────⊰☫ Figlio Della Luna
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Ꮤiedźmin Geralt
【Gwynbleidd】
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FIGLIO DELLA LUNA
ALCUNHAS: ➳ White Wolf ➳ Gwynbleidd ➳ White One ➳ King-Slayer ➳ Butcher of Blaviken ➳ Ravix of Fourhorn ➳ Geralt Roger Eric du Haute-Bellegarde ➳ Sir Geralt of Rivia (nomeado cavaleiro por Meve após a Batalha da Ponte de Yaruga) | Tópico reservado para postagens do jogo com a personagem: Esse turno se passa após a conclusão de todo o game The Witcher, incluindo suas expansões, com uma maior ênfase na Blood and Wine, que se passa no ducado de Toussaint, onde Geralt agora possui um vinhedo chamado Corvo Bianco (ou Gwyn Cerbin, em dialeto antigo), gerenciado pelo mordomo Barnabas-Basil Foulty, que administra muito bem os trabalhadores e recursos locais, se mostrando sempre dedicado e respeitoso. Proveniente de uma famosa linhagem de mordomos, foi treinado para servir as mais altas classes da nobreza, o que leva Geralt a estranhar bastante sua forma de tratamento. O vinhedo foi cedido como parte do pagamento pelo extermínio da Besta de Toussaint e após algumas reformas, a propriedade voltou a seu esplendor. Nela, Geralt finalmente possui um lugar para chamar de lar e retorna entre uma caçada e outra, já que nunca se desligou de seu caminho como witcher, o que o levou a receber uma inesperada visita. |
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Figlio Della Luna
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
Não há lugar como o lar… hoje Geralt conhece bem o sentido dessa expressão, afinal possui um lar para retornar, aconchegante, bem iluminado e de manutenção impecável, graças aos cuidados de um mordomo experiente e de uma grande cozinheira. Um lugar onde sempre havia uma recepção calorosa a cada retorno, com comida e bebida em abundância, uma cama de qualidade, um quarto só dele e recursos diversos sempre à disposição, como a tábua de reparos para armaduras e a pedra de amolar para suas armas, o estábulo para Roach descansar, ervas cultivadas prontas para o uso em suas poções e equipamentos alquímicos específicos para seus mutagênicos.
Claro que sentia falta da fortaleza de Kaer Morhen, que foi o mais próximo de um lar que já teve em toda sua vida, mas sem Vesemir, o local ficou completamente abandonado e nem mesmo seus irmãos de armas permaneceram, seguindo caminhos separados rumo a seus destinos. E ele, sozinho, era incapaz de restaurar toda a fortaleza, cujos tempos de glória ficaram para trás há bastante tempo. Assim acabava a última fortaleza witcher, cujo legado vivia em seus poucos sobreviventes e findaria com eles, pois essa classe de caçadores deixou de ser necessária e talvez não demorasse até cair no esquecimento, pois os males dos quais defendiam os humanos, pareciam ínfimos perto da ameaça que foi um dia a Geada Branca, ou a Caçada Selvagem em si.
Ansioso para chegar em casa, assim como sua montaria, seguiram durante toda a noite e dia, atravessando as planícies do ducado chegando a Corvo Bianco somente no final da tarde, perto do anoitecer. Como de costume, Geralt deixou Roach no estábulo, para que fosse tratada e alimentada por um funcionário, e seguiu para a entrada de sua casa, cumprimentando os aldeões que o recebiam. O vinhedo parecia prosperar cada vez mais, graças à Barbabas Basil, que administrava o lugar como Geralt jamais faria.
── Sir Geralt! Que bom vê-lo são e salvo! De que precisa, meu senhor? ── perguntou sempre muito prestativo.
──── Olá, B.B. É sempre bom voltar para casa, preciso apenas de um bom banho e depois um jantar. ──── respondeu exausto depois de uma longa viagem para o cumprimento de um contrato ──── À propósito, mande meus cumprimentos à Lady Marlene de Trastamara.
── Claro, ela ficará feliz com seu retorno, senhor. ──── disse o mordomo entusiasmado para contar as novidades sobre o vinhedo, logo ordenando a duas servas, que preparassem o banho de Geralt ──── Um banho quente, senhoritas... Ah, e antes que eu me esqueça, senhor! 35 garrafas de White Wolf foram entregues essa manhã, direto do Vinhedo Belgaard com os cumprimentos de Liam e Matilda. Sugiro um brinde à sua saúde.
──── Agradeço à gentileza, B.B. Vamos brindar sim, mande meus agradecimentos ao casal. ──── de fato era disso mesmo que Geralt estava precisando, para ele seria a melhor maneira de relaxar o corpo e descansar como se deve.
O witcher então, seguiu para o quarto de hóspedes, no andar de cima, que tinha mais espaço para a latrina, devidamente posicionada em seu centro e já com bastante água quente, que as garotas carregavam às pressas. Ele agradeceu e pediu para ficar sozinho, acomodando-se e fechando os olhos. Demorou um pouco para lavar o corpo, devaneando em seus próprios pensamentos. Fazia tempo que não recebia notícias de Ciri e esperava que ela estivesse bem...
Assim que terminou o banho, enrolou o corpo em uma toalha e desceu as escadas para seguir até o próprio quarto, onde se vestiria. Ouviu o som de cascos de cavalos do lado de fora da casa e apressou os passos, preocupado, por não estar aguardando nenhum tipo de visita. O mordomo já abria a porta, era a Duquesa Anna Henrietta! O que diabos ela estava fazendo ali uma hora dessas? Para não poder esperar até o amanhecer, certamente era algum assunto de urgência, então Geralt fechou a porta do quarto e vestiu às pressas uma calça preta e uma camisa de algodão na cor branca, para poder falar com a duquesa.
Tentando manter uma postura adequada, abriu a porta do quarto e reverenciou ──── Excelência... a que devo essa visita? ──── foi direto ao ponto, força do hábito. Não era acostumado às formalidades da nobreza, embora se esforçasse bastante no caso dela, por ser uma mulher que conseguiu ganhar sua admiração. ──── B.B., sirva a duquesa, traga aquele vinho. ──── pediu ao mordomo, já imaginando ser mais um assunto de urgência, o qual não poderia refutar.
Claro que sentia falta da fortaleza de Kaer Morhen, que foi o mais próximo de um lar que já teve em toda sua vida, mas sem Vesemir, o local ficou completamente abandonado e nem mesmo seus irmãos de armas permaneceram, seguindo caminhos separados rumo a seus destinos. E ele, sozinho, era incapaz de restaurar toda a fortaleza, cujos tempos de glória ficaram para trás há bastante tempo. Assim acabava a última fortaleza witcher, cujo legado vivia em seus poucos sobreviventes e findaria com eles, pois essa classe de caçadores deixou de ser necessária e talvez não demorasse até cair no esquecimento, pois os males dos quais defendiam os humanos, pareciam ínfimos perto da ameaça que foi um dia a Geada Branca, ou a Caçada Selvagem em si.
Ansioso para chegar em casa, assim como sua montaria, seguiram durante toda a noite e dia, atravessando as planícies do ducado chegando a Corvo Bianco somente no final da tarde, perto do anoitecer. Como de costume, Geralt deixou Roach no estábulo, para que fosse tratada e alimentada por um funcionário, e seguiu para a entrada de sua casa, cumprimentando os aldeões que o recebiam. O vinhedo parecia prosperar cada vez mais, graças à Barbabas Basil, que administrava o lugar como Geralt jamais faria.
