela feiticeira, para saber se ela estava bem.
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Yen dançava com Geralt apesar dos protestos do mesmo, que argumentava dizendo que era um Witcher. Yennefer, apesar de ser uma pessoa muito reservada, aprendeu ao longo do tempo que uma boa dança e algumas taças de vinho fariam um homem contar-lhe qualquer coisa. Aquela estratégia lhe era muito útil quando ela precisava extrair informações de alguém, ou simplesmente quando tinha que obter vantagem de alguma relação.
Aquele não era o caso, contudo. Aprendera a gostar daquilo, e como pretendia dizer à Cranch a verdade sobre Geralt e Ciri, achou que não seria problema se eles dançassem uma música juntos. O duque não parecia satisfeito com aquilo, o que não incomodou muito Yen. Ela estava distraída com a conversa quando notou algo errado. Havia algo de estranho no ar, fora de lugar. Antes que ela pudesse perceber o que era, os grandes portões do salão se abriram de súbito e três ursos gigantes invadiram o local. Ela mal havia chamado o nome de Geralt quando o mesmo a empurrou com força para o lado, fazendo a feiticeira cair sobre uma mesa, ao mesmo tempo que ele absorvia o impacto de um ataque. Yennefer arregalou os olhos e seu coração começou a bater mais rápido,em pânico.
Ela levantou-se da mesa, com as duas mãos sangrando devido aos cacos de vidro das taças de vinho onde havia caído. Ela correu para trás da mesa, onde alguns convidados estavam gritando em pânico e tentando se proteger. Yennefer viu algumas crianças chorando, enquanto um urso avançava na direção delas. Ela correu o mais rápido que pôde, murmurando um feitiço e mirando em cheio num urso, fazendo-o tropeçar e cair no chão um pouco atordoado. A feiticeira posicionou-se na frente das crianças e mais algumas pessoas correram para serem protegidos por ela. Geralt já havia matado um urso e corria em direção ao segundo. As mãos dela tremiam, mas estavam apontadas para o segundo urso que brigava com Geralt. Ela ouvia alguém gritando em seu ouvido "Mate ele! Mate ele!" mas ela não conseguia mirar direito e temia acertar O Witcher.
No meio de toda a confusão. Cranch ainda permanecia sentado na sua cadeira, em uma expressão de puro choque. A mão frouxa segurava a taça de vinho e sua boca estava arregalada, balbuciando palavras sem sentido. 4 criados correram depressa em sua direção, finalmente arrastando o duque para longe dali.
Metade dos convidados haviam conseguido fugir pelas portas laterais, restando apenas algumas pessoas que permaneciam atrás de Yennefer e os dois filhos do Duque, que estavam encurralados por um urso. Yen se concentrava em um feitiço, quando Geralt pulou com tudo em cima do bicho, sendo derrubado pelo mesmo e levando uma mordida bem em cima do pescoço. O coração de Yen pulou à sua garganta e ela gritou em choque, enquanto abandonava o seu posto sem pensar duas vezes, correndo em direção à Geralt. Não havia dado muitos passos, no entanto, quando viu o Witcher empurrar o corpo do urso para longe de si; mostrando que estava seriamente machucado, mas no fim, vivo.
Yennefer respirou aliviada e seus olhos violeta encontraram os olhos amarelos de Geralt do outro lado do salão. Ele sorriu ao ver que ela estava a salvo e caminhou devagar em sua direção. Yen correu ao seu encontro, jogando seus braços ao redor do pescoço e o beijando nos lábios. Ela o olhou com uma expressão preocupada, quase maternal, enquanto seu corpo ainda tremia.
Geralt... Geralt... você está bem? Você está machucado... precisamos cuidar de você...- ela jogava um dos braços de Geralt ao redor de seu próprio corpo, tentando ampará-lo. Aquela ferida teria sido mortal a qualquer humano, mas Geralt, graças às suas mutações, havia sobrevivido.
As pessoas iam aos poucos voltando ao salão ao verem que os gritos haviam se cessado. Algumas crianças ainda choravam no colo da mãe, outras mulheres choravam diante dos corpos dos homens que foram mortos, sendo os primeiros atacados pelos ursos. Cranch ia em direção aos portões da fortaleza e falava com os soldados, tentando descobrir o que havia acontecido, ou quem teria atraído aqueles ursos para ali.
Aquele não era o caso, contudo. Aprendera a gostar daquilo, e como pretendia dizer à Cranch a verdade sobre Geralt e Ciri, achou que não seria problema se eles dançassem uma música juntos. O duque não parecia satisfeito com aquilo, o que não incomodou muito Yen. Ela estava distraída com a conversa quando notou algo errado. Havia algo de estranho no ar, fora de lugar. Antes que ela pudesse perceber o que era, os grandes portões do salão se abriram de súbito e três ursos gigantes invadiram o local. Ela mal havia chamado o nome de Geralt quando o mesmo a empurrou com força para o lado, fazendo a feiticeira cair sobre uma mesa, ao mesmo tempo que ele absorvia o impacto de um ataque. Yennefer arregalou os olhos e seu coração começou a bater mais rápido,em pânico.
Ela levantou-se da mesa, com as duas mãos sangrando devido aos cacos de vidro das taças de vinho onde havia caído. Ela correu para trás da mesa, onde alguns convidados estavam gritando em pânico e tentando se proteger. Yennefer viu algumas crianças chorando, enquanto um urso avançava na direção delas. Ela correu o mais rápido que pôde, murmurando um feitiço e mirando em cheio num urso, fazendo-o tropeçar e cair no chão um pouco atordoado. A feiticeira posicionou-se na frente das crianças e mais algumas pessoas correram para serem protegidos por ela. Geralt já havia matado um urso e corria em direção ao segundo. As mãos dela tremiam, mas estavam apontadas para o segundo urso que brigava com Geralt. Ela ouvia alguém gritando em seu ouvido "Mate ele! Mate ele!" mas ela não conseguia mirar direito e temia acertar O Witcher.
No meio de toda a confusão. Cranch ainda permanecia sentado na sua cadeira, em uma expressão de puro choque. A mão frouxa segurava a taça de vinho e sua boca estava arregalada, balbuciando palavras sem sentido. 4 criados correram depressa em sua direção, finalmente arrastando o duque para longe dali.
Metade dos convidados haviam conseguido fugir pelas portas laterais, restando apenas algumas pessoas que permaneciam atrás de Yennefer e os dois filhos do Duque, que estavam encurralados por um urso. Yen se concentrava em um feitiço, quando Geralt pulou com tudo em cima do bicho, sendo derrubado pelo mesmo e levando uma mordida bem em cima do pescoço. O coração de Yen pulou à sua garganta e ela gritou em choque, enquanto abandonava o seu posto sem pensar duas vezes, correndo em direção à Geralt. Não havia dado muitos passos, no entanto, quando viu o Witcher empurrar o corpo do urso para longe de si; mostrando que estava seriamente machucado, mas no fim, vivo.
