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Mensagem por Geralt Gwynbleidd Qui 03 Ago 2017, 23:01

Relembrando a primeira mensagem :

Ꮤiedźmin Geralt
【Gwynbleidd】

LILAC AND GOOSEBERRIES
ALCUNHAS:
➳ White Wolf
➳ Gwynbleidd
➳ White One
➳ King-Slayer
➳ Butcher of Blaviken
➳ Ravix of Fourhorn
➳ Geralt Roger Eric du Haute-Bellegarde
➳ Sir Geralt of Rivia (nomeado cavaleiro por Meve após a Batalha da Ponte de Yaruga)
Tópico reservado para postagens do jogo com a personagem:
YENNEFER OF VENGERBERG
Turno combinado via Vk, ambientado no cenário de The Witcher 3, no momento em que Geralt e Yennefer se reencontram em Skellige, após seus caminhos terem mais uma vez se separado em Vizima. Durante dois anos, o witcher se envolveu com a feiticeira Triss Merigold, enquanto havia perdido a memória e ela o ajudava em sua recuperação, pelo estado como foi achado por Eskel e Lambert perto de Kaer Morhen. Quando finalmente recuperou sua memória, Geralt começou a procurar por Yennefer, que desejava reencontrar, pois suas lembranças vieram à tona e com elas o mesmo sentimento que nutriu durante 20 anos pela feiticeira. Um sentimento, que nunca foi capaz de sentir por ninguém, nem mesmo por Triss, que sempre se dedicou tanto em ajudá-lo. Há quem diga que foi seu último desejo a um djim o responsável por esse vínculo, pois seus destinos foram selados, assim como há quem diga que ambos se amam à sua própria maneira, bem distinta dos casais convencionais dos contos de fadas. Isso, nem o tempo foi capaz de explicar, muito menos destruir, então se por magia ou não, ambos permanecem ligados.


Última edição por Geralt of Rivia em Sex 04 Ago 2017, 02:53, editado 4 vez(es)
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Mensagem por Geralt Gwynbleidd Qua 09 Ago 2017, 22:22


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Mensagem por Yennefer of Vengerberg Dom 08 Out 2017, 00:49

Yennefer acordou no outro dia mais cedo do que habitual; abriu os olhos e sentiu-se confusa por alguns segundos, até virar e ver que Geralt dormia profundamente ao seu lado. Lembrou-se então de todos os acontecimentos da noite passada, e no mesmo instante, puxou as cobertas do corpo de Geralt, o suficiente para que ela pudesse ver os seus ferimentos.
Após constatar que já estavam praticamente cicatrizados, a feiticeira levantou-se da cama, indo em direção ao seu guarda roupa e escolhendo um vestido preto e branco para aquela manhã,
colocando as suas botas negras e seu perfume habitual de groselha. Deu uma última olhada em direção à Geralt que dormia na cama e saiu em direção aos corredores do palácio.
Já era possível ver alguns criados andando apressados pelos corredores; alguns ainda limpavam o salão principal minunciosamente para retirar quaisquer vestígios que ainda existissem à respeito do massacre da noite anterior. Outros criados se ocupavam em pôr as mesas para o café da manhã, toalhas eram postas nas longas mesas de madeiras, junto com talheres, pratos, copos e demais utensílios. Yennefer continuou andando em direção até avistar Crach do outro lado, conversando reservadamente com dois homens mais velhos. Ao avistar Yennefer, Crach os despitou com um aceno de mão displicente, e sua cara mal humorada logo transformou-se num sorriso, enquanto ele estendia uma mão para ela.
Bom dia, Yen. Espero que tenha dormido bem, apesar dos acontecimentos de ontem. Obrigado novamente.
Crach engoliu em seco, tentando disfarçar seu desconforto ao falar sobre o assunto. Yennefer apertou a mão de Crach, e tentou dar-lhe um sorriso suave, afinal, sentia pena por toda a situação. Dormi bem, obrigada. Mas você não parece ter dormido.
Yennefer se referia à expressão mais cansada do que nunca do Barão, que acabou por consentir com o que a feiticeira lhe dizia.
Muitas coisas a resolver, vamos ter o funeral hoje, sabe... e ainda temos o julgamento da esposa de meu tio. As pessoas estão esperando que eu tome as decisões. - ele fez um sinal com a cabeça em direção aos homens com os quais conversava anteriormente.
Yennefer concordou com a cabeça, sem saber o que falar para confortá-lo. Ao invés disso, resolveu mudar de assunto para discutir coisas mais importantes - ao menos para ela e Geralt.
Ontem você disse que ajudaria a mim e Geralt. Ajudaria a achar Ciri. A proposta ainda está em pé?
Ela esperou Cranch confirmar com a cabeça, e continuou:
Preciso de um artefato. E ele está no laboratório de Ermion.
Crach olhou-a surpresa, e coçou a cabeça num gesto inconsciente, demonstrando tremendo desconforto.
Nossa, Yen... ele realmente não gosta quando alguém se mete nos assuntos dele... e além do mais pode ser perigoso para você... você tem certeza de que precisa mesmo disso? O que o Lobo Branco acha?
Yennefer encarou Crach por um momento, seu rosto impassível; decidiu negar com a cabeça por fim.
Talvez eu realmente não precise. Obrigada mesmo assim.
Crach a olhou numa expressão confusa, mas antes que pudesse interver, os homens se aproximaram dele de novo, demandando respostas à respeito do julgamento de Birna. Yennefer deslocou-se rapidamente em direção ao lado oposto do salão, completamente absorta em pensamentos, tentando pensar nas possíveis consequencias de invadir o laboratório de Ermion ou cque obstáculos ela poderia encontrar lá; estava tão concentrada que não notou uma das criadas de Crach indo em direção ao seus próprios aposentos, segurando uma pilha de roupas de cama limpas.
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Mensagem por Geralt Gwynbleidd Dom 08 Out 2017, 14:59

── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
Geralt passava maior parte de suas noites na estrada, em masmorras, ou estalagens, então naquela noite, com o conforto de uma boa cama e a companhia de Yennefer, acabou dormindo pesado para recompensar a exaustão de suas últimas viagens e batalhas. Tão pesado que sequer percebeu quando a feiticeira se levantou e se vestiu. A primeira coisa que ouviu foram passos e a porta do quarto se abrindo. Os passos se aproximavam, mas por mais que ele tentasse, seu corpo mal se movia, deitado preguiçosamente com o rosto no travesseiro. No máximo uma das mãos se movia pelo colchão buscando Yennefer, que ele não encontrava, então acreditava ser ela voltando ao quarto, quando ouviu o som de utessílios diversos caindo no chão. Dessa vez, com o susto, levantou-se olhando na direção do barulho e viu uma criada de Crach an Craite boquiaberta, que acabara de deixar cair tudo que carregava para o quarto, onde provavelmente não esperava encontrar logo o witcher naquele estado. Como adormeceu completamente despido, acordou da mesma forma e também se assustou ao ver a garota, afinal esperava por Yennefer e não tinha ideia de que adormecera por tanto tempo. Percebendo que ela estava paralisada com o susto, decidiu tentar agir com naturalidade, para amenizar a situação.
── Não se preocupe, não vou atrapalhar seu trabalho. Já estou de saída. ── disse despreocupado, o que era possível graças à uma inexpressividade habitual associada às suas mutações, que tornavam possível um bom controle sobre as emoções, e pegou a roupa íntima e a calça para se vestir.
Acreditava que agir com naturalidade era a melhor coisa que poderia fazer para não assustar ainda mais a garota, não queria deixa-la ainda mais encabulada com a situação, então fechou o cinto às pressas e se levantou, afastando-se da cama para abrir caminho. ── Pronto, pode fazer o seu trabalho, logo termino de reunir meus pertences e me retiro. ── mantinha um semblante tranquilo, mas a garota parecia ainda mais envergonhada recolhendo as roupas de cama que deixara cair e os utensílios de limpeza.
── Me perdoe, senhor! Não era minha intenção acordá-lo! Eu volto depois, me perdoe! Me perdoe! ── e então ela saía correndo pela porta, antes que Geralt tivesse tempo de tentar acalmar a jovem criada. Ficou surpreso com a reação exagerada, mas continuou se vestindo, afinal tinha um contrato a acertar com Crach e precisava estar devidamente preparado para isso. Logo em seguida sentiu o aroma de lilás e groselha, marcante para seus sentidos aguçados e identificou que Yennefer certamente estivesse no corredor e se aproximava, então continuou se preparando, colocando o gibão reforçado por cima da camisa de algodão e por cima a armadura de couro cravado da Escola do Urso.
A ARMADURA:
Assim que terminou de se vestir, foi organizar as poções, separando os frascos que levaria consigo para essa caçada, deixando para trás o que acreditava que não iria precisar. Conferiu a espada na bainha e devidamente equipado, caminhou em direção à Yennefer, para cumprimentá-la antes de sair para aquela caçada.
── Bom dia, Yen... vejo que acordou cedo. Dormiu bem? ── se aproximou, sem saber se deveria, pois tinha dificuldades em reconhecer os limites de sua abordagem a cada contexto, visto que a feiticeira nem sempre estava disposta a receber seu afeto. Então segurou seu ímpeto de beijá-la, esperando que ela demonstrasse qualquer sinal de que era permitido.


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Mensagem por Yennefer of Vengerberg Dom 08 Out 2017, 19:41