── Sir Geralt! Que bom vê-lo são e salvo! De que precisa, meu senhor? ── perguntou sempre muito prestativo.
──── Olá, B.B. É sempre bom voltar para casa, preciso apenas de um bom banho e depois um jantar. ──── respondeu exausto depois de uma longa viagem para o cumprimento de um contrato ──── À propósito, mande meus cumprimentos à Lady Marlene de Trastamara.
── Claro, ela ficará feliz com seu retorno, senhor. ──── disse o mordomo entusiasmado para contar as novidades sobre o vinhedo, logo ordenando a duas servas, que preparassem o banho de Geralt ──── Um banho quente, senhoritas... Ah, e antes que eu me esqueça, senhor! 35 garrafas de White Wolf foram entregues essa manhã, direto do Vinhedo Belgaard com os cumprimentos de Liam e Matilda. Sugiro um brinde à sua saúde.
──── Agradeço à gentileza, B.B. Vamos brindar sim, mande meus agradecimentos ao casal. ──── de fato era disso mesmo que Geralt estava precisando, para ele seria a melhor maneira de relaxar o corpo e descansar como se deve.
O witcher então, seguiu para o quarto de hóspedes, no andar de cima, que tinha mais espaço para a latrina, devidamente posicionada em seu centro e já com bastante água quente, que as garotas carregavam às pressas. Ele agradeceu e pediu para ficar sozinho, acomodando-se e fechando os olhos. Demorou um pouco para lavar o corpo, devaneando em seus próprios pensamentos. Fazia tempo que não recebia notícias de Ciri e esperava que ela estivesse bem...
Assim que terminou o banho, enrolou o corpo em uma toalha e desceu as escadas para seguir até o próprio quarto, onde se vestiria. Ouviu o som de cascos de cavalos do lado de fora da casa e apressou os passos, preocupado, por não estar aguardando nenhum tipo de visita. O mordomo já abria a porta, era a Duquesa Anna Henrietta! O que diabos ela estava fazendo ali uma hora dessas? Para não poder esperar até o amanhecer, certamente era algum assunto de urgência, então Geralt fechou a porta do quarto e vestiu às pressas uma calça preta e uma camisa de algodão na cor branca, para poder falar com a duquesa.
Tentando manter uma postura adequada, abriu a porta do quarto e reverenciou ──── Excelência... a que devo essa visita? ──── foi direto ao ponto, força do hábito. Não era acostumado às formalidades da nobreza, embora se esforçasse bastante no caso dela, por ser uma mulher que conseguiu ganhar sua admiração. ──── B.B., sirva a duquesa, traga aquele vinho. ──── pediu ao mordomo, já imaginando ser mais um assunto de urgência, o qual não poderia refutar.
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Figlio Della Luna
Uma Visita Inesperada
A Nos campos verdes de Beauclair, cinco garanhões marchavam em passos acelerados, mantendo uma sintonia quase musical. Quatro nobres Cavaleiros da Guarda Ducal de Honra, sendo um deles o Capitão Damien de la Tour seguiam ao lado de uma figura central feminina. Era a Duquesa de Toussaint. Os cabelos macios e perfumados emolduravam um rosto sedutor de traços charmosos e delicados que contrastavam com sua posição de liderança, exercida sempre de modo sagaz. Em seu corpo voluptuoso, os seios saltavam à vista pelo decote enviesado do espartilho de uma tonalidade de cor próxima ao vinho Sangreal, que envolvia a cintura esguia e escultural, destacada pelos quadris largos e as pernas bem torneadas envoltas em uma calça em couro negro. Luvas negras vestiam as mãos finas e delicadas e botas de mesma cor com detalhes em tom semelhante ao espartilho protegiam os pés. Sobre seus ombros e os cabelos, repousava uma capa com capuz de cor negra, mantendo o rosto da duquesa protegido dos olhares curiosos dos cidadãos da bela Beauclair, que naquela noite repousava silenciosa. O grupo seguia pela estrada em direção a ao Vinhedo de Corvo Bianco, atual residência de Sir Geralt de Rivia, como fora consagrado pela própria Anna Henrietta recentemente, onde a duquesa tinha assuntos importantes a tratar, livre dos olhos e ouvidos do palácio. Mesmo com a desaprovação do Capitão de la Tour, a monarca de cabelos dourados convocaria o bruxo mais uma vez para uma missão secreta ao seu lado. Desceu de seu cavalo, ordenando que seus homens aguardassem do lado de fora e com uma elegância natural, bateu na porta, que era aberta pelo mordomo Barnabas Basil, escolhido pela própria para ajudar Geralt com o vinhedo. Ele a recebia com surpresa e muita alegria em seus olhos, convidando-a para entrar com um vocabulário recheado de formalidades. Anna Henrietta caminhou para dentro da residência e viu de relance o bruxo correndo de toalha para seu aposento e fechando a porta. Um sorriso se formou em seus lábios róseos, achando cômica a situação do bruxo que fora pego desprevenido. Ouviu os agradecimentos de Basil pelo serviço ao qual lhe incumbiu a duquesa e seu relato sobre os atuais progressos do vinhedo, que em breve começaria a produzir seus primeiros barris de vinho. Anna Henrietta elogiou o mordomo e seu trabalho, demonstrando grande expectativa com relação à essa produção, avisando que exigiria experimentar dessa primeira safra. Ambos conversavam descontraídos e quando finalmente Geralt a recebeu em trajes bem simples e os cabelos brancos ainda molhados. Anarietta não pôde deixar de perceber que duas servas do bruxo saíam com algumas toalhas e as roupas sujas dele, imaginando que talvez tivesse atrapalhado sua diversão. Mas isso poderia esperar. Os assuntos do ducado eram urgentes e mais importantes. O mordomo retirava a capa da duquesa para que ela ficasse mais à vontade e ela lhe entregava as luvas, caminhando até a mesa e puxando a cadeira para se sentar e receber o vinho mencionado pelo bruxo.
- Sente-se Geralt. Como já deve imaginar, essa não é uma visita casual. Tenho um trabalho pra você. - havia um tom de desconforto em sua voz, que a duquesa tentava disfarçam mantendo uma postura rígida típica de uma boa monarca - Sei o que aconteceu entre você e Syana, então creio que se importe com ela, assim como eu. - lançou um olhar inquisidor sobre o bruxo, esperando que ele soubesse do que ela estava falando e prosseguiu - Minha irmã fez inimigos poderosos enquanto esteve longe de Toussaint e hoje ela sofreu uma tentativa de assassinato por envenenamento. Ela está sendo tratada pelos melhores médicos de toda Toussaint, mas temo por sua vida e preciso de você para encontrar os responsáveis. - sua preocupação era visível, pois seus olhos por mais que ela tentasse disfarçar estavam úmidos pelas lágrimas que evitava derramar.
- Sente-se Geralt. Como já deve imaginar, essa não é uma visita casual. Tenho um trabalho pra você. - havia um tom de desconforto em sua voz, que a duquesa tentava disfarçam mantendo uma postura rígida típica de uma boa monarca - Sei o que aconteceu entre você e Syana, então creio que se importe com ela, assim como eu. - lançou um olhar inquisidor sobre o bruxo, esperando que ele soubesse do que ela estava falando e prosseguiu - Minha irmã fez inimigos poderosos enquanto esteve longe de Toussaint e hoje ela sofreu uma tentativa de assassinato por envenenamento. Ela está sendo tratada pelos melhores médicos de toda Toussaint, mas temo por sua vida e preciso de você para encontrar os responsáveis. - sua preocupação era visível, pois seus olhos por mais que ela tentasse disfarçar estavam úmidos pelas lágrimas que evitava derramar.