Yennefer respirou aliviada e seus olhos violeta encontraram os olhos amarelos de Geralt do outro lado do salão. Ele sorriu ao ver que ela estava a salvo e caminhou devagar em sua direção. Yen correu ao seu encontro, jogando seus braços ao redor do pescoço e o beijando nos lábios. Ela o olhou com uma expressão preocupada, quase maternal, enquanto seu corpo ainda tremia.
Geralt... Geralt... você está bem? Você está machucado... precisamos cuidar de você...- ela jogava um dos braços de Geralt ao redor de seu próprio corpo, tentando ampará-lo. Aquela ferida teria sido mortal a qualquer humano, mas Geralt, graças às suas mutações, havia sobrevivido.
As pessoas iam aos poucos voltando ao salão ao verem que os gritos haviam se cessado. Algumas crianças ainda choravam no colo da mãe, outras mulheres choravam diante dos corpos dos homens que foram mortos, sendo os primeiros atacados pelos ursos. Cranch ia em direção aos portões da fortaleza e falava com os soldados, tentando descobrir o que havia acontecido, ou quem teria atraído aqueles ursos para ali.
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
O lobo ferido caminhava pelo salão até a feiticeira com a mão sobre o ferimento mais grave em seu pescoço, que ainda vertia bastante sangue. Precisava de uma dose da poção Samum para ajudar na cicatrização. Ficou surpreso ao receber o beijo de Yennefer em seus lábios, mas nada poderia tê-lo feito se sentir melhor do que aquilo. Era como se seu beijo bastasse para que ele se esquecesse de todas as suas dúvidas. Caminhou com dificuldade apoiado por Yennefer e só então observou o cenário de destruição à sua volta. Várias pessoas estavam mortas, algumas ainda agonizavam e os sobreviventes cobravam do Duque uma postura por ter permitido que isso acontecesse em sua própria fortaleza. Hjalmar enfurecido, exclamava que aqueles ursos eram na verdade Berserkers, uma tribo de guerreiros metamorfos e logo jurou vingar a morte de todos destruindo aquela tribo para lavar a honra de sua família. Já Cerys, bem mais equilibrada que o irmão, achou um absurdo e disse que deveriam investigar primeiro o que aconteceu, afinal aqueles três eram aliados do Clã an Craite, assim como toda a tribo dos Berserkers, mas o rapaz cabeça quente não aceitava os argumentos da irmã. Não demorou até começarem a colocar Geralt no meio da discussão.
── Você, Lobo! Não acha que devemos unir nossas espadas e atacar?! ──── exclamou Hjalmar com uma fúria incandescente em seus olhos.
── Claro que não! Geralt! Você sabe que temos que investigar primeiro! Não podemos sair atacando aquela tribo sem mais nem menos! ──── retrucou Cerys olhando para o witcher aborrecida. Ele, que estava ferido, nem se quisesse não poderia sair naquele mesmo momento para vingar a morte dos demais. Mas acima de tudo, não acreditava que seria sensato restituir um massacre com outro, nem digno, então respondeu:
── Uma vingança às cegas não vai limpar a honra do seu clã, Hjalmar! Vamos investigar o que aconteceu primeiro, se for comprovado que o ataque partiu dos Berserkers, você pode contar com a minha espada, caso contrário não. ── depois daquela batalha estava exausto e precisava de sua poção, então levou a mão ao bolso, ingeriu a bebida, que queimava em sua garganta e fechava os olhos de dor, devido à toxicidade da mesma. Seu organismo ainda lutava para absorver e se livrar do veneno que ele havia ingerido anteriormente, com certeza colocado por alguém que gostaria de tirá-lo do caminho, foi então que se lembrou da garota que o tempo todo enchia sua caneca de hidromel e disse:
── A garota! Do hidromel! Onde ela está? ── percorreu com os olhos todo o ambiente e não viu qualquer sinal da garota. Precisaria usar seus sentidos de witcher para tentar buscar pistas, mas para isso, precisava se recuperar, então aguardava o efeito da poção lhe dar condições melhores para se locomover pelo salão. Hjalmar não parecia nada satisfeito com a postura de Geralt, mas acabou acatando a decisão, por ordem de seu pai, o Duque, que se juntava a eles naquela discussão e alegava que pagaria o witcher assim que ele concluísse seu serviço, pois sabia que ele não trabalharia de graça. No entanto, Geralt não estava interessado em nenhuma recompensa material, planejando então, exigir em troca, a ajuda do Duque e o apoio que Yennefer precisasse para investigar o cataclisma que poderia estar relacionado com o paradeiro de Cirilla.
Mesmo não parecendo satisfeito ao ver Yennefer e Geralt próximos, ele parecia já estar começando a aceitar melhor a situação... ou apenas estivesse aguardando o melhor momento para reaver sua chance com a feiticeira. O veneno que tinha ingerido parecia bem forte,
então a poção demorava um pouco mais para fazer efeito, então ele decidiu começar a procurar por pistas assim mesmo. Estava impaciente, queria investigar o local antes que qualquer evidência fosse prejudicada, então recorreu à feiticeira.
── Yen... meu corpo ainda não se recuperou totalmente, mas precisamos investigar o que aconteceu antes que as evidências desapareçam ou sejam apagadas, você poderia utilizar sua magia para me deixar um pouco mais estável? Assim poderemos acabar logo com isso. ── aproximou o rosto do dela e apoiou as testas, para tentar mostrar que estava bem o bastante para isso e que bastaria uma forcinha para que conseguisse concluir seu trabalho e conseguir a ajuda do Duque.
── Você, Lobo! Não acha que devemos unir nossas espadas e atacar?! ──── exclamou Hjalmar com uma fúria incandescente em seus olhos.
── Claro que não! Geralt! Você sabe que temos que investigar primeiro! Não podemos sair atacando aquela tribo sem mais nem menos! ──── retrucou Cerys olhando para o witcher aborrecida. Ele, que estava ferido, nem se quisesse não poderia sair naquele mesmo momento para vingar a morte dos demais. Mas acima de tudo, não acreditava que seria sensato restituir um massacre com outro, nem digno, então respondeu:
── Uma vingança às cegas não vai limpar a honra do seu clã, Hjalmar! Vamos investigar o que aconteceu primeiro, se for comprovado que o ataque partiu dos Berserkers, você pode contar com a minha espada, caso contrário não. ── depois daquela batalha estava exausto e precisava de sua poção, então levou a mão ao bolso, ingeriu a bebida, que queimava em sua garganta e fechava os olhos de dor, devido à toxicidade da mesma. Seu organismo ainda lutava para absorver e se livrar do veneno que ele havia ingerido anteriormente, com certeza colocado por alguém que gostaria de tirá-lo do caminho, foi então que se lembrou da garota que o tempo todo enchia sua caneca de hidromel e disse:
── A garota! Do hidromel! Onde ela está? ── percorreu com os olhos todo o ambiente e não viu qualquer sinal da garota. Precisaria usar seus sentidos de witcher para tentar buscar pistas, mas para isso, precisava se recuperar, então aguardava o efeito da poção lhe dar condições melhores para se locomover pelo salão. Hjalmar não parecia nada satisfeito com a postura de Geralt, mas acabou acatando a decisão, por ordem de seu pai, o Duque, que se juntava a eles naquela discussão e alegava que pagaria o witcher assim que ele concluísse seu serviço, pois sabia que ele não trabalharia de graça. No entanto, Geralt não estava interessado em nenhuma recompensa material, planejando então, exigir em troca, a ajuda do Duque e o apoio que Yennefer precisasse para investigar o cataclisma que poderia estar relacionado com o paradeiro de Cirilla.