Yennefer estava parada no final do corredor, com seus braços cruzados, observando a movimentação com uma expressão concentrada. Seu foco estava no druida, Ermion,
que havia acabado de sair de um corredor do lado oposto. Ele aproximou-se de Crach, que ainda conversava com os homens e os 4 continuavam a conversa; Yen podia notar uma ruga de preocupação na testa de Crach enquanto eles continuavam a discutir os eventos daquela manhã. Yennefer notou uma perturbação no fim do corredor onde estava, e logo após uma criada saiu assustada dos seus aposentos, segurando algumas roupas de cama nos seus braços e derrubando alguns utensílios ao passar. Yennefer franziu o rosto, lembrando-se que Geralt ainda estava no quarto; no entanto não tinha muito tempo para pensar naquilo, pois Ermion e Crach começaram a deslocar-se para fora do palácio, junto com os dois homens. Yen aproveitou a deixa e locomoveu-se com agilidade, tentando passar despercebida, e entrou no corredor de onde Ermion havia saído.
Ela andou pelo longo corredor escuro, tomando o cuidado para manter o silêncio; passou por algumas tapeçarias e várias estantes antigas repletas de livros, até chegar a uma grande porta antiga de madeira. Yennefer levou uma das mãos à maçaneta, mas ouviu a voz grossa de Geralt a chamando. Virou-se para encarar o homem.
Bom dia, Geralt.
O bruxo a olhava de modo diferente e Yennefer retribuiu o olhar, mantendo sua expressão séria de sempre; não sabia muito bem como agir em relação aos acontecimentos da noite passada. A feiticeira não tinha certeza se os acontecimentos teriam sido algo de uma noite só, ou se teriam significado algo a mais. Ela afastou aqueles pensamentos rapidamente.
Preciso de sua ajuda. Vamos invadir o laboratório de Ermion.
Geralt não demonstrou surpresa ao ouvir aquilo; o bruxo provavelmente já estava acostumado com os planos repentinos da feiticeira.
Você tem certeza?
Yen acenou com a cabeça, indicando para que ele a seguisse, enquanto ela abria as portas.
Precisamos da Máscara de Uroboros.
Geralt seguia Yennefer através dos corredores obedientemente enquanto eles atravessaram mais algumas portas, descendo também algumas escadas. Geralt, com sua audição apurada, conseguiu ouvir alguns passos à distância, vindo de alguns guardas de Crach que faziam a ronda por aquela área, provavelmente às ordens de Ermion. O homem rapidamente puxou a feiticeira para atrás de uma parede, mantendo os dois próximos, fazendo com que eles não fossem vistos. Ao ouvirem os guardas se afastando, Yennefer segurou na mão de Geralt, puxando-o rapidamente pelo corredores, para que eles se movessem antes dos guardas voltarem.
E por que exatamente precisamos dessa Máscara?
Eles continuaram descendo mais alguns níveis e passando por mais corredores, até chegarem ao fim, onde uma larga porta estendia-se quase até o teto, e acima dela, três corvos sentavam em largos troncos.
Para descobrirmos o que aconteceu com Ciri. Os corvos são espiões de Ermion. Estamos perto, posso sentir a magia.
Após constatarem que seria perigoso tentar passar por aquela porta, Yennefer indicou a janela do lado oposto do corredor. Geralt conseguiu abri-la e Yennefer teleportou-se para o parapeito da janela do laboratório, esperando que Geralt chegasse pelo seu método convencional, o que levou um sorriso debochado aos lábios vermelhos de Yen.
Você vai ter que se acostumar com portais um dia, sabe.
A feiticeira esperou Geralt abrir a janela à força, onde o homem entrou no cômodo e logo estendeu a mão para ajudá-la a descer.
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Mensagem por Geralt Gwynbleidd Seg 20 Nov 2017, 23:23

── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
Como de costume, Yennefer não aceitava um não como resposta e já planejava invadir o laboratório de Ermion para roubar a Máscara de Uroboros... não havia novidade alguma nisso para ele, que já estava acostumado com esse comportamento. Só não esperava ter que fazer isso logo cedo. Tinha uma caçada para realizar para Crach, mas teria que deixar para mais tarde. Ciri era mais importante. Sem outra opção, apenas acompanhou Yennefer na direção indicada. Passou por cada corredor, despistou os guardas e por fim encontraram uma porta mais ampla que parecia bem reforçada, com corvos, estranhamente posicionados sobre os chifres da caveira de um alce presa na parede. Geralt então sentiu o ressoar do medalhão, indicando que o havia magia naquele local. Yennefer então sugeriu que seguissem por outro caminho e assim seguiram até a janela, de lá a uma outra e por um corredor estreito até encontrar um amplo salão cheio de animais empalhados e utensílios de magia diversos.
Geralt não pretendia perder muito tempo, então seguiu logo em direção a uma outra porta, que percebeu estar trancada e acabou cortando a mão, mesmo com o uso de sua luva.
── Grr... me cortei... e a porta está trancada. ── quando se virou para trás em direção à Yennefer, percebeu que os animais empalhados dispostos naquele salão começavam a se mover ── Os animais. Eles estão vivos! Yen, cuidado! ── ele então empunhou sua espada e seguiu em direção a eles, esquivando-se do ataque de um dos ursos e de um lobo, tentando ganhar distância para afastá-los de Yennefer ── Monstros... eu posso sentí-los... se aproximando... estão em toda parte... ── murmurou consigo mesmo e quando atingiu a distância desejada, começou a avançar em direção aos animais, desferindo uma combinação de golpes rápidos e fortes, evitando ao máximo ser atingido, sempre atento para esquivar-se quando necessário. Eram muitos e estavam em toda parte. A cada urso caído, outro se movimentava e o atacava, assim como os lobos. Fora atingido por um urso, mas como utilizou o sinal Quen, não chegou a ser ferido, apenas arremessado para longe. Se levantou novamente e brandiu a espada na direção de cada uma das criaturas, sentindo um cheiro estranho no ar do ambiente ── Estranho... sinto cheiro de cogumelos aqui... ── ainda assim continuou lutando, mas quando estava prestes a matar o último urso, sentiu seus sentidos falharem e seu corpo desfalecer, caindo no chão inconsciente por um breve momento.
No entanto, voltava à razão, era Yennefer que o colocara para dormir porque ele estava alucinando que os animais o atacaram e estava lutando sozinho. Geralt ficava um pouco embaraçado ao imaginar a cena, que certamente teria sido bem cômica, já que Yennefer parecia mesmo se divertir com o ocorrido.
── Hm. Vamos, parece que a porta se abriu. ── disse mudando de assunto para acabar logo com isso, afinal Ermion poderia voltar a qualquer momento e não ficaria nada feliz por encontrá-los ali. Uma vez retomado o foco, seguiram pelo corredor e finalmente chegaram e começaram a procurar pela Máscara de Uroboros. Geralt observou com atenção os itens dispostos no ambiente, entre eles havia um mapa de todos os Reinos do Norte, que despertou seu interesse.
── Olha isso... um mapa detalhado dos Reinos do Norte. Mostra até as esferas de influência de várias eras... ── seguindo ao lado do mapa, havia uma estátua, cuja mão parecia segurar alguma coisa, o que o deixou intrigado ── Hmm. Talvez essa mão deva estar segurando alguma coisa...── continuou vasculhando o local e encontrou uma caveira de criança sobre uma das mesas do laboratório, um livro chamado "Lendas de Skellige sobre a Wild Hunt", uma carta com o selo de Ermion para os outros druidas alertando sobre Yennefer, como manipuladora que era, um cálice, algumas bugigangas do druida, uma cabra entalhada em madeira, aparentemente feita para ele por Ciri quando era seu tutor e por fim uma espada cravada em uma pedra, que lhe chamou imediatamente a atenção e o levou tocar a espada ── Uma espada em uma pedra... parece estar implorando pra que eu a puxe... ── e assim ele o fez, tentou com toda sua força retirar a espada da pedra, mas sem sucesso, pelo visto ela estava muito bem presa, então Geralt a deixou para trás e voltou para a estátua, testando alguns itens que pareciam caber em sua mão, tentou a caveira e nada aconteceu, mas depois tentou o cálice ── Que tal um cálice? Estátua ou não, todos precisam de uma bebida de vez em quando. ── e assim uma porta começou a se abrir, revelando uma passagem secreta ── Funcionou... quem diria...  ── o lugar pelo visto era muito maior do que eles imaginavam e aquele local parecia levar a uma masmorra subterrânea.

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Mensagem por Yennefer of Vengerberg Sáb 25 Nov 2017, 01:05

"How ravishing she is, he thought. Everything about her is ravishing. And menacing. Those colours of hers; that contrast of black and white. Beauty and menace. Her raven-black, natural curls. Her cheekbones, pronounced, emphasising a wrinkle, which her smile – if she deigned to smile – created beside her mouth, wonderfully narrow and pale beneath her lipstick. Her eyebrows, wonderfully irregular, when she washed off the kohl that outlined them during the day. Her nose, exquisitely too long. Her delicate hands, wonderfully nervous, restless and adroit. Her waist, willowy and slender, emphasised by an excessively tightened belt. Slim legs, setting in motion the flowing shapes of her black skirt. Ravishing"