❝Não existe triunfo sem perda, não há vitória sem sofrimento, não há liberdade sem sacrifício❞.
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Duchess Anna Henrietta- Nacionalidade : Beauclair
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Re: ────⊰☫ Figlio Della Luna
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
Por essa, Geralt realmente não esperava. Era mesmo ela, a própria Duquesa Anna Henrietta que o visitava naquela noite, acompanhada de seus cavaleiros, que aguardavam do lado de fora. Apesar da surpresa, acreditava que aquilo estava longe de ser uma visita casual, por isso decidiu ir direto ao ponto. Barnabas Basil levou os pertences da duquesa, que acomodava em estruturas de madeira próprias e saía para buscar o vinho. Geralt, por sua vez, fez como solicitado pela duquesa e se sentou em sua cadeira na mesa de jantar, sempre acompanhando donzela com seus olhos amarelos. Sua postura era como sempre impecável, transmitindo uma força que o witcher viu em pouquíssimas mulheres. Permaneceu calado enquanto ela falava e se surpreendeu quando ela mencionou o fato de saber o que houve entre Geralt e Syanna quando ele foi buscá-la no esconderijo mágico dela de Anarietta. Esperava que pelo menos ela não tivesse detalhado muito o que aconteceu. As lembranças daquele momento vieram à tona e Geralt fechou os olhos por alguns segundos para retomar o foco, preocupado com a saúde de Syanna. Percebeu a dor que a duquesa tentava mascarar, então tentou passar-lhe um pouco de segurança.
──── Ela vai ficar bem, já passou por coisa muito pior. E eu vou encontrar os responsáveis por isso. ──── de fato não era muito bom com as palavras, nunca foi, mas pelo menos tentava ajudar de alguma forma, afinal se importava com as duas irmãs.
Logo Barnabas Basil retornou com a garrafa e dois cálices de vinho e começou a servir a convidada e depois o anfitrião. Enquanto isso, Marlene de Trastamara saiu da cozinha e foi procurar por Geralt, para avisar que o jantar já estava pronto e curiosa para saber quem os visitava. Assustou-se ao ver que era a duquesa em pessoa e um pouco nervosa, reverenciou, ajeitando os cabelos grisalhos.
── Oh, céus! A duquesa! Me perdoe o desleixo, milady! ──── como antiga nobre da corte de Nilfgaard, filha do Duque de Trastamara, aquela senhora conheceu os pais de Anna Henrietta quando ainda esperavam o nascimento de Sylvia Anna, antes de ser amaldiçoada, então sentiu-se muito envergonhada ao se apresentar daquela forma. Então Geralt decidiu apresentá-la e de modo cortês segurou-lhe a mão e reverenciou à senhora enquanto proferia suas palavras com grande respeito e admiração.
──── Majestade! Permita que lhe apresente Lady Marlene de Trastamara, filha e herdeira do falecido Duque de Trastamara. ──── queria enaltecer um pouco a idosa, que permanecia reclusa em sua propriedade a maior parte do tempo, talvez ainda com receio de voltar ao seu meio de convívio social. Dessa forma esperava ajudá-la a superar suas dificuldades e quem sabe restituir seus bens de direito? Não que não gostasse de sua companhia, mas por acreditar que ela merecia muito mais do que um mero witcher poderia oferecer. A idosa abriu um largo sorriso e ergueu o rosto ao ser apresentada daquela forma, então disse com um tom de voz mais confiante.
── Bem vinda a Corvo Bianco, em que podemos servi-la? Aceitaria jantar conosco? ──── olhou para Geralt sorrindo, agradecida por sua intervenção e ele apenas piscou para ela em cumplicidade. Depois de tudo que Marlene passou amaldiçoada, o witcher acreditava que talvez fosse fazer bem para ela recomeçar a ter algum contato com o mundo fora do vinhedo.
──── Ela vai ficar bem, já passou por coisa muito pior. E eu vou encontrar os responsáveis por isso. ──── de fato não era muito bom com as palavras, nunca foi, mas pelo menos tentava ajudar de alguma forma, afinal se importava com as duas irmãs.
Logo Barnabas Basil retornou com a garrafa e dois cálices de vinho e começou a servir a convidada e depois o anfitrião. Enquanto isso, Marlene de Trastamara saiu da cozinha e foi procurar por Geralt, para avisar que o jantar já estava pronto e curiosa para saber quem os visitava. Assustou-se ao ver que era a duquesa em pessoa e um pouco nervosa, reverenciou, ajeitando os cabelos grisalhos.
── Oh, céus! A duquesa! Me perdoe o desleixo, milady! ──── como antiga nobre da corte de Nilfgaard, filha do Duque de Trastamara, aquela senhora conheceu os pais de Anna Henrietta quando ainda esperavam o nascimento de Sylvia Anna, antes de ser amaldiçoada, então sentiu-se muito envergonhada ao se apresentar daquela forma. Então Geralt decidiu apresentá-la e de modo cortês segurou-lhe a mão e reverenciou à senhora enquanto proferia suas palavras com grande respeito e admiração.
──── Majestade! Permita que lhe apresente Lady Marlene de Trastamara, filha e herdeira do falecido Duque de Trastamara. ──── queria enaltecer um pouco a idosa, que permanecia reclusa em sua propriedade a maior parte do tempo, talvez ainda com receio de voltar ao seu meio de convívio social. Dessa forma esperava ajudá-la a superar suas dificuldades e quem sabe restituir seus bens de direito? Não que não gostasse de sua companhia, mas por acreditar que ela merecia muito mais do que um mero witcher poderia oferecer. A idosa abriu um largo sorriso e ergueu o rosto ao ser apresentada daquela forma, então disse com um tom de voz mais confiante.
── Bem vinda a Corvo Bianco, em que podemos servi-la? Aceitaria jantar conosco? ──── olhou para Geralt sorrindo, agradecida por sua intervenção e ele apenas piscou para ela em cumplicidade. Depois de tudo que Marlene passou amaldiçoada, o witcher acreditava que talvez fosse fazer bem para ela recomeçar a ter algum contato com o mundo fora do vinhedo.
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Figlio Della Luna
Uma nova missão para o Lobo Branco
A duquesa percebeu o olhar de surpresa do bruxo, o que lhe causou estranheza, afinal durante o contrato para a caça da Besta de Beauclair, Geralt pôde ver que Anna Henrietta não era como outras mulheres nobres, contrariando o papel de donzela indefesa para auxiliar o bruxo durante todo o contrato, confiando a ele sua própria vida, longe de seus guardas e do conforto de seu palácio. Aparentemente isso ainda o impressionava. Talvez porque, a julgar pela aparência, Anna Henrietta era uma mulher de classe e elegância excepcional, vaidosa e sempre muito bem vestida, com os cabelos bem alinhados em penteados complexos e a pele hidratada e macia como o veludo mais fino de Kovir, o que levava a crer que ela pertencia ao estereótipo típico da nobreza nilfgaardiana. Mas sua personalidade não correspondia a essa aparência, com isso, era constantemente julgada por ter um coração mais selvagem e impetuoso, agindo muitas vezes com impulsividade e até agressividade, comandando todo o ducado com a rigidez da espada e das tradições da cavalaria clássica. Ao se sentar, a postura da duquesa era sempre firme, com as costas eretas, as pernas juntas, as duas mãos sobre a mesa e a cabeça erguida, não queria demonstrar ao bruxo o que sentia, mas ele percebeu mesmo assim e suas palavras de conforto foram recebidas com um sorriso confiante.