Mesmo não parecendo satisfeito ao ver Yennefer e Geralt próximos, ele parecia já estar começando a aceitar melhor a situação... ou apenas estivesse aguardando o melhor momento para reaver sua chance com a feiticeira. O veneno que tinha ingerido parecia bem forte,
então a poção demorava um pouco mais para fazer efeito, então ele decidiu começar a procurar por pistas assim mesmo. Estava impaciente, queria investigar o local antes que qualquer evidência fosse prejudicada, então recorreu à feiticeira.
── Yen... meu corpo ainda não se recuperou totalmente, mas precisamos investigar o que aconteceu antes que as evidências desapareçam ou sejam apagadas, você poderia utilizar sua magia para me deixar um pouco mais estável? Assim poderemos acabar logo com isso. ── aproximou o rosto do dela e apoiou as testas, para tentar mostrar que estava bem o bastante para isso e que bastaria uma forcinha para que conseguisse concluir seu trabalho e conseguir a ajuda do Duque.
Última edição por Geralt of Rivia em Qua 09 Ago 2017, 14:31, editado 1 vez(es)
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
Yennefer segurava Geralt proximo à seu corpo, enquanto assistia à discussão dos dois irmãos, que logo trataram de incluir Geralt devido à sua experiência vasta. A feiticeira manteve-se em silêncio, concordando com a opinião da irmã mais nova, que dizia que deviam investigar se o ataque realmente veio daquela tribo ou não. Viu o duque aproximar-se do grupo e oferecer o trabalho à Geralt, que prontamente aceitou, virando-se para Yennefer e pedindo o seu apoio. Yen apoiou as suas mãos nos ombros do Witcher, o olhando diretamente nos olhos com uma expressão séria, quase mortal. - Geralt, você não deve ir agora. Você está fraco.- Geralt negava com a cabeça, insistindo que teriam que investigar logo, plano que foi apoiado pelos filhos do duque. Yennefer continuava com uma expressão séria, que apenas transparecia o quanto ela estava preocupada com ele. Ela sabia no fundo que não conseguiria mudar a cabeça teimosa de um Witcher, especialmente aquele, então aceitou o plano a contragosto, decidindo que seria melhor acompanhá-lo para que pudesse o ajudar. Yennefer retirou suas luvas pretas de couro que iam até o cotovelo, colocando-as por cima da mesa, e tocou a pele gelada de Geralt. Ela fechou os olhos por um momento para se concentrar e começou a murmurar alguns feitiços, sentindo um calor emanar de suas mãos e ir em direção ao corpo do Witcher, que sentia o mesmo calor percorrer o seu corpo inteiro. Ela segurou as mãos de Geralt por mais alguns minutos, mantendo aquela ligação entre os dois, a fim de amenizar a dor que ele sentia. Ela abriu os olhos e encontrou os olhos amarelados do bruxo que a fitavam. Ela ainda mantinha a expressão preocupada e não conseguia sorrir direito.- É apenas uma solução temporária. Temos que esperar sua poção fazer efeito. - ela deixou Geralt discutir os planos com os filhos do duque, enquanto o mesmo a puxava pelo cotovelo em outra direção, chamando-a para uma conversa. Yen acompanhou o duque até um lado deserto do salão, onde ele disse:
Yen. Você não deve ir. Deixe que os homens cuidem disso.
Yennefer ergueu uma sobrancelha.
- A sua filha está indo.
- Apenas porque ela é tão teimosa quanto a mãe. E porque sei que meus homens dariam a vida por ela. Você está machucada.
Yennefer olhou para suas próprias mãos, vendo o sangue já seco nelas. Ela tentou limpá-las na barra do vestido.
- Eu estou bem. E ficarei bem. Geralt precisa de mim.
- Você não deve se arriscar por causa dele...
- Geralt me salvou do ataque. Ele quase deu a própria vida tentando salvar o seu povo. Talvez você devesse começar a confiar nele.
Cranch olhou para a feiticeira desconfiado, se perguntando porque ela estaria tão interessada em se arriscar por causa do Witcher, até sua expressão mudar subitamente; ele finalmente parecia ter entendido algo.
- Você o ama.
Yennefer manteve o seu rosto impassível, encarando o duque nos olhos.
- Preciso ir, estão à minha espera.
Yennefer virou-se e andou em direção à Geralt, que agora já estava acompanhado não só dos filhos do Duque mas também de alguns soldados. Ela consentiu com a cabeça, indicando que estava pronta para ir, e saiu pela porta principal do palácio junto com eles.
Yen. Você não deve ir. Deixe que os homens cuidem disso.
Yennefer ergueu uma sobrancelha.
- A sua filha está indo.
- Apenas porque ela é tão teimosa quanto a mãe. E porque sei que meus homens dariam a vida por ela. Você está machucada.
Yennefer olhou para suas próprias mãos, vendo o sangue já seco nelas. Ela tentou limpá-las na barra do vestido.
- Eu estou bem. E ficarei bem. Geralt precisa de mim.
- Você não deve se arriscar por causa dele...
- Geralt me salvou do ataque. Ele quase deu a própria vida tentando salvar o seu povo. Talvez você devesse começar a confiar nele.
Cranch olhou para a feiticeira desconfiado, se perguntando porque ela estaria tão interessada em se arriscar por causa do Witcher, até sua expressão mudar subitamente; ele finalmente parecia ter entendido algo.
- Você o ama.
Yennefer manteve o seu rosto impassível, encarando o duque nos olhos.
- Preciso ir, estão à minha espera.
Yennefer virou-se e andou em direção à Geralt, que agora já estava acompanhado não só dos filhos do Duque mas também de alguns soldados. Ela consentiu com a cabeça, indicando que estava pronta para ir, e saiu pela porta principal do palácio junto com eles.
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
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Geralt sabia que Yennefer poderia ajudar, afinal só sua presença já era capaz de fazê-lo se sentir bem melhor, então apesar de saber o quanto ela estava preocupada, ele permaneceu firme em sua decisão. O quanto antes resolvem esses problemas, mais rápido poderiam sair em busca de Ciri. O ideal seria não perder tanto tempo e ele já conhecia os próprios limites, sabia que aguentaria mais um pouco de ação se fosse necessário. Ou talvez apenas esperava conseguir fazer isso. Seus olhos fitavam os da feiticeira enquanto seu corpo era aquecido pelo feitiço que reparava uma boa parte do dano sofrido, estancando os ferimentos. Só de parar de sangrar, seu prognóstico já era muito melhor e assim sua poção agiria mais rapidamente, permitindo assim que continuasse seu trabalho. Concordou com Yennefer quando ela sugeriu que esperassem a poção fazer efeito e enquanto segurava suas mãos percebeu o sangue que havia nelas e se sentiu culpado por tê-la ferido:
── Droga... me perdoe, Yen... acabei te machucando. ── uniu as mãos e as beijou carinhosamente, até que a viu ser arrastada por Crach an Craite até uma outra parte do salão.