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A feiticeira estava ajoelhada no duro chão do aposento; uma de suas mãos segurava a mão grande e calejada do Witcher e a outra estava pousada na testa gelada do homem. Ela mantinha os olhos fechados e se concentrava no feitiço que estava mantendo-o calmo pelos últimos 5 minutos. Yennefer sentiu Geralt voltar à si e abriu os olhos, encontrando os dele. Os dois se levantaram e Geralt olhava ao redor, ainda com uma expressão assustada. ── Os... animais... ── Yennefer tentou segurar o riso, porém de maneira precária, o que foi percebido pelo Witcher. ── Você estava preso numa espécie de ilusão. Tive que colocá-lo para dormir, pois você estava muito agitado. Lutando contra monstros invisíveis.... ainda bem que todos aqueles anos de treinamento em Kaer Morhen valeram a pena. ── O homem parecia levemente constrangido ao ouvir o que a mulher dizia, e apenas mudou de assunto para prosseguirem, sem encará-la nos olhos. A feiticeira ainda manteve um sorriso nos lábios, mas nada comentou, apenas seguindo o homem pela porta que abrira. Ao chegarem no novo aposento Yen começou a procurar pela Máscara, concentrando-se para detectar quaisquer vestígios de magia que tivessem ali. Ela estava analisando uma estante coberta de livros empoeirados, quando ouviu um barulho atrás de si, ao virar percebeu que Geralt havia achado a passagem secreta, que abria-se lentamente para os dois. ── Muito bem.... ── ela sorria ao Witcher ainda de modo provocativo, antes de seguir através da passagem estreita que levava a um tipo de masmorra subterrânea. Os dois desceram alguns degraus feitos de rochas já desgastadas e ao chegarem no último nível, Yennefer sentiu a aura de magia que indicava que eles haviam conseguido. ── É isso! Conseguimos! ── a feiticeira aproximou-se da Máscara, que flutuava sombriamente no meio da câmara, envolta numa espécie de aura esverdeada. Ao esticar sua mão para pegá-la, Geralt segurou a feiticeira. ── Cuidado... ── Os dois puderam ouvir um barulho à sua frente, quase que instantaneamente depois. Yennefer pôde sentir a magia expandir-se ainda mais, o medalhão de Geralt vibrando levemente em seu pescoço. Os dois deram alguns passos para trás ao mesmo tempo em que um Elemental de Terra era conjurado na câmara. O monstro, de pelo menos 4 metros de altura, fazia barulhos ensurdecedores e o chão tremia levemente a cada passo que dava em direção aos dois. ── Uma armadilha... deveria ter previsto. Estamos presos. ── Yen afastava-se de Geralt e juntava suas mãos, pronta para conjurar um feitiço. O Witcher puxou sua espada e afastou-se da feiticeira, tentando atrair o Elemental para perto dele. A estratégia funcionara, o monstro ia movendo-se lentamente em direção ao homem, enquanto Yen aproveitava a distração para jogar alguns raios à distância, que iam em direção ao peito do monstro, enfraquecendo-o um pouco, mas não o suficiente. Geralt rolava para o lado no momento que o Elemental jogava seus dois punhos em direção à ele; o witcher conseguiu escapar por pouco do golpe, e aproveitou os reflexos lentos do monstro para levar seus dois dedos em direção à sua têmpora e conjurar o sinal do Igni. Algumas labaredas saíam do bruxo em direção ao monstro; aquilo junto com os raios da feiticeira pareciam surgir mais efeito. O elemental andava agora em direção à Yennefer, que mantinha suas duas mãos unidas para conjurar outro raio; a feiticeira dava alguns passos para trás e Geralt aproveitou a distração, correndo na direção dela e, com um movimento ágil de sua espada, atingindo-o em cheio nas costas. Após mais alguns sons estridentes o elemental caiu no chão, levantando muita poeira no processo. Yennefer olhou para Geralt, uma expressão confusa em seu rosto. ── Geralt... consegue ouvir isso? ── O bruxo concordava com a cabeça, seus sentidos aguçados de Witcher já conseguiam sentir o cheiro característico de gás, que se espalhava pela masmorra a cada segundo. O bruxo começou a andar nervosamente pela masmorra, tentando pensar numa solução rápida para que os dois saíssem dali. Seu medo se concretizou ao perceber, após uma segunda volta pela câmara, que não havia escapatória. Ele não teve outra escolha a não ser virar-se para Yen. ── Nos teleporte daqui. Rápido. ── Geralt engoliu em seco só de lembrar a sensação que era viajar através de um portal. A feiticeira concordou com a cabeça e se aproximou dele. O homem conseguia sentir o cheiro de seu perfume de groselha mesmo dentro de uma masmorra cheia de gás mortífero. ── Me abrace. ── Geralt a obedeceu, e após sentir os braços firmes do Witcher a envolvendo, ela conjurou um portal que os levou de volta aos seus aposentos. Com o impacto de serem lançados para fora de um portal, os dois caíram no chão frio de pedra, em frente à lareira recém acesa, o que indicava que eles estavam mais uma vez seguros dentro da fortaleza, na entrada do grande quarto que Crach havia providenciado à feiticeira. Yennefer levantou-se rapidamente, abaixando os olhos e vendo um furo em um de seus vestidos preferidos. ── Droga... rasguei o meu vestido. Espere aqui, irei remendá-lo. ── Geralt levantava as sobrancelhas numa expressão surpresa, olhando fixamente para Yennefer. ── Você sabe costurar? ── disse, em tom surpreso. A feiticeira deixou escapar uma risada debochada, virando-se para encarar Geralt novamente, um meio sorriso se formando em seus lábios avermelhados. A ideia de que ela, Yennefer de Vengerberg, perderia tempo aprendendo uma técnica tão primitiva como aquela parecia a divertir imensamente. ── Claro que não. Eu encantarei uma agulha. ── Dizia a mulher numa voz suave, antes de lançar ao bruxo um olhar provocante e se retirar para dentro do aposento.


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Mensagem por Geralt Gwynbleidd Sex 01 Dez 2017, 22:37