- Sei disso, Sir Geralt. Foi por essa razão que preferi vir pessoalmente invés de enviar um mensageiro.
Logo o mordomo chegava com o vinho e servia os dois cálices. Anarietta recebeu o mesmo com um sorriso e agradeceu, mas antes que levasse o mesmo aos lábios róseos, ouviu a voz da senhora que se aproximava, se desculpando. A duquesa não se importava com esse tipo de trivialidade quando não se tratava de qualquer evento solene, então sorriu e inclinou a cabeça em cumprimento, tentando fazer com que a senhora se sentisse um pouco mais confortável. Eis que o bruxo a surpreendeu ao reverenciar e apresentar Marlene de Trastamara. O susto não foi apenas por saber de quem se tratava, pois conhecia a história de todas as famílias nobres de Nilfgaard, mas principalmente pela reação do bruxo, que sempre parecia muito rude e pouco conhecer os princípios básicos de etiqueta. Ao que a duquesa pôde constatar ser na verdade uma habilidade social que ele só utiliza com quem deseja. Anna Henrietta se levantou e fez uma breve reverência também, acompanhando os dois. Estranhamente se divertia na companhia daquelas pessoas, mais do que esperava, então retribuiu a cordialidade.
- Marlene de Trastamara, sinto-me honrada! Acredito que teremos muito o que conversar. Posso restituir-lhe o título na corte nilfgaardiana se assim o desejar.
Muitas dúvidas existiam acerca daquela família e do que levou a seu fim, uma vez esclarecidos os mistérios, Marlene poderia voltar a ocupar seu lugar na nobreza, garantindo assim o retorno ao luxo que dispunha outrora. Estranhou a presença dela em Corvo Bianco à serviço de Geralt, então antes de voltar a se sentar, disse:
- Isso não estava em meus planos, mas ficarei para o jantar se você também for se juntar à nós. Barnabas Basil, você também. Seremos equivalentes na mesa. Jantaremos e em seguida, Geralt seguirá comigo até o palácio para começar seu trabalho. Caso Marlene decida retornar à corte, deve me procurar pela manhã, para registro formal desse retorno.
Em seguida, aguardou que o jantar fosse servido e levou o cálice de vinho aos lábios, saboreando seu sabor. Não era tão fino como o Sangreal, mas a rusticidade daquele era agradável ao paladar. Por um momento aquela pareceu uma oportunidade para se distrair e acalmar o coração aflito com a situação de sua irmã e o desejo de vingança latente. Como as duas irmãs eram muito próximas, desde o retorno de Syanna ao palácio, Anarietta fez de tudo para restaurar aquela união da infância e passava todo o tempo ao lado da irmã, conversando sobre tudo que viveram, o que sentiam e planejavam para o futuro. Foi em uma dessas conversas que Syanna mencionou seu afair com o bruxo, que corroborava com muitas outras histórias que já foram contadas à respeito dele e de sua performance. Toda a corte de Nilfgaard comentava sobre suas aventuras com figuras bem conhecidas como Fringilla Vigo e a espiã Cynthia, ou a própria princesa Adda de Teméria.
- Sei disso, Sir Geralt. Foi por essa razão que preferi vir pessoalmente invés de enviar um mensageiro.
Logo o mordomo chegava com o vinho e servia os dois cálices. Anarietta recebeu o mesmo com um sorriso e agradeceu, mas antes que levasse o mesmo aos lábios róseos, ouviu a voz da senhora que se aproximava, se desculpando. A duquesa não se importava com esse tipo de trivialidade quando não se tratava de qualquer evento solene, então sorriu e inclinou a cabeça em cumprimento, tentando fazer com que a senhora se sentisse um pouco mais confortável. Eis que o bruxo a surpreendeu ao reverenciar e apresentar Marlene de Trastamara. O susto não foi apenas por saber de quem se tratava, pois conhecia a história de todas as famílias nobres de Nilfgaard, mas principalmente pela reação do bruxo, que sempre parecia muito rude e pouco conhecer os princípios básicos de etiqueta. Ao que a duquesa pôde constatar ser na verdade uma habilidade social que ele só utiliza com quem deseja. Anna Henrietta se levantou e fez uma breve reverência também, acompanhando os dois. Estranhamente se divertia na companhia daquelas pessoas, mais do que esperava, então retribuiu a cordialidade.
- Marlene de Trastamara, sinto-me honrada! Acredito que teremos muito o que conversar. Posso restituir-lhe o título na corte nilfgaardiana se assim o desejar.
Muitas dúvidas existiam acerca daquela família e do que levou a seu fim, uma vez esclarecidos os mistérios, Marlene poderia voltar a ocupar seu lugar na nobreza, garantindo assim o retorno ao luxo que dispunha outrora. Estranhou a presença dela em Corvo Bianco à serviço de Geralt, então antes de voltar a se sentar, disse:
- Isso não estava em meus planos, mas ficarei para o jantar se você também for se juntar à nós. Barnabas Basil, você também. Seremos equivalentes na mesa. Jantaremos e em seguida, Geralt seguirá comigo até o palácio para começar seu trabalho. Caso Marlene decida retornar à corte, deve me procurar pela manhã, para registro formal desse retorno.
Em seguida, aguardou que o jantar fosse servido e levou o cálice de vinho aos lábios, saboreando seu sabor. Não era tão fino como o Sangreal, mas a rusticidade daquele era agradável ao paladar. Por um momento aquela pareceu uma oportunidade para se distrair e acalmar o coração aflito com a situação de sua irmã e o desejo de vingança latente. Como as duas irmãs eram muito próximas, desde o retorno de Syanna ao palácio, Anarietta fez de tudo para restaurar aquela união da infância e passava todo o tempo ao lado da irmã, conversando sobre tudo que viveram, o que sentiam e planejavam para o futuro. Foi em uma dessas conversas que Syanna mencionou seu afair com o bruxo, que corroborava com muitas outras histórias que já foram contadas à respeito dele e de sua performance. Toda a corte de Nilfgaard comentava sobre suas aventuras com figuras bem conhecidas como Fringilla Vigo e a espiã Cynthia, ou a própria princesa Adda de Teméria.
❝Não existe triunfo sem perda, não há vitória sem sofrimento, não há liberdade sem sacrifício❞.
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Duchess Anna Henrietta- Nacionalidade : Beauclair
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Re: ────⊰☫ Figlio Della Luna
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
A experiência de Geralt no convívio com nobres das mais diversas dinastias e culturas, apresentava como ponto em comum na personalidade de seus membros, a arrogância, o egocentrismo e um distanciamento absoluto daqueles que consideram inferiores. Geralt estava entre estes, portanto seu contato com a nobreza era de empregado e empregador. Por isso ainda se surpreendia quando encontrava nesse mesmo contexto, pessoas que se comportam de uma forma diferenciada, como a duquesa Anna Henrietta. Ela apresentava a mesma postura autoritária de outros monarcas, como seu primo Emhyr var Emreis, imperador de Nilfgaard, mas sempre que possível gostava de se envolver diretamente com o trabalho de seus subordinados, deixando o conforto do castelo de lado para acompanhar esse trabalho de perto, independente dos riscos envolvidos. Era por ser tão diferente das demais, que aquela mulher ainda o surpreendia. Geralt admirava a duquesa por essa diferença, embora não demonstrasse e esperava conseguir atender às expectivas dela com relação a seu trabalho.