Embora ficasse muito aborrecido com aquele comportamento, decidiu não intervir, pois no momento se sentia mais seguro com relação à feiticeira e recusava-se a acreditar que ela cederia à pressão do Duque, então manteve o foco em sua missão e decidiu planejar os próximos passos com os dois jovens an Craite antes que Hjalmar perdesse a paciência e decidisse sair para atacar os Berserkers. Levantou-se e começou a andar pelo salão com os sentidos witcher ativados em busca de qualquer pista. Tocou a ferida de um dos ursos, sentiu o cheiro do sangue e prosseguiu, observou as marcas de passos que haviam no chão, examinou as bebidas, percebendo que só a dele estava envenenada, o que deixava claro que ele era mesmo um alvo.
── Hm. Então o veneno foi servido somente pra mim... ── continuou caminhando pelo salão e percebeu um aroma peculiar na boca dos ursos, certamente de uma mistura de ervas ── Os Berserkers também ingeriram algo que os levou a atacar, mas não foi o mesmo que me serviram... talvez tenham sido enfeitiçados? Parece... hm. Há uma mistura de ervas com cogumelos... isso pode ter forçado a transformação e fúria deles. ── disse enquanto prosseguia, olhando para Hjalmar, verificando se ele estava prestando atenção à essa informação, afinal a evidência deixava claro que a transformação não ocorreu por vontade própria dos metamorfos.
Chegou até o local onde a garota que o servia costumava ficar e percebeu um aroma que verbena com sândalo, que parecia pertencer a algum perfume, mas não era da moça, ele teria sentido antes, e estava impregnado também em um pedaço de pergaminho, com o nome de algumas ervas. Certamente contendo a receita para a mistura que ela colocou em sua bebida. ── Impressionante a seleção de ervas, realmente escolheram alguma de toxicidade surpreendente. Se não fosse pelas minhas mutações, eu não teria sequer me levantado dali. Estaria morto sem que ninguém percebesse. ── após coletar todas as evidências, decidiu delegar algumas funções para os dois filhos do Duque, que seguiam seus passos curiosos e ansiosos para fazer alguma coisa ── Pois bem... vamos lá... Cerys, você tenta encontrar a garota que me envenenou, ela estava entre os funcionários de Kaer Trolde, então creio que conseguirá identificá-la e ela não será um problema pra você. ── disse confiante na força e no conhecimento da ruiva com relação aos funcionários que talvez pudessem estar envolvidos, depois voltou o olhar para o irmão ── Hjalmar, você pode começar questionando os guardas, não tem como ninguém ter entrado ou saído da fortaleza sem ter passado por qualquer um deles. Avise-os que não devem permitir que ninguém entre ou saia dos portões de Kaer Trolde.
── Certo, Lobo. Mas e quanto à você?! ──── questionou o rapaz impaciente. ── Eu procurarei por mais evidências... Tenho uma suspeita de quem possa ter arquitetado esse plano. Verei se meus instintos estão corretos. Pode ser? ── indagou para saber se todos estavam de acordo com o plano, afinal não estava em posição de dar ordens à ninguém, apenas sugeria o que parecia mais eficiente no momento.
── Vamos ao trabalho então, não temos tempo à perder! ──── exclamou Cerys se afastando para sair do salão e buscar as funcionárias que interrogaria para saber sobre a garota que envenenou Geralt, enquanto Hjalmar seguia para interrogar os soldados, meio à contragosto, preferindo partir direto para a ação, mas aceitava seguir com o plano, talvez não tivesse mesmo opção melhor, já que seu próprio pai já havia concordado que deveriam investigar primeiro.
Yennefer logo também se aproximava, então Geralt seguiu ao lado dela, porém em silêncio, apenas observando qualquer outra pista que estivesse pelo caminho. Suspeitava de Birna, a viúva do Rei Bran, que estava bem estranha durante todo o banquete e desapareceu com o filho pouco antes do massacre começar. Cheirou novamente o pedaço de pergaminho e percebeu a trilha deixada pelo aroma pelo caminho, só então disse.
── Esse cheiro... venha, Yen! Precisamos nos apressar! ── acelerou os passos, apesar da dor que sentia em seu corpo ainda por causa da batalha anteior e chegou até a porta de um quarto que estava trancado. Não hesitou em arrombar a porta com um chute e assim que entrou, percebeu ser o quarto da própria Birna, que gritava apavorada.
── Ahhhh!!!! Saia daqui, seu mutante maldito! O que faz em meus aposentos?! ── ela avançou contra o witcher com vários socos em seu peito para tentar impedí-lo de entrar, mas ele apenas a empurrou para o lado e continuou seguindo o cheiro que logo percebeu ser dela. Naquele instante, os olhos amarelos e fendidos como os de uma serpente, fitaram de forma ameaçadora os da mulher e ele a prensou contra a parede segurando-a pelos ombros, farejando novamente seu pescoço para ter certeza de que era mesmo dela. ── Eu sabia! Então foi você que mandou me envenenarem! ── exclamou com fúria no olhar.
Mas Birna, possuía um recipiente com uma outra substância em sua mão e a jogou contra o rosto do witcher, que parecia arder em brasa. Ele urrou como um animal diante da dor e se afastou levando as duas mãos ao rosto, então a mulher correu para tentar fugir.
── Yen! Não a deixe escapar! ── cambaleou alguns passos para trás tentando recobrar a visão, que naquele momento parecia perdida, na esperança de que Yennefer conseguisse pará-la, para que Birna fosse julgada e condenada por seu crime.
── Droga... me perdoe, Yen... acabei te machucando. ── uniu as mãos e as beijou carinhosamente, até que a viu ser arrastada por Crach an Craite até uma outra parte do salão.
Embora ficasse muito aborrecido com aquele comportamento, decidiu não intervir, pois no momento se sentia mais seguro com relação à feiticeira e recusava-se a acreditar que ela cederia à pressão do Duque, então manteve o foco em sua missão e decidiu planejar os próximos passos com os dois jovens an Craite antes que Hjalmar perdesse a paciência e decidisse sair para atacar os Berserkers. Levantou-se e começou a andar pelo salão com os sentidos witcher ativados em busca de qualquer pista. Tocou a ferida de um dos ursos, sentiu o cheiro do sangue e prosseguiu, observou as marcas de passos que haviam no chão, examinou as bebidas, percebendo que só a dele estava envenenada, o que deixava claro que ele era mesmo um alvo.