── The Witcher ──
❝Only death can finish the fight,
everything else only interrupts the fighting.❞
Como era de se esperar, a máscara não estava desprotegida, havia um Elemental de Terra para guardá-la, então Geralt precisou derrotar o monstro antes que Yennefer pudesse alcançar a Máscara de Uroboros. Adversários como aqueles costumam ser bastante resistentes, então são um bom desafio para o witcher, que constantemente enfrentava criaturas como aquelas durante outros contratos. Quando finalmente o derrotou, no entanto, a retirada da máscara liberou uma armadilha enfadonha do druida, que espalhava um veneno mortal pela masmorra. O corpo de Geralt suportava uma alta toxidade, mas não o de Yennefer, então precisariam sair dali o mais rápido o possível por um método nem um pouco convencional: um portal. Geralt realmente odiava portais, mas naquele momsnto, não tinham muita opção, pois mesmo ele poderia perecer naquela situação. E assim, ele a abraçou, tentando afastar todo e qualquer sentimento negativo que tinha sobre os portais para não interferir no feitiço.
Ambos caíram sobre o chão de pedra e Geralt, embora ainda um pouco nauseado com a viagem, logo levou as mãos ao próprio corpo para conferir se todas as suas partes haviam chegado. Já viu um homem entrar em um portal como aquele e só metade dele chegar ao destino, então desenvolveu uma grande resistência para utilizar esse método. Yennefer, por outro lado, parecia mais preocupada com um pequeno rasgado em seu vestido, o que era sinal de que estava bem. Enquanto ela encantava uma agulha para costurar, ele a acompanhou para dentro do aposento, mas não pretendia fazer qualquer reparo, foi apenas conferir seu equipamento, afinal logo teria que partir para ajudar os filhos de Crach an Craite e atender à caçada aos carniçais que ele havia comentado. Antes de partir, esperava poder aproveitar um pouco o tempo que tinha disponível no momento com a feiticeira, então se aproximou por trás dela, envolvendo sua cintura com as mãos e aproximando os lábios de seu ouvido sussurrou.  
──── Você não vai precisar dessas roupas agora, então pode deixar o reparo pra depois...

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Mensagem por Geralt Gwynbleidd Sáb 02 Dez 2017, 01:22

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Mensagem por Yennefer of Vengerberg Seg 12 Nov 2018, 23:29

"How ravishing she is, he thought. Everything about her is ravishing. And menacing. Those colours of hers; that contrast of black and white. Beauty and menace. Her raven-black, natural curls. Her cheekbones, pronounced, emphasising a wrinkle, which her smile – if she deigned to smile – created beside her mouth, wonderfully narrow and pale beneath her lipstick. Her eyebrows, wonderfully irregular, when she washed off the kohl that outlined them during the day. Her nose, exquisitely too long. Her delicate hands, wonderfully nervous, restless and adroit. Her waist, willowy and slender, emphasised by an excessively tightened belt. Slim legs, setting in motion the flowing shapes of her black skirt. Ravishing"