O witcher também sabia que a duquesa já tinha com ele alguma confiança e consideração, como foi comprovado durante toda a caçada à Besta de Beuclair. Então percebeu naquela visita uma oportunidade para apresentar à Lady Marlene uma nova possibilidade, não por desejar se livrar dela, mas por acreditar que ela mereceria mais do que ele poderia oferecer e que deveria ir atrás do que tem direito. Imaginou que a duquesa era bem instruída com relação às famílias nilfgaardianas, logo poderia ajudar a localizar as ligações de Lady Trastamara e reinserí-la na corte. Por sorte, estava certo e a duquesa se mostrou muito bem disposta com relação a essa proposta, apesar das circunstâncias que sua visita acontecia. A conversa foi uma forma de ajuda-la a desfatigar-se das preocupações com relação à irmã. Até porque, ela não corria mais risco de vida, seu quadro era estável, então pelo menos por um momento, ela podia se desligar dessas questões.
A proposta de Anna Henrietta foi muito bem recebida por Barnabas Basil e Marlene de Trastamara, que se sentaram animados à mesa. Geralt sorriu ao ver os dois tão animados e serviu o vinho a todos. Não tem um paladar muito refinado e antes nem o acesso a bebidas de qualidade como as que possui atualmente em Toussaint. O vinho que recebeu seu nome era o nível mais alto que seu consumo já alcançou, então ingeria a bebida com prazer e satisfação estampados em seu rosto. Um jantar agradável e uma conversa leve afastaram um pouco a obscuridade dos motivos daquela visita, mas estes pareciam suficientes para acalmar o coração aflito da duquesa. Geralt preferia não se pronunciar sobre a casualidade de sua relação com Syanna, afinal sabia que assim como o vampiro Dettlaff van der Eretein fora apenas usado por ela para satisfação de um prazer momentâneo. Fato este, que a duquesa certamente não admitiria. O que não era muito diferente do que aconteceu em seu envolvimento com outras mulheres nobres, a maioria buscava apenas a satisfação da carne ou da curiosidade.
Eram raras as ocasiões em que Geralt poderia dispor desse tempo disponível para desfrutar de boas companhias, então sempre que podia, aproveitava ao máximo esses momentos, afinal aquela sempre poderia ser sua última refeição, afinal nenhum witcher morre em paz, mas sim com a espada na mão. Sempre... Desse modo, cada prazer era considerado único e insubstituível para ele, saboreado de forma que se torne inesquecível. Permaneceu calado durante o jantar, ouvindo as conversas de seus convidados, que normalmente tinham como assunto os pratos dispostos à mesa, preparados cuidadosamente por Marlene. Havia fartura, sem muito luxo, mas muita dedicação. Havia um quarto de javali temperado com ervas do bosque e um molho adocicado preparado com laranjas, pães de centeio temperados com alho e outras especiarias, variados tipos de queijo, para acompanhar o vinho, uma mistura de grãos bem cozidos e é claro, a sobremesa: torta de maçã. Lady Marlene observava ansiosa enquanto a duquesa se alimentava, esperando que ela aprecie seu jantar. E assim as horas foram passando e as garrafas de vinho esvaiam-se uma a uma, entusiasmando ainda mais o grupo.
── Creio que deveria ter feito isso antes, mas perdoe a falta de modos, majestade... ──── disse Geralt, finalmente se pronunciando, com o cálice cheio erguido e um largo sorriso no rosto, ligeiramente embriagado ── Gostaria de propor um brinde. À Duquesa Anna Henrietta, que rege com punho de aço Toussaint. ──── não levava muito jeito com as palavras, ainda mais quando tentava improvisar, mas fora seguido por Marlene e Barnabas, que ergueram seus cálices também, em honra à duquesa e em seguida ingeriram todo seu conteúdo.
O witcher também sabia que a duquesa já tinha com ele alguma confiança e consideração, como foi comprovado durante toda a caçada à Besta de Beuclair. Então percebeu naquela visita uma oportunidade para apresentar à Lady Marlene uma nova possibilidade, não por desejar se livrar dela, mas por acreditar que ela mereceria mais do que ele poderia oferecer e que deveria ir atrás do que tem direito. Imaginou que a duquesa era bem instruída com relação às famílias nilfgaardianas, logo poderia ajudar a localizar as ligações de Lady Trastamara e reinserí-la na corte. Por sorte, estava certo e a duquesa se mostrou muito bem disposta com relação a essa proposta, apesar das circunstâncias que sua visita acontecia. A conversa foi uma forma de ajuda-la a desfatigar-se das preocupações com relação à irmã. Até porque, ela não corria mais risco de vida, seu quadro era estável, então pelo menos por um momento, ela podia se desligar dessas questões.
A proposta de Anna Henrietta foi muito bem recebida por Barnabas Basil e Marlene de Trastamara, que se sentaram animados à mesa. Geralt sorriu ao ver os dois tão animados e serviu o vinho a todos. Não tem um paladar muito refinado e antes nem o acesso a bebidas de qualidade como as que possui atualmente em Toussaint. O vinho que recebeu seu nome era o nível mais alto que seu consumo já alcançou, então ingeria a bebida com prazer e satisfação estampados em seu rosto. Um jantar agradável e uma conversa leve afastaram um pouco a obscuridade dos motivos daquela visita, mas estes pareciam suficientes para acalmar o coração aflito da duquesa. Geralt preferia não se pronunciar sobre a casualidade de sua relação com Syanna, afinal sabia que assim como o vampiro Dettlaff van der Eretein fora apenas usado por ela para satisfação de um prazer momentâneo. Fato este, que a duquesa certamente não admitiria. O que não era muito diferente do que aconteceu em seu envolvimento com outras mulheres nobres, a maioria buscava apenas a satisfação da carne ou da curiosidade.
Eram raras as ocasiões em que Geralt poderia dispor desse tempo disponível para desfrutar de boas companhias, então sempre que podia, aproveitava ao máximo esses momentos, afinal aquela sempre poderia ser sua última refeição, afinal nenhum witcher morre em paz, mas sim com a espada na mão. Sempre... Desse modo, cada prazer era considerado único e insubstituível para ele, saboreado de forma que se torne inesquecível. Permaneceu calado durante o jantar, ouvindo as conversas de seus convidados, que normalmente tinham como assunto os pratos dispostos à mesa, preparados cuidadosamente por Marlene. Havia fartura, sem muito luxo, mas muita dedicação. Havia um quarto de javali temperado com ervas do bosque e um molho adocicado preparado com laranjas, pães de centeio temperados com alho e outras especiarias, variados tipos de queijo, para acompanhar o vinho, uma mistura de grãos bem cozidos e é claro, a sobremesa: torta de maçã. Lady Marlene observava ansiosa enquanto a duquesa se alimentava, esperando que ela aprecie seu jantar. E assim as horas foram passando e as garrafas de vinho esvaiam-se uma a uma, entusiasmando ainda mais o grupo.
── Creio que deveria ter feito isso antes, mas perdoe a falta de modos, majestade... ──── disse Geralt, finalmente se pronunciando, com o cálice cheio erguido e um largo sorriso no rosto, ligeiramente embriagado ── Gostaria de propor um brinde. À Duquesa Anna Henrietta, que rege com punho de aço Toussaint. ──── não levava muito jeito com as palavras, ainda mais quando tentava improvisar, mas fora seguido por Marlene e Barnabas, que ergueram seus cálices também, em honra à duquesa e em seguida ingeriram todo seu conteúdo.