── Hm. Então o veneno foi servido somente pra mim... ── continuou caminhando pelo salão e percebeu um aroma peculiar na boca dos ursos, certamente de uma mistura de ervas ── Os Berserkers também ingeriram algo que os levou a atacar, mas não foi o mesmo que me serviram... talvez tenham sido enfeitiçados? Parece... hm. Há uma mistura de ervas com cogumelos... isso pode ter forçado a transformação e fúria deles. ── disse enquanto prosseguia, olhando para Hjalmar, verificando se ele estava prestando atenção à essa informação, afinal a evidência deixava claro que a transformação não ocorreu por vontade própria dos metamorfos.
Chegou até o local onde a garota que o servia costumava ficar e percebeu um aroma que verbena com sândalo, que parecia pertencer a algum perfume, mas não era da moça, ele teria sentido antes, e estava impregnado também em um pedaço de pergaminho, com o nome de algumas ervas. Certamente contendo a receita para a mistura que ela colocou em sua bebida. ── Impressionante a seleção de ervas, realmente escolheram alguma de toxicidade surpreendente. Se não fosse pelas minhas mutações, eu não teria sequer me levantado dali. Estaria morto sem que ninguém percebesse. ── após coletar todas as evidências, decidiu delegar algumas funções para os dois filhos do Duque, que seguiam seus passos curiosos e ansiosos para fazer alguma coisa ── Pois bem... vamos lá... Cerys, você tenta encontrar a garota que me envenenou, ela estava entre os funcionários de Kaer Trolde, então creio que conseguirá identificá-la e ela não será um problema pra você. ── disse confiante na força e no conhecimento da ruiva com relação aos funcionários que talvez pudessem estar envolvidos, depois voltou o olhar para o irmão ── Hjalmar, você pode começar questionando os guardas, não tem como ninguém ter entrado ou saído da fortaleza sem ter passado por qualquer um deles. Avise-os que não devem permitir que ninguém entre ou saia dos portões de Kaer Trolde.
── Certo, Lobo. Mas e quanto à você?! ──── questionou o rapaz impaciente. ── Eu procurarei por mais evidências... Tenho uma suspeita de quem possa ter arquitetado esse plano. Verei se meus instintos estão corretos. Pode ser? ── indagou para saber se todos estavam de acordo com o plano, afinal não estava em posição de dar ordens à ninguém, apenas sugeria o que parecia mais eficiente no momento.
── Vamos ao trabalho então, não temos tempo à perder! ──── exclamou Cerys se afastando para sair do salão e buscar as funcionárias que interrogaria para saber sobre a garota que envenenou Geralt, enquanto Hjalmar seguia para interrogar os soldados, meio à contragosto, preferindo partir direto para a ação, mas aceitava seguir com o plano, talvez não tivesse mesmo opção melhor, já que seu próprio pai já havia concordado que deveriam investigar primeiro.
Yennefer logo também se aproximava, então Geralt seguiu ao lado dela, porém em silêncio, apenas observando qualquer outra pista que estivesse pelo caminho. Suspeitava de Birna, a viúva do Rei Bran, que estava bem estranha durante todo o banquete e desapareceu com o filho pouco antes do massacre começar. Cheirou novamente o pedaço de pergaminho e percebeu a trilha deixada pelo aroma pelo caminho, só então disse.
── Esse cheiro... venha, Yen! Precisamos nos apressar! ── acelerou os passos, apesar da dor que sentia em seu corpo ainda por causa da batalha anteior e chegou até a porta de um quarto que estava trancado. Não hesitou em arrombar a porta com um chute e assim que entrou, percebeu ser o quarto da própria Birna, que gritava apavorada.
── Ahhhh!!!! Saia daqui, seu mutante maldito! O que faz em meus aposentos?! ── ela avançou contra o witcher com vários socos em seu peito para tentar impedí-lo de entrar, mas ele apenas a empurrou para o lado e continuou seguindo o cheiro que logo percebeu ser dela. Naquele instante, os olhos amarelos e fendidos como os de uma serpente, fitaram de forma ameaçadora os da mulher e ele a prensou contra a parede segurando-a pelos ombros, farejando novamente seu pescoço para ter certeza de que era mesmo dela. ── Eu sabia! Então foi você que mandou me envenenarem! ── exclamou com fúria no olhar.
Mas Birna, possuía um recipiente com uma outra substância em sua mão e a jogou contra o rosto do witcher, que parecia arder em brasa. Ele urrou como um animal diante da dor e se afastou levando as duas mãos ao rosto, então a mulher correu para tentar fugir.
── Yen! Não a deixe escapar! ── cambaleou alguns passos para trás tentando recobrar a visão, que naquele momento parecia perdida, na esperança de que Yennefer conseguisse pará-la, para que Birna fosse julgada e condenada por seu crime.
Última edição por Geralt of Rivia em Qua 09 Ago 2017, 14:22, editado 2 vez(es)
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
Yennefer seguiu Geralt pelos corredores do palácio, enquanto o mesmo ativava o seu sensor Witcher para procurar as pistas. Ela acelerou o passo enquanto seguia o Witcher e eles entravam dentro dos aposentos de Birna. Quando a mulher jogou a garrafa no rosto de Geralt, fazendo-o urrar de dor, a feiticeira ergueu suas mãos em direção à mulher, que corria desesperada em direção a porta, tentando escapar. Birna mal havia saído do quarto quando Yen atingiu seus pés com um raio, fazendo-a tropeçar. Birna virou-se para olhar a feiticeira, seus olhos cheios de fúria, mas não piores que os de Yen; seus olhos saíam do seu tom violeta e tomavam um tom vermelho como brasa. A feiticeira ergueu sua mão esquerda e chamas começaram a sair de dentro dela, contudo, quando ela ouviu a voz de Geralt a chamando, as chamas se apagaram. Ao invés disso, Yen simplesmente conjurou um feitiço para imobilizar Birna, que continuava jogada no chão, agora incapaz de mover ou falar. Yen virou-se para olhar para Geralt que vinha cambaleando na direção dos dois, uma das mãos ainda cobrindo metade de seu rosto. A feiticeira afastou gentilmente a mão de Geralt que cobria o seu rosto, e levou a sua própria mão ao rosto do witcher; murmurou outro feitiço, fazendo suas feições voltarem à cor normal e sua dor cessar.
Ouviram alguns passos apressados e Cranch vinha em direção deles, acompanhado de seus filhos, do próprio filho da rainha e de uma criada: a garota do Hidromel. Cerys segurava-a firmemente com suas duas mãos e uma expressão radiante no rosto, como que para provar que ela conseguiu dar conta da tarefa.
Consegui prendê-la quando estava tentando sair da cidade. Ela me disse tudo Geralt, a Rainha a pagou uma generosa quantia de dinheiro para que ela o envenenasse.
Cranch olhou de relance para o filho da rainha, antes de dizer:
E Svanrige aqui me confessou que a rainha o retirou do salão um pouco antes do ataque.