A primavera havia chegado e trazia consigo aquela típica brisa enregelante, característica da estação. Não fosse pela magia emanada constantemente de suas duas mãos, a feiticeira Yennefer de Vengerberg provavelmente estaria tremendo de frio, tanto quanto as crianças que vira correndo há alguns minutos atrás. Com olhos arregalados e bocas abertas, as expressões de surpresa dos dois jovens intrigaram a feiticeira, que não teve tempo de dizer uma sequer palavra antes dos dois saírem correndo pela direção contrária. Yennefer observou os dois correrem em silêncio, abafando um riso quando a criança mais gorducha tropeçou num montante de neve e caiu de cara no chão. Época estranha do ano para se treinar crianças bruxas, ela pensou.
Seu cavalo negro trotava com um pouco mais de dificuldade a medida que se aproximavam das ruínas de Kaer Morhen, agora completamente cobertas de neve. A paisagem fornecia o perfeito contraste para o alazão de Yennefer, assim como seus cabelos e seu vestido completamente negro, escondido sob uma capa igualmente negra.
O cavalo subia o caminho com um pouco de dificuldade, o que só podia indicar que estavam chegando a entrada da fortaleza. A feiticeira podia ouvir vozes distantes, embora não conseguisse distingui-las. Após alguns minutos chegou a entrada do local, que estava exatamente igual ao que lembrava, exceto talvez por mais algumas ruínas, frutos da última guerra travada ali. A medida que se aproximava, pôde enxergar a silhueta de dois homens que aproximavam com cautela, rodeados de duas silhuetas menores, o que só pôde supor serem as duas crianças que havia visto mais cedo.
"Fofoqueiros." A feiticeira pensou, antes de descer cuidadosamente de seu cavalo, acariciando o rosto do animal em agradecimento. Ao aproximarem-se o suficiente distinguiu os rostos de Eskel e Lambert, ambos cobertos por grossos agasalhos de inverno, braços cruzados e queixos que tremiam ligeiramente.
── Yennefer. ── Eskel aproximou-se, tomando a mão da feiticeira nas suas e fazendo um leve aceno com a cabeça, em cumprimento. Yennefer retribuiu o cumprimento, ao mesmo tempo em que ouviu Lambert dirigir-se às duas crianças:
── Voltem a treinar. VOLTEM A TREINAR, eu disse. Antes que a feiticeira aqui os transforme em sapo, aí não poderei fazer nada. ── Um sorriso maldoso tomou os lábios do Bruxo ao observar as duas crianças correrem em pânico, seguindo o mesmo caminho pelo qual Yennefer havia vindo.
── Mais fácil eu transformar você, embora viver como um sapo lhe seja um castigo muito pequeno. ── O sorriso sumiu e o rosto de Lambert contorceu-se numa tentativa de esconder seus verdadeiros sentimentos. Embora já a conhecesse há muito tempo, ainda sentia-se intimidado com a presença da feiticeira.
── Yennefer. ── O bruxo disse amargamente, cruzando os braços em frente ao corpo.
A mulher fez sinal para entrarem na fortaleza, e ignorando o segundo bruxo, dirigiu-se ao primeiro:
── Como ele está? ── perguntou, liderando os dois para o portão principal de Kaer Morhen.
── Melhorando, eu acho. ── Eskel completou.
── Não sabia que estavam treinando novos Bruxos. Não sabia que ainda faziam isso. Quem foi a última criança que pegaram? Ciri?
── Ideia ele. ── Lambert resmungou. ── Já estou velho demais para treinar esses fedelhos, mas o que vamos fazer, o velho parece estar delirando...
── Não diga isso. ── Yennefer retrucou, virando e encarando Lambert com seus olhos violeta. O bruxo porém, não se intimidou.
── É verdade. Não sei o que você pode fazer, Merigold já esteve aqui. ── Lambert deu de ombros, sendo observado por Eskel, que concordou com a cabeça.
── Que bom então que não sou Triss Merigold. ── Yennefer virou-se e abriu a grande porta que os levava para o salão principal de Kaer Morhen. O grande aposento estava vazio, porém uma longa mesa fora posta no meio do cômodo, em frente à lareira. Os bruxos suspiraram em alívio e começaram a se despir de seus grandes casacos de pele.
── Ficará para o jantar, Yennefer? ── Eskel perguntou, indicando com a cabeça a longa mesa de carvalho.
── Talvez. Falarei com ele primeiro. ── O bruxo consentiu com a cabeça e Yennefer seguiu em direção as escadas, subindo os degraus com agilidade e indo em direção ao quarto principal da fortaleza. Andar por aqueles corredores a enchiam de lembranças, amargas lembranças de outra vida, onde um dia fora feliz vivendo com um certo bruxo. Tentou tirar aqueles pensamentos da cabeça ao bater com uma mão firme na grande porta, atrás da qual uma voz baixinha sussurrou: "Entre."
Vesemir estava deitado no meio de uma grande cama de casal, sob o peso de vários cobertores das mais diversas cores. O espaço livre da sua cama, assim como sua mesa de cabeceira, estavam cobertos de livros pesados, pergaminhos antigos e penas de escrever. O fogo crepitava alegremente em uma lareira próxima. O bruxo sorriu ao olhar para a visitante.
── Yennefer. Que adorável surpresa.
A feiticeira aproximou-se, sentando numa cadeira livre ao lado da cama. Tomou as mãos do bruxo entre as suas, e pela primeira vez em semanas, sorriu.
── Boa tarde, Vesemir. Como está?
── Bem, querida, bem. ── O bruxo contorceu seu rosto de dor ao tentar ajeitar-se na cama, o que fez a feiticeira acreditar que ele não estava sendo 100% sincero.
── Nenhuma melhora?
── Ah sim, melhora, sim. Estou melhorando. Sei que eles não acreditam, mas me sinto mais forte. Vê? ── O bruxo apontou para os livros em sua cama. ── Há algumas semanas nem conseguia ler. E agora estou aqui, trabalhando. ── O homem sorriu com certo esforço. Yennefer consentiu com a cabeça, fechando os olhos por um breve instante para concentrar-se num feitiço, o que fez um calor emanar de todo o seu corpo para suas mãos, e então, para as mãos e corpo do bruxo. O homem também fechou os olhos, suspirando.
── Não sei se posso ajudar muito. A magia da Wild Hunt... foi forte demais...
── Tenho certeza que ajudará. ── Vesemir disse, numa voz suave.
── Não sou especialista em feitiços de cura. Triss...
── Triss Merigold já esteve aqui e já pedi dela tudo o que poderia ter pedido. Agora é esperar. ── Ele abriu os olhos e encarou Yennefer, sorrindo para tranquilizá-la.
── Se serve como consolo, eu realmente acho que você está melhor. ── A feiticeira retribuiu o sorriso. ── Pelo menos fisicamente, já a mente... treinar novas crianças? Que ideia foi essa?
O homem suspirou fundo, dando-lhe um olhar triste dessa vez.
── Yennefer. Estamos quase extintos... eu por pouco não saí da batalha com vida. Aliás, não tenho certeza que realmente sairei com vida. ── O bruxo fez um sinal para a mulher não a interromper, pois Yennefer fez menção de falar. ── Não, escute... se eu morrer hoje, amanhã ou daqui a 10 anos, por mim tudo bem. Já estou nessa terra há alguns séculos, estou pronto para deixá-la. Mas não estou pronto para deixar a raça dos Bruxos morrer. Não quando há tantos precisando de nós... para quem vou deixar tudo isso? ── O homem fez um gesto com as mãos, indicando o quarto. ── Eskel? Lambert? Geralt? Lambert se meterá pelo mundo com aquela feiticeira e esquecerá de nós... ele já não tem mais paciência para ensinar. Ciri está muito ocupada sendo imperatriz de Nilfgaard. Eskel é fiel, porém não pode fazer isso sozinho. E Geralt... ── o bruxo fez uma pausa, um pouco arrependido de ter mencionado o seu nome. ── Você sabe.
── Ele não veio visitar? ── A feiticeira perguntou. Vesemir balançou a cabeça negativamente.
── Nenhuma vez? ── Yennefer completou, com uma voz mais fria do que de costume.
── Tenho certeza que ele tem seus motivos. Ciri, a guerra... contratos...
── Contratos? Você está machucado e ele está preocupado com CONTRATOS? ── Yennefer bufou, ao mesmo tempo que Vesemir segurava firmemente sua mão.
── Sei como você se sente em relação a ele... mas não o tome como uma pessoa ruim. Afinal, como poderia? Creio que você seja a única que conhece verdadeiramente o coração dele...
── Não sei se o conheço tão bem assim. ── Yennefer admitiu, pela primeira vez baixando a guarda. ── Achei que conhecia. Mas Geralt fez coisas imperdoáveis...
── Horríveis, sim, imperdoáveis? Se fossem imperdoáveis você certamente teria o esquecido. Nunca foi muito difícil para você esquecer homens.
A feiticeira nem ao menos tentou se defender do argumento, apenas consentiu com a cabeça. Um gosto amargo veio-lhe à boca.
── Mesmo assim, ele está errado. Eu o trarei aqui.
── Adoraria ver Geralt novamente. Faça isso, sim?
A mulher consentiu com a cabeça, apertando as mãos de Vesemir com firmeza. Saiu do cômodo às pressas, descendo os degraus da escada e parando bem em frente à longa mesa de carvalho, onde Eskel e Lambert, acompanhados das duas crianças, estavam prestes a começar sua refeição.
── Ah, Yennefer, bem a tempo...
── Onde está Geralt? ── A feiticeira interrompeu, fazendo Lambert engasgar-se um pouco com o vinho. Os dois bruxos se entreolharam, fato que não passou despercebido pela feiticeira.
── Onde ele está? ── Ela repetiu, seus olhos violeta estreitando-se mais e mais a cada segundo.
── Da última vez que ouvimos falar dele ── disse Lambert, pegando um pão de seu prato e partindo-o no meio ── estava em Toussaint, metendo-se com Anna Henrietta. Não que eu esteja o julgando, adoraria fazer aquela duquesa me chamar de Majestade... ──  um sorriso maldoso passou pelos seus lábios.
── Lambert. ── Eskel o censurou, lançando um olhar para as crianças ── como ele disse, Yennefer, acreditamos que Geralt está em Toussaint. Não ouvimos falar dele há alguns meses.
── Yennefer respirou fundo, controlando a raiva que começara a ferver dentro de si a partir do momento em que ouviu Lambert dizer as palavras "Anna Henrietta". Sem mais uma palavra, deu meia volta e saiu pela porta principal do cômodo, deixando Eskel e as duas crianças de boca aberta.
── E é por isso, fedelhos, que os digo. Lição número um: nunca se meta com uma feiticeira, nunca. ── Lambert completou, engolindo a metade do pão que havia partido.