Geralt Gwynbleidd- Admin
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Re: ────⊰☫ Figlio Della Luna
Um jantar entre amigos na tempestade
Aquela noite começou para Anna Henrietta como um verdadeiro tormento ao perceber que a irmã não estava bem. Foi durante suas conversas corriqueiras, regadas a cálices e mais cálices de Sangreal que Syanna começou a se sentir nauseada, se afastou e esmoreceu, caindo no chão do solário. Todos os servos que tiveram qualquer contato com os vinhos foram colocados em cárcere naquele mesmo momento e os médicos da corte foram acionados para cuidar dela. Irritadiça e vingativa, a duquesa ordenou aos guardas que se colocassem à postos para garantir que ninguém se aproximasse de sua irmã sem sua permissão. E assim, aquele fim de tarde agradável teve a paz rompida pela densa tempestade que se instalava em seus pensamentos, casada pelo turbilhão de sentimentos que bombardeavam sua psique. Sentia ódio, raiva, medo, angústia, ansiedade e até culpa, por ter permitido que algo assim acontecesse com a irmã. Syanna carregava muito ressentimento ainda, ela podia sentir. Mas percebia que aos poucos conseguia desarmá-la com a aproximação gradual de suas conversas constantes e a criação de novas lembranças felizes juntas, então não se perdoaria se a perdesse logo naquele momento. Ainda assim, homiziava os sentimentos, mantendo a postura rígida habitual, tentando ser o mais racional possível diante das circunstâncias.
Em meio à tempestade, não havia nada melhor do que ser acolhida com um momento de paz entre pessoas que ela sabia que poderia confiar. Desde os ataques da Besta de Beuclair, cuja culpa foi atribuída à sua irmã, a população de Toussaint começou a questionar suas decisões e muitos ainda ameaçavam matar Syanna para se vingar de seus entes queridos mortos porque ela não foi entregue ao vampiro que atacou o ducado deixando um rastro de corpos pelo caminho. Por isso, ela nunca mais havia saído do palácio sem uma escolta, então se foi envenenada foi alguém que certamente esteve bem próximo a ambas. Por isso desconfiava até de seus próprios guardas e precisava de Geralt... apesar de sua promiscuidade e descortesia, tê-lo no palácio faria com que ela mesma se sentisse bem mais segura e talvez fosse um bálsamo para a irmã poder rever seu antigo amante. À despeito de tudo que já ouviu sobre o Lobo Branco, enquanto esteve à seu serviço, em nenhum momento ele falhou com sua honra, seguindo com afinco as Cinco Virtudes da Cavalaria, que lhe rendeu o título de Cavaleiro da Ordem de Vitis Ninifera, a maior honra de Toussaint e Grande Campeão da Arena de Beuclair, então era nele que toda a confiança de Anna Henrietta estava disposta naquele momento de tamanha aflição.
Eram tantos os pensamentos que atormentavam a duquesa, que ela permaneceu em silêncio por um momento, atrelada a eles, sendo então requisitada de volta para aquele momento apenas quando Geralt propôs um brinde à ela. Surpresa com aquele resquício de civilidade, ela direcionou o olhar para o bruxo com o cálice também erguido, acompanhando os demais e inclinou a cabeça em agradecimento, enquanto proferia suas palavras:
- Muito obrigada, Sir Geralt. Admiro sua lealdade e percebo seus avanços desde sua chegada à Toussaint, ou sua passagem por Vizima quando esteve com meu primo. Vejo podemos sim ensinar truques novos a um velho lobo, pois já se tornou o mais cortês de todos os witchers que já conheci. – estava com um sorriso divertido em provocação ao bruxo pelo que ele disse em sua audiência com Emhyr, quando se recusou a curvar-se perante ele.
Uma vez aliviada a tensão que sentia com toda a tempestade que vivenciava naquele momento, a duquesa finalmente conseguiu afastar-se de seus receios e deleitar-se com aquele delicioso jantar. Gostaria de poder sentir essa mesma tranquilidade no palácio, então mais uma vez a ideia de que Marlene de Trastamara retorne à corte parecia bem promissora. Seria uma pessoa à menos para representar a ela e à irmã algum risco. Durante o jantar, seu sorriso era mantido pelos comentários de Barnabas Basil sobre Corvo Bianco, Geralt e seus progressos, ou de Marlene sobre o que aconteceu com ela e a forma como foi salva por Geralt da maldição rogada sobre ela pelo Homem dos Espelhos. Mas infelizmente, ao findar de uma última garrafa de vinho após a refeição, era chegada a hora de partirem.
- Meus caros amigos, pude usufruir com prazer da companhia e cortesia de vocês, mas devo me retirar com Geralt agora. Agradeço pela hospitalidade e a paz que me proporcionaram nessa apressada visita. Futuramente, prometo me assegurar de que tenhamos outras oportunidades como esta.
Dito isso, se levantou da mesa e o mordomo a acompanhou, prontamente entregando as luvas e a capa com capuz, sempre muito gentil e educado. Certamente ele teria muito o que ensinar à Geralt ainda, mas tudo à seu tempo, pensava rindo internamente. Abraçou Marlene em despedida, mais uma vez relembrando-a de seguir até o palácio pela manhã para a restituição de seu título de nobreza, afinal isso poderia proporcionar a ela o conforto que ela precisará para um envelhecimento digno de sua linhagem. Em seguida apressou Geralt para que seguissem viagem logo.
- Vamos, Geralt! Sem demora! Leve apenas o que for absolutamente necessário e não precisa levar roupas ou armaduras, tudo será fornecido quando chegarmos ao palácio. Acredito que o frio do percurso até o palácio não será problema para um witcher, certo? – disse com a mão na cintura, dessa vez tentando segurar o riso e manter a postura rígida de costume para que ele interpretasse aquele chamado como uma ordem. De fato não tinham mesmo tempo a perder, mas Anarietta não perdia uma oportunidade como aquela de provocar Geralt com sua posição social elevada, já sabendo o quanto ele odiava aquilo. No entanto, mais como uma brincadeira do que como uma real depreciação, pois reconhece nele suas virtudes e a nobreza que reside em seu coração, mascarada pela robustez de sua aparência e maus hábitos.
Em meio à tempestade, não havia nada melhor do que ser acolhida com um momento de paz entre pessoas que ela sabia que poderia confiar. Desde os ataques da Besta de Beuclair, cuja culpa foi atribuída à sua irmã, a população de Toussaint começou a questionar suas decisões e muitos ainda ameaçavam matar Syanna para se vingar de seus entes queridos mortos porque ela não foi entregue ao vampiro que atacou o ducado deixando um rastro de corpos pelo caminho. Por isso, ela nunca mais havia saído do palácio sem uma escolta, então se foi envenenada foi alguém que certamente esteve bem próximo a ambas. Por isso desconfiava até de seus próprios guardas e precisava de Geralt... apesar de sua promiscuidade e descortesia, tê-lo no palácio faria com que ela mesma se sentisse bem mais segura e talvez fosse um bálsamo para a irmã poder rever seu antigo amante. À despeito de tudo que já ouviu sobre o Lobo Branco, enquanto esteve à seu serviço, em nenhum momento ele falhou com sua honra, seguindo com afinco as Cinco Virtudes da Cavalaria, que lhe rendeu o título de Cavaleiro da Ordem de Vitis Ninifera, a maior honra de Toussaint e Grande Campeão da Arena de Beuclair, então era nele que toda a confiança de Anna Henrietta estava disposta naquele momento de tamanha aflição.