O garoto confirmou com a cabeça, sem direcionar o seu olhar à sua própria mãe. Seus olhos estavam marejados e ele parecia se sentir extremamente culpado. Yennefer estendeu uma mão em direção à Birna, removendo o seu feitiço para que a mesma pudesse falar. A mulher ainda possuía sua expressão de ódio, mas acabou no fim confessando o crime, dizendo que não concordava com o método dos duques de elegerem um novo rei, pois o rei deveria ser o seu filho, seguindo o estilo tradicional monárquico. O garoto ainda evitava olhar para a própria mãe, que por ordens de Cranch, foi levada para fora por dois soldados e seria mantida presa até ser julgada pelos seus crimes, assim como a garota que envenenou Geralt. Cerys ainda sorria satisfeita de seu feito e retirou-se do salão com seu irmão logo depois. Alguns homens ainda estavam retirando os corpos dos Skelliges mortos, enquanto outras pessoas ainda buscavam assistência para seus ferimentos. Cranch olhou para Geralt e para Yennefer.
Lobo Branco, nem sei dizer o quanto tenho de lhe agradecer. Por favor permaneça em Skellige como meu convidado o tempo que lhe conver e se houver algum modo de lhe retribuir, por favor, diga-me.
Ele deu um tapinha no ombro de Geralt, cumprimentando-o, enquanto adicionava:
Amanhã conversaremos sobre o outro trabalho que tenho, se você o aceitar, é claro. Pagarei uma generosa quantia de dinheiro, não esquecerei o que você fez por nós essa noite.
Cranch dessa vez virou para Yennefer, com um sorriso nos lábios.
Obrigado a você também, Yen.
Ela acenou com a cabeça, vendo o duque se retirar. Yennefer virou-se para Geralt.
Como você está se sentindo?
Ela ouviu o Witcher resmungar que estava bem, embora ela soubesse que não era verdade, e sim orgulho do homem em admitir que estava machucado. Ela segurou na mão de Geralt.
Venha. Eu cuidarei de você.
Yennefer conduziu Geralt pelos corredores do palácio, e quanto ela passou por perto de uma criada, cochichou para a garota:
Por favor, leve as roupas e os pertences de Geralt para o meu quarto.
Yen levou Geralt para seus aposentos, fechando a porta atrás de si.
Me sentiria melhor se você dormisse aqui esta noite. Desse jeito posso manter meus olhos em você e garantir que você não vai inventar de lutar com um lobisomem ou algo assim.
Ela riu, e ao ouvir leves batidinhas na porta, recebeu das mãos da criada algumas mudas de roupas novas que Cranch havia fornecido à Geralt. Ao ouvir a criada oferecer ajuda para o banho, Yen sorriu, dizendo:
Acho que consigo fazer isso sozinha. Obrigada.
Ouviram alguns passos apressados e Cranch vinha em direção deles, acompanhado de seus filhos, do próprio filho da rainha e de uma criada: a garota do Hidromel. Cerys segurava-a firmemente com suas duas mãos e uma expressão radiante no rosto, como que para provar que ela conseguiu dar conta da tarefa.
Consegui prendê-la quando estava tentando sair da cidade. Ela me disse tudo Geralt, a Rainha a pagou uma generosa quantia de dinheiro para que ela o envenenasse.
Cranch olhou de relance para o filho da rainha, antes de dizer:
E Svanrige aqui me confessou que a rainha o retirou do salão um pouco antes do ataque.
O garoto confirmou com a cabeça, sem direcionar o seu olhar à sua própria mãe. Seus olhos estavam marejados e ele parecia se sentir extremamente culpado. Yennefer estendeu uma mão em direção à Birna, removendo o seu feitiço para que a mesma pudesse falar. A mulher ainda possuía sua expressão de ódio, mas acabou no fim confessando o crime, dizendo que não concordava com o método dos duques de elegerem um novo rei, pois o rei deveria ser o seu filho, seguindo o estilo tradicional monárquico. O garoto ainda evitava olhar para a própria mãe, que por ordens de Cranch, foi levada para fora por dois soldados e seria mantida presa até ser julgada pelos seus crimes, assim como a garota que envenenou Geralt. Cerys ainda sorria satisfeita de seu feito e retirou-se do salão com seu irmão logo depois. Alguns homens ainda estavam retirando os corpos dos Skelliges mortos, enquanto outras pessoas ainda buscavam assistência para seus ferimentos. Cranch olhou para Geralt e para Yennefer.
Lobo Branco, nem sei dizer o quanto tenho de lhe agradecer. Por favor permaneça em Skellige como meu convidado o tempo que lhe conver e se houver algum modo de lhe retribuir, por favor, diga-me.
Ele deu um tapinha no ombro de Geralt, cumprimentando-o, enquanto adicionava:
Amanhã conversaremos sobre o outro trabalho que tenho, se você o aceitar, é claro. Pagarei uma generosa quantia de dinheiro, não esquecerei o que você fez por nós essa noite.
Cranch dessa vez virou para Yennefer, com um sorriso nos lábios.
Obrigado a você também, Yen.
Ela acenou com a cabeça, vendo o duque se retirar. Yennefer virou-se para Geralt.
Como você está se sentindo?
Ela ouviu o Witcher resmungar que estava bem, embora ela soubesse que não era verdade, e sim orgulho do homem em admitir que estava machucado. Ela segurou na mão de Geralt.
Venha. Eu cuidarei de você.
Yennefer conduziu Geralt pelos corredores do palácio, e quanto ela passou por perto de uma criada, cochichou para a garota:
Por favor, leve as roupas e os pertences de Geralt para o meu quarto.
Yen levou Geralt para seus aposentos, fechando a porta atrás de si.
Me sentiria melhor se você dormisse aqui esta noite. Desse jeito posso manter meus olhos em você e garantir que você não vai inventar de lutar com um lobisomem ou algo assim.
Ela riu, e ao ouvir leves batidinhas na porta, recebeu das mãos da criada algumas mudas de roupas novas que Cranch havia fornecido à Geralt. Ao ouvir a criada oferecer ajuda para o banho, Yen sorriu, dizendo:
Acho que consigo fazer isso sozinha. Obrigada.
Yennefer of Vengerberg- Veteranos
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
Com os sentidos ainda atordoados pela poção e adicionado à intensa dor causada pela queimadura em seu rosto, Geralt cambaleou alguns passos e olhou para Yennefer, contando com seus poderes mágicos para ajudá-lo novamente. Caso não conseguisse, tentaria correr atrás dela mesmo assim, mas conhecia a feiticeira e a fúria em seu olhar, uma fúria que Birna logo se arrependeria de ter conhecido. No entanto, conhecendo bem a feiticeira, Geralt a interrompeu, para evitar que ela eliminasse Birna, afinal ela ainda ocupava um cargo na nobreza de Skellige e deveria ser julgada como tal. Certamente os an Craite não deixariam sua traição sair impune.