────────────────────────────────────────────────
Não fora muito difícil encontrar informações a respeito dele. Tudo o que precisou foi abrir um portal para a cidade, encontrar um dos muitos soldados da guarda da duquesa e perguntar se eles já haviam ouvido falar de um tal bruxo chamado Geralt de Rívia. O soldado em questão consentiu com a cabeça, sorrindo. Geralt de Rívia, o bruxo de cabelos brancos, o famoso Geralt! Que homem eficiente ele era, ajudando a duquesa com seus problemas, ganhou até um pedaço de terra na mais cobiçada área da cidade, ele ouviu dizer. Tudo aquilo não soava real. Não soava nada como Geralt, aceitar uma casa como parte de um pagamento, viver como um ser humano normal, acomodar-se. Yennefer lembrou amargamente da única vez em que tentou fazer Geralt acomodar-se, achando que o amor dos dois bastaria, que seria suficiente para mudar a natureza do bruxo. E o que ela recebeu em troca? Acordou numa cama vazia com um buquê de flores ao lado, sem nem ao menos ter merecido uma despedida digna. A parte da despedida ela não poderia culpá-lo, no entanto. Yennefer sabia que se Geralt tivesse a dito pessoalmente que iria embora, ela seria capaz de quebrá-lo ao meio.
Tudo aquilo havia acontecido há anos, há décadas, mas parecia arder como brasa quente à medida que a feiticeira andava pela grama meticulosamente cortada da região onde supostamente Geralt estaria morando. A mais nobre da cidade, ela ouvira dizer. O que Geralt teria feito para merecer tamanha gratidão da duquesa?
Os olhos violetas semicerrados procuravam em vão algum sinal ou resquício do bruxo, enquanto andava no meio das várias casinhas igualmente arrumadas e elegantes da região. A neve e a escuridão não a ajudavam em sua busca; a feiticeira havia sentido tanta raiva que até esquecera do seu feitiço para se aquecer, e o frio estava finalmente a castigando, fazendo seus lábios avermelhados tremerem. A mulher se aproximou de um homem bêbado, aparentemente membro da nobreza local, tentar abrir em vão a porta principal da casa.
── Estou procurando pelo bruxo Geralt de Rívia. ── Yennefer disse, mentalizando um feitiço e fazendo a porta do homem abrir sozinha. Ele apontou um dedo trêmulo para a última casa da rua, onde ela pôde ver um par de botas de couro, totalmente desgastadas, em frente aos degraus principais da casa.  Suspirando fundo e tentando esconder suas emoções, a feiticeira andou lentamente até o local, suas botas deixando marcas de pegadas na neve densa.




Yennefer of Vengerberg
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