Eram tantos os pensamentos que atormentavam a duquesa, que ela permaneceu em silêncio por um momento, atrelada a eles, sendo então requisitada de volta para aquele momento apenas quando Geralt propôs um brinde à ela. Surpresa com aquele resquício de civilidade, ela direcionou o olhar para o bruxo com o cálice também erguido, acompanhando os demais e inclinou a cabeça em agradecimento, enquanto proferia suas palavras:
- Muito obrigada, Sir Geralt. Admiro sua lealdade e percebo seus avanços desde sua chegada à Toussaint, ou sua passagem por Vizima quando esteve com meu primo. Vejo podemos sim ensinar truques novos a um velho lobo, pois já se tornou o mais cortês de todos os witchers que já conheci. – estava com um sorriso divertido em provocação ao bruxo pelo que ele disse em sua audiência com Emhyr, quando se recusou a curvar-se perante ele.
Uma vez aliviada a tensão que sentia com toda a tempestade que vivenciava naquele momento, a duquesa finalmente conseguiu afastar-se de seus receios e deleitar-se com aquele delicioso jantar. Gostaria de poder sentir essa mesma tranquilidade no palácio, então mais uma vez a ideia de que Marlene de Trastamara retorne à corte parecia bem promissora. Seria uma pessoa à menos para representar a ela e à irmã algum risco. Durante o jantar, seu sorriso era mantido pelos comentários de Barnabas Basil sobre Corvo Bianco, Geralt e seus progressos, ou de Marlene sobre o que aconteceu com ela e a forma como foi salva por Geralt da maldição rogada sobre ela pelo Homem dos Espelhos. Mas infelizmente, ao findar de uma última garrafa de vinho após a refeição, era chegada a hora de partirem.
- Meus caros amigos, pude usufruir com prazer da companhia e cortesia de vocês, mas devo me retirar com Geralt agora. Agradeço pela hospitalidade e a paz que me proporcionaram nessa apressada visita. Futuramente, prometo me assegurar de que tenhamos outras oportunidades como esta.
Dito isso, se levantou da mesa e o mordomo a acompanhou, prontamente entregando as luvas e a capa com capuz, sempre muito gentil e educado. Certamente ele teria muito o que ensinar à Geralt ainda, mas tudo à seu tempo, pensava rindo internamente. Abraçou Marlene em despedida, mais uma vez relembrando-a de seguir até o palácio pela manhã para a restituição de seu título de nobreza, afinal isso poderia proporcionar a ela o conforto que ela precisará para um envelhecimento digno de sua linhagem. Em seguida apressou Geralt para que seguissem viagem logo.
- Vamos, Geralt! Sem demora! Leve apenas o que for absolutamente necessário e não precisa levar roupas ou armaduras, tudo será fornecido quando chegarmos ao palácio. Acredito que o frio do percurso até o palácio não será problema para um witcher, certo? – disse com a mão na cintura, dessa vez tentando segurar o riso e manter a postura rígida de costume para que ele interpretasse aquele chamado como uma ordem. De fato não tinham mesmo tempo a perder, mas Anarietta não perdia uma oportunidade como aquela de provocar Geralt com sua posição social elevada, já sabendo o quanto ele odiava aquilo. No entanto, mais como uma brincadeira do que como uma real depreciação, pois reconhece nele suas virtudes e a nobreza que reside em seu coração, mascarada pela robustez de sua aparência e maus hábitos.
❝Não existe triunfo sem perda, não há vitória sem sofrimento, não há liberdade sem sacrifício❞.
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Duchess Anna Henrietta- Nacionalidade : Beauclair
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Re: ────⊰☫ Figlio Della Luna
Off topic:
Apenas um memento da trama que serve de base para esta narrativa. Ignore o cabelo do Geralt no vídeo, eu prefiro aquele penteado clássico. Considere apenas o resumo que é tão emocionante que já assisti umas três vezes. Espero que também goste, sir. Essa pequena amostra da expansão Blood and Wine me extasia cada vez que revejo e revivo com os turnos. Que venham mais turnos, com mais personagens para eternizarmos essa saga à nossa maneira, usufruindo da liberdade criativa para não apenas explorar, mas também expandir todo o conteúdo abordado na série de jogos.Anna Henrietta, Duchess of Toussaint ♕
Duchess Anna Henrietta- Nacionalidade : Beauclair
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Re: ────⊰☫ Figlio Della Luna
── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
everything else only interrupts the fighting.❞
Sempre muito observador, Geralt percebeu a preocupação de Anna Henrietta momentos antes que ele proposse o brinde em sua honra. Ambas foram muito próximas na infância, então a duquesa foi incapaz de condenar a própria irmã à morte pelos crimes por ela cometidos, o que gerou revolta em boa parte da população. Syanna foi responsável pela morte de quatro cavaleiros de grande estima em todo o ducado e planejava a morte da própria Anna Henrietta nas garras do vampiro Dettlaff, o amante que foi chantageado por ela. A gravidade das ações dela surpreendiam até os mais antigos, dada a crueldade expressa em cada assassinato. Seu plano era punir os responsáveis por seu exílio, expondo a Virtude da Cavalaria que violavam na forma como as mortes ocorriam e os corpos eram dispostos. Para isso, ela tinha a arma perfeita em mãos, que foi seu antigo amante, Dettlaff, o qual era por ela perdidamente apaixonado. Syanna o abandonou e fugiu, mas sabia que mesmo com isso, ele atenderia seu chamado. Ela enviou uma carta, se passando por um sequestrador, que tinha capturado sua amada Rhena (nome que ela utilizava quando estavam juntos) e a mataria se o vampiro não realizasse aqueles cinco assassinatos. Geralt não imaginava que a quinta vítima era a própria irmã de Syanna, mas conseguiu descobrir com a ajuda de outro vampiro chamado Regis. Anna Henrietta nesse momento acabou revelando sua fragilidade diante do ducado com relação à irmã ao perdoar seus crimes hediondos e ainda a refugiar em seu castelo. Geralt compreendia a revolta da população, bem como a recusa da duquesa de condenar a própria irmã e mais do que isso, compreendia Syanna... que nasceu sob o Sol Negro, então era considerada amaldiçoada. Muitas crianças de fato nasciam com deformidades monstruosas e eram mortas por suas famílias, o que os pais de ambas se recusaram de fazer, porque acreditavam que ela poderia ter uma vida normal, já que não nascera com nenhuma deformidade física. No entanto, a população não enxergava da mesma forma e desde a infância a tratavam como uma aberração, o que naturalmente a transformou em uma. Syanna se tornou violenta, solitária e desprovida de emoções positivas. Tinha poucos vínculos sociais e todos estes lhe foram arrancados quando os quatro soldados que futuramente ela executou receberam a ordem de exilar a garota, que ainda nova se envolveu com atividades perigosas como roubo, extorsão e chantagem. Logo, sua vingança foi apenas um reflexo do que fora transformada pelos demais. Geralt compreendia que qualquer um pode ser um monstro na visão de muitos, como ele próprio, que costumava ser sempre recebido com medo, desconfiança e até repulsa pelo simples fato de ser um witcher. Mesmo que sua raça tenha sido criada para proteger os humanos.