── Yen! Não! Ela tem que ser julgada! ── exclamou para que Yennefer voltasse a si e ela apenas imobilizou a mulher, o que deixou o witcher aliviado, afinal ainda precisavam apresentar as evidências ao Duque para que ele as utilize em julgamento e tome a melhor decisão possível naquele caso. Logo sentiu a mão delicada da feiticeira sobre o rosto e isso aliviou sua dor e os efeitos da toxina que ela havia jogado contra ele. ── Obrigado, Yen... ── quando aproximou o rosto do dela para beijá-la, notou a aproximação dos an Craite e se afastou um pouco, ainda um pouco receoso sobre sua proximidade ser ou não bem vinda. Olhou para a garota ruiva, orgulhoso de seu progresso e estendeu-lhe a mão, cumprimentando-a, como boa guerreira que era. Fez o mesmo com Hjalmar, afinal se os homens dele não tivessem fechado a cidade, certamente a garota teria conseguido fugir. ── Vocês fizeram um ótimo trabalho!
Em seguida ouviu as palavras de Crach sobre o rapaz que apesar de não estar diretamente envolvido no crime, se sentia culpado e nitidamente envergonhado pela atitude de sua mãe, parecendo ser honrado, assim como o pai. Olhou para a garota com um sorriso satisfeito nos lábios, não só pelo cumprimento de seu contrato, mas principalmente pelo trabalho de equipe desenvolvido. Witchers costumavam caçar sozinhos, mas algumas vezes era bom poder contar com alguma companhia.
De fato Birna não estava aceitando o fato de perder o poder que tinha ao lado de seu marido e planejava eliminar a concorrência para que seu filho passasse a governar Skellige. Quando o próprio an Craite também reconheceu seu trabalho, o cumprimentou da mesma forma, com um saudoso aperto de mão. Geralt então conseguiu o que queria, uma retribuição que tratariam na manhã seguinte, quando fossem conversar sobre outro trabalho para o caçador. Uma oportunidade perfeita para conversarem sobre o verdadeiro objetivo de ambos em Skellige e continuar a busca por Ciri. Assim a noite parecia terminar bem, com tudo se encaminhando de uma forma positiva. Como a cúpula administrativa das Ilhas Skellige estaria reunida para julgar Birna, Geralt teria toda a noite livre, para se recuperar de vez de seus ferimentos, afinal ainda era em parte humano.
── Eu estou bem, Yen... não se preocupe. Mas e quanto a você? ── perguntava enquanto caminhavam pelos corredores até o quarto dela, onde ficaram mais uma vez sozinhos ── Hum... até que não seria má ideia procurar um contrato por aqui, afinal assim teria algo para fazer enquanto você investiga o fenômeno mágico que pode nos levar à Ciri. ── riu com um leve tom de sarcasmo, só para não perder o hábito e logo ouvia as batidas na porta e a criada trazendo as roupas e perguntando sobre o banho, rindo com a resposta de Yen, dessa vez com um sorriso malicioso nos lábios ── Tem certeza que consegue fazer isso sozinha? Você sabe como posso te ocupar a noite toda... ── mantendo o sorriso e o ar de brincadeira, aproximou o rosto novamente, de modo que seus lábios quase se tocassem e sussurrou ── Você fica linda mesmo quando está furiosa...
── Yen! Não! Ela tem que ser julgada! ── exclamou para que Yennefer voltasse a si e ela apenas imobilizou a mulher, o que deixou o witcher aliviado, afinal ainda precisavam apresentar as evidências ao Duque para que ele as utilize em julgamento e tome a melhor decisão possível naquele caso. Logo sentiu a mão delicada da feiticeira sobre o rosto e isso aliviou sua dor e os efeitos da toxina que ela havia jogado contra ele. ── Obrigado, Yen... ── quando aproximou o rosto do dela para beijá-la, notou a aproximação dos an Craite e se afastou um pouco, ainda um pouco receoso sobre sua proximidade ser ou não bem vinda. Olhou para a garota ruiva, orgulhoso de seu progresso e estendeu-lhe a mão, cumprimentando-a, como boa guerreira que era. Fez o mesmo com Hjalmar, afinal se os homens dele não tivessem fechado a cidade, certamente a garota teria conseguido fugir. ── Vocês fizeram um ótimo trabalho!
Em seguida ouviu as palavras de Crach sobre o rapaz que apesar de não estar diretamente envolvido no crime, se sentia culpado e nitidamente envergonhado pela atitude de sua mãe, parecendo ser honrado, assim como o pai. Olhou para a garota com um sorriso satisfeito nos lábios, não só pelo cumprimento de seu contrato, mas principalmente pelo trabalho de equipe desenvolvido. Witchers costumavam caçar sozinhos, mas algumas vezes era bom poder contar com alguma companhia.
De fato Birna não estava aceitando o fato de perder o poder que tinha ao lado de seu marido e planejava eliminar a concorrência para que seu filho passasse a governar Skellige. Quando o próprio an Craite também reconheceu seu trabalho, o cumprimentou da mesma forma, com um saudoso aperto de mão. Geralt então conseguiu o que queria, uma retribuição que tratariam na manhã seguinte, quando fossem conversar sobre outro trabalho para o caçador. Uma oportunidade perfeita para conversarem sobre o verdadeiro objetivo de ambos em Skellige e continuar a busca por Ciri. Assim a noite parecia terminar bem, com tudo se encaminhando de uma forma positiva. Como a cúpula administrativa das Ilhas Skellige estaria reunida para julgar Birna, Geralt teria toda a noite livre, para se recuperar de vez de seus ferimentos, afinal ainda era em parte humano.
── Eu estou bem, Yen... não se preocupe. Mas e quanto a você? ── perguntava enquanto caminhavam pelos corredores até o quarto dela, onde ficaram mais uma vez sozinhos ── Hum... até que não seria má ideia procurar um contrato por aqui, afinal assim teria algo para fazer enquanto você investiga o fenômeno mágico que pode nos levar à Ciri. ── riu com um leve tom de sarcasmo, só para não perder o hábito e logo ouvia as batidas na porta e a criada trazendo as roupas e perguntando sobre o banho, rindo com a resposta de Yen, dessa vez com um sorriso malicioso nos lábios ── Tem certeza que consegue fazer isso sozinha? Você sabe como posso te ocupar a noite toda... ── mantendo o sorriso e o ar de brincadeira, aproximou o rosto novamente, de modo que seus lábios quase se tocassem e sussurrou ── Você fica linda mesmo quando está furiosa...
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
Yennefer ergueu uma sobrancelha ao ouvir o que Geralt dizia, tentando não demonstrar o seu ciúme.
Se acha que não consigo lhe dar um banho sozinha, talvez eu devesse chamar as criadas do Duque novamente. Quem sabe elas também poderiam fazê-lo companhia essa noite. Yen olhou no fundo dos olhos amarelados do Witcher quando o mesmo se aproximou, mantendo suas bocas a centímetros de distância. Ela deixou escapar um breve sorriso ao ouvi-lo recusando a sua ideia de passar a noite com outras mulheres e soltou um riso de provocação ao ouvir a proposta que ele tinha para ela.
Acho que você está machucado demais para me deixar ocupada essa noite... eu não iria querer machucá-lo mais...
Ela afastou-se de Geralt com um sorriso provocante em seus lábios avermelhados, mantendo-se a uma distância onde ele não poderia beijá-la, e o observou de longe. Ela andou em direção à cama, onde sentou e começou a retirar suas botas pretas, abaixando o zíper lentamente enquanto ainda observava o Witcher.