Os olhos encontravam os da duquesa, buscando confortá-la, mostrando que compreendia sua aflição e se compadecia dela, se disponibilizando prontamente para auxiliar nas investigações. O brinde então acabava servindo a dois propósitos: de fato demonstrar o quão honrado se sentia com a visita, mas também apresentar uma pequena distração de suas aflições, o que parecia ter dado certo já que a duquesa chegou a brincar com o comportamento do witcher em sua audiência com Emyhr var Emreis. Sentiu o sarcasmo do comentário, mas o recebeu com humor, se levantando da cadeira e reverenciando a duquesa como Mererid, o camareiro do imperador havia lhe ensinado.
──── Como pode ver, aquele não foi o único truque que esse velho lobo foi capaz de aprender, Excelência. ──── sabendo que Mererid certamente já teria compartilhado que tentou ensinar o witcher como se portar, Geralt demonstrava que aprendeu e brincava ──── Agradeço o elogio, Excelência. Quem sabe agora eu já seja considerado tão capaz quanto seus beagles de caça? ──── com relação ao comentário de Anna Henrietta ao compará-lo com os cães que trazem uma raposa em uma hora e ele em uma semana ainda não tinha a cabeça do vampiro Dettlaff.
Era bem comum ambos se alfinetarem dessa forma em suas conversas, mas sempre com bom humor e descontração, pois Geralt não costuma guardar qualquer rancor com relação à duquesa, muito pelo contrário. Apesar de suas diferenças e da discussão que tiveram durante a caça à Besta de Beuclair, ele a admirava e atribuía a briga ao medo do que estava por vir se o vampiro cumprisse sua promessa, como ele de fato fez. Por essa razão, brincava com aquele desentendimento e esperava o mesmo da duquesa.
Uma vez aliviada a tensão de toda a situação de risco de Syanna, o jantar prosseguiu em um clima de tranquilidade e amizade. Geralt tinha receio de que a comida e o vinho não agradassem o paladar exigente da duquesa, mas em momento ela demonstrou desconforto, o que alegrou muito Marlene de Trastanara e o mordomo Barbabas Basil. Certamente não chegava perto do que era servido no palácio, mas de uma coisa todos estavam certos: o jantar fora preparado com mãos hábeis e apaixonadas pelo que faziam, o que tornava ainda mais agradável a refeição. Geralt, que sempre fora um lobo solitário, dispunha naquela noite de excelentes companhias e apreciou cada momento até o seu fim, quando se levantou acompanhando a duquesa e pegando apenas os alforjes de sua égua zerrikana Roach, que continham seus equipamentos e poções mais necessários. Apanhou as duas espadas em suas devidas bainhas presas a uma cinta que ele apoiava em diagonal nas costas.
──── Certo. Estou pronto então, podemos partir. ──── trajando ainda apenas aquela calça preta e uma camisa de algodão na cor branca, jogava por cima do conjunto uma capa com capuz e seguia os passos da duquesa ──── E sim, milady... o frio não é um problema para um witcher. Temos o sangue bem quente, eheh. ──── disse piscando para a duquesa, percebendo que ela segurava a vontade de rir, o que ele não disfarçava de forma alguma, descontraído. Aquela caçada à Besta de Beuclair acabou aproximando muito a duquesa e o witcher, consolidando assim um sentimento de amizade e cumplicidade, transformando suas diferenças em divertidas provocações.
Assim que saíram, Geralt assoviou chamando Roach, preparou sua sela, os estribos, alforjes e freio com rapidez, se despedindo do mordomo e de sua ex-cozinheira, que agora passaria a viver no palácio. Logo iniciaram a cavalgada em direção ao castelo, em passos apressados, mas confiantes. Geralt não tinha dúvidas de que encontraria os responsáveis pela tentativa de assassinato de Syanna.
Os olhos encontravam os da duquesa, buscando confortá-la, mostrando que compreendia sua aflição e se compadecia dela, se disponibilizando prontamente para auxiliar nas investigações. O brinde então acabava servindo a dois propósitos: de fato demonstrar o quão honrado se sentia com a visita, mas também apresentar uma pequena distração de suas aflições, o que parecia ter dado certo já que a duquesa chegou a brincar com o comportamento do witcher em sua audiência com Emyhr var Emreis. Sentiu o sarcasmo do comentário, mas o recebeu com humor, se levantando da cadeira e reverenciando a duquesa como Mererid, o camareiro do imperador havia lhe ensinado.
──── Como pode ver, aquele não foi o único truque que esse velho lobo foi capaz de aprender, Excelência. ──── sabendo que Mererid certamente já teria compartilhado que tentou ensinar o witcher como se portar, Geralt demonstrava que aprendeu e brincava ──── Agradeço o elogio, Excelência. Quem sabe agora eu já seja considerado tão capaz quanto seus beagles de caça? ──── com relação ao comentário de Anna Henrietta ao compará-lo com os cães que trazem uma raposa em uma hora e ele em uma semana ainda não tinha a cabeça do vampiro Dettlaff.
Era bem comum ambos se alfinetarem dessa forma em suas conversas, mas sempre com bom humor e descontração, pois Geralt não costuma guardar qualquer rancor com relação à duquesa, muito pelo contrário. Apesar de suas diferenças e da discussão que tiveram durante a caça à Besta de Beuclair, ele a admirava e atribuía a briga ao medo do que estava por vir se o vampiro cumprisse sua promessa, como ele de fato fez. Por essa razão, brincava com aquele desentendimento e esperava o mesmo da duquesa.
Uma vez aliviada a tensão de toda a situação de risco de Syanna, o jantar prosseguiu em um clima de tranquilidade e amizade. Geralt tinha receio de que a comida e o vinho não agradassem o paladar exigente da duquesa, mas em momento ela demonstrou desconforto, o que alegrou muito Marlene de Trastanara e o mordomo Barbabas Basil. Certamente não chegava perto do que era servido no palácio, mas de uma coisa todos estavam certos: o jantar fora preparado com mãos hábeis e apaixonadas pelo que faziam, o que tornava ainda mais agradável a refeição. Geralt, que sempre fora um lobo solitário, dispunha naquela noite de excelentes companhias e apreciou cada momento até o seu fim, quando se levantou acompanhando a duquesa e pegando apenas os alforjes de sua égua zerrikana Roach, que continham seus equipamentos e poções mais necessários. Apanhou as duas espadas em suas devidas bainhas presas a uma cinta que ele apoiava em diagonal nas costas.
──── Certo. Estou pronto então, podemos partir. ──── trajando ainda apenas aquela calça preta e uma camisa de algodão na cor branca, jogava por cima do conjunto uma capa com capuz e seguia os passos da duquesa ──── E sim, milady... o frio não é um problema para um witcher. Temos o sangue bem quente, eheh. ──── disse piscando para a duquesa, percebendo que ela segurava a vontade de rir, o que ele não disfarçava de forma alguma, descontraído. Aquela caçada à Besta de Beuclair acabou aproximando muito a duquesa e o witcher, consolidando assim um sentimento de amizade e cumplicidade, transformando suas diferenças em divertidas provocações.
Assim que saíram, Geralt assoviou chamando Roach, preparou sua sela, os estribos, alforjes e freio com rapidez, se despedindo do mordomo e de sua ex-cozinheira, que agora passaria a viver no palácio. Logo iniciaram a cavalgada em direção ao castelo, em passos apressados, mas confiantes. Geralt não tinha dúvidas de que encontraria os responsáveis pela tentativa de assassinato de Syanna.
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