Você está imundo, vamos tomar banho. Consegue despir-se ou também precisa de minha ajuda?
Yennefer riu, e ao ver que Geralt estava demorando demais, começou a mentalizar um feitiço enquanto fazia algumas peças de roupa dele voarem pelo quarto; as duas espadas de Geralt saíram voando e pousaram na poltrona perto da parede oposta, ela fez o mesmo com cada peça de armadura e roupa que o Witcher usava, até deixá-lo apenas com suas roupas íntimas. Ela sorriu, parecendo estar satisfeita.
Assim está melhor.
Yennefer levantou-se da cama após retirar suas botas e virou-se de costas para Geralt, começando a retirar seu longo vestido negro, deslizando as alças pelos seus ombros, até tirá-lo por completo. O vestido caía no chão, revelando sua lingerie igualmente negra, que constrastava perfeitamente com sua pele, branca como a neve. Ela virou para olhar para Geralt, enquanto dizia:
Deixe-me preparar o banho.
Ela sorriu e foi em direção ao banheiro, onde ligou a torneira e esperou a banheira encher, pegando também um sabonete e uma esponja de dentro da cômoda.
Se acha que não consigo lhe dar um banho sozinha, talvez eu devesse chamar as criadas do Duque novamente. Quem sabe elas também poderiam fazê-lo companhia essa noite. Yen olhou no fundo dos olhos amarelados do Witcher quando o mesmo se aproximou, mantendo suas bocas a centímetros de distância. Ela deixou escapar um breve sorriso ao ouvi-lo recusando a sua ideia de passar a noite com outras mulheres e soltou um riso de provocação ao ouvir a proposta que ele tinha para ela.
Acho que você está machucado demais para me deixar ocupada essa noite... eu não iria querer machucá-lo mais...
Ela afastou-se de Geralt com um sorriso provocante em seus lábios avermelhados, mantendo-se a uma distância onde ele não poderia beijá-la, e o observou de longe. Ela andou em direção à cama, onde sentou e começou a retirar suas botas pretas, abaixando o zíper lentamente enquanto ainda observava o Witcher.
Você está imundo, vamos tomar banho. Consegue despir-se ou também precisa de minha ajuda?
Yennefer riu, e ao ver que Geralt estava demorando demais, começou a mentalizar um feitiço enquanto fazia algumas peças de roupa dele voarem pelo quarto; as duas espadas de Geralt saíram voando e pousaram na poltrona perto da parede oposta, ela fez o mesmo com cada peça de armadura e roupa que o Witcher usava, até deixá-lo apenas com suas roupas íntimas. Ela sorriu, parecendo estar satisfeita.
Assim está melhor.
Yennefer levantou-se da cama após retirar suas botas e virou-se de costas para Geralt, começando a retirar seu longo vestido negro, deslizando as alças pelos seus ombros, até tirá-lo por completo. O vestido caía no chão, revelando sua lingerie igualmente negra, que constrastava perfeitamente com sua pele, branca como a neve. Ela virou para olhar para Geralt, enquanto dizia:
Deixe-me preparar o banho.
Ela sorriu e foi em direção ao banheiro, onde ligou a torneira e esperou a banheira encher, pegando também um sabonete e uma esponja de dentro da cômoda.
Yennefer of Vengerberg- Veteranos
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Re: ────⊰☫ Lilac and Gooseberries
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
Geralt se divertia ao perceber um leve tom de ciúme na fala de Yennefer e se deliciava com o sabor daquela vitória, afinal fora ele quem acabou passando aquele dia todo se contorcendo de ciúme. Era bom poder ver que não era o único que se sentia assim. Para ele, bastava estar com aquela mulher, apenas ela, pois nenhuma outra jamais poderia ser comparada. Não podia mentir, já esteve com muitas mulheres, assim como ela já esteve com muitos outros homens, mas ninguém poderia negar que havia algo a mais intenso quando estavam juntos. Ouvindo a desculpa de Yen para que não a deixasse ocupada naquela noite, riu e tentou se aproximar mais uma vez, dessa para morder aqueles lábios avermelhados, mas ela se afastou com um sorriso provocante, que roubaram todo o foco do witcher. Até começou a soltar as amarras da armadura, mas não conseguia terminar, pois seus olhos permaneciam aprisionados no corpo de Yennefer. Aquilo sequer parecia ser real, depois de tanto tempo...
── Eu conseguiria, se você não ficasse me distraindo. ── retrucou com um sorriso debochado quando ela perguntou se precisaria da ajuda dela pra isso também. E que ajuda... em pouco tempo estava livre do peso das espadas sempre em suas costas e das peças da armadura, que eram arremessadas para longe. Sentindo o corpo bem mais leve, estralou os dedos e moveu os braços testando os próprios reflexos para ver o nível de comprometimento da mordida do urso. A feiticeira virou-se de costas e começou a se livrar daquele longo vestido negro, revelando a pele alva de seu corpo curvilíneo. ── Ual... ── suspirou sem conseguir tirar os olhos dela. Seguia cada um de seus movimentos e cruzava os braços, observando enquanto preparava o banho. Lembrou-se do sonho que teve, enquanto ainda seguia a trilha de Yennefer à sua procura. Ela era tão bela quanto ele se lembrava... um meio sorriso se formou em seus lábios e Geralt se aproximou de Yennefer, dessa vez com um rápido movimento para tomá-la em seus braços, apoiando a destra em suas costas e a esquerda abaixo de seus joelhos, mostrando que já se sentia bem melhor e que ela não precisava se preocupar com seus ferimentos. ── Ahah! Te peguei! Viu como não estou mais tão mal assim?
── Eu conseguiria, se você não ficasse me distraindo. ── retrucou com um sorriso debochado quando ela perguntou se precisaria da ajuda dela pra isso também. E que ajuda... em pouco tempo estava livre do peso das espadas sempre em suas costas e das peças da armadura, que eram arremessadas para longe. Sentindo o corpo bem mais leve, estralou os dedos e moveu os braços testando os próprios reflexos para ver o nível de comprometimento da mordida do urso. A feiticeira virou-se de costas e começou a se livrar daquele longo vestido negro, revelando a pele alva de seu corpo curvilíneo. ── Ual... ── suspirou sem conseguir tirar os olhos dela. Seguia cada um de seus movimentos e cruzava os braços, observando enquanto preparava o banho. Lembrou-se do sonho que teve, enquanto ainda seguia a trilha de Yennefer à sua procura. Ela era tão bela quanto ele se lembrava... um meio sorriso se formou em seus lábios e Geralt se aproximou de Yennefer, dessa vez com um rápido movimento para tomá-la em seus braços, apoiando a destra em suas costas e a esquerda abaixo de seus joelhos, mostrando que já se sentia bem melhor e que ela não precisava se preocupar com seus ferimentos. ── Ahah! Te peguei! Viu como não estou mais tão mal assim?
Última edição por Geralt of Rivia em Qua 09 Ago 2017, 22:22, editado 1 vez(es)